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Resenha comum e resenha crítica: O que são e como fazê-las?

Talvez você se lembre de ter ouvido falar sobre a resenha na escola (ou até de ter escrito alguma), mas, por diversos motivos, o ensino da resenha não tem sido estimulado nas escolas.

Isso porque a resenha não é considerada, pelos mais desavisados, um gênero textual usual, como a receita ou a notícia, e então a escola simplesmente decidiu não dar tanto espaço a ela. É só verificar quantas páginas nos livros didáticos são dedicadas a esse tema e se surpreender com o resultado.

A verdade é que a resenha está presente em nosso dia, afinal, quem já não leu em grupos de redes sociais uma resenha, ainda que informal, sobre o novo filme que entrou no catálogo de uma plataforma de streaming?

Da mesma maneira, temos o costume de procurar saber melhor sobre as novas estreias do cinema ou sobre o livro lançado pelo autor de quem gostamos ou cujo tema nos interessa. Todas essas produções escritas que dão conta de resumir e apresentar as características essenciais de uma obra (livro, filme, peça de teatro, exposição etc.) são consideradas resenhas.

Existem vários tipos de texto que são usados com a função de resumir, a esses, damos o nome de resumo (em suas mais variadas formas); mas, além de resumir, é possível ainda acrescentar uma avaliação e/ou discutir a validade e importância daquilo que se está resumindo e apresentando e essas são as resenhas.

Há dois tipos de resenhas:

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A resenha comum é aquela que se caracteriza por resumir, apresentando as características essenciais, um livro, uma peça, um filme, entre outras produções artísticas.

Já a resenha crítica, como o próprio nome nos faz imaginar, inclui, além da parte do resumo, parágrafos de análise e de apreciação da qualidade com base em argumentos. Por se tratar de um gênero argumentativo, você verá que a resenha crítica tem muitas características do texto dissertativo-argumentativo, nosso velho conhecido das redações do ENEM e vestibulares.

Características e partes de uma resenha

A resenha é um gênero discursivo, o que significa dizer que suas formas são estáveis e que o tipo de texto é facilmente reconhecido, afinal, é difícil encontrar alguém que confunda um conto com uma bula de remédio, não é mesmo?

É plenamente possível utilizarmos a resenha como método de estudo dos livros que lemos, dos filmes a que assistimos e das exposições das quais participamos, aliás, esse é um excelente recurso para estudarmos, já que precisaremos desenvolver duas habilidades para que a resenha seja escrita: a de resumir e a de argumentar.

Já te contamos que a resenha crítica (modelo mais usado e o que mais nos interessa aqui) faz parte da mesma “família” do texto dissertativo-argumentativo e isso se evidencia nas suas partes.

Todas as resenhas críticas contêm um título e um olho (pequeno parágrafo abaixo do título e que funciona como uma síntese bastante objetiva do assunto do texto). Esses dois elementos iniciais situam o leitor a respeito do tema a ser tratado. Muitas vezes, o olho traz, de forma sutil, algum juízo de valor do autor do texto.

O primeiro parágrafo, claro, você já sabe, é a introdução. Nela, é necessário apresentar a obra que está sendo resenhada trazendo suas características básicas (por exemplo, no caso de um livro, o título, o autor, o gênero, a data de publicação, o número de páginas, a editora, o valor médio etc.).

Além disso, é na introdução que você conta a que universo, a que contexto o objeto resenhado pertence. É um filme de suspense? Uma animação infantil? Um livro de Filosofia para acadêmicos da área? É essa atividade de se vincular o objeto a um contexto que faz com que o leitor analise se a resenha é útil para ele ou não.

Após a introdução, temos o desenvolvimento, que costuma ocupar entre dois e três parágrafos, apesar de que o tamanho de uma resenha não é fixo, mas não costuma ser muito extenso, variando comumente entre quatro e seis parágrafos.

No desenvolvimento, a obra é resumida e apresentada ao leitor com mais profundidade, esse é o momento de marcar suas características específicas, de expressar o que o tema tem de especial e significativo.

É também no desenvolvimento que o autor do texto argumenta. Existem muitas técnicas de argumentação, como já te contamos aqui na página, e uma das mais comuns em resenhas críticas é a comparação.

O autor inclui nos parágrafos obras do mesmo tipo para demonstrar que o objeto resenhado é superior ou inferior aos outros exemplos, a depender de como o escritor quer conduzir o texto.

Determinar se o objeto resenhado é superior ou inferior a outros do mesmo tipo depende do ponto de vista do autor do texto, mas essa determinação não pode ter apenas a opinião própria como elemento argumentativo.

O escritor precisa acrescentar, ao lado de sua opinião pessoal sobre a obra, argumentos que deem validade ao que ele diz, assim como no texto dissertativo-argumentativo. A argumentação pode, inclusive, utilizar trechos ou extratos da própria obra em questão, além de se valer da técnica da comparação, como já te contamos acima.

A conclusão é o parágrafo que mais se diferencia da clássica conclusão do texto dissertativo-argumentativo, pois aqui não serão apresentadas propostas de solução a nenhum problema, mas sim apenas um fechamento do texto, reafirmando o ponto de vista do escritor.

Quando falamos em reafirmar, muitas pessoas acham que essa é uma tarefa de repetição. Não, querido leitor, mil vezes não! Reafirmar não consiste em repetir aquilo que já foi dito, mas sim fechar as ideias de modo que o leitor compreenda o valor da sua avaliação a respeito da obra, mesmo que não concorde com ela.

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Não são poucos os manuais que dizem que a resenha tem por objetivo convencer o leitor a ler, visitar ou assistir a algo e isso não poderia ser uma mentira maior. Aqui, vale a máxima: você não é obrigado (a) a nada, nem mesmo a convencer o leitor.

O objetivo central de uma resenha crítica é que o leitor (que pode ser você mesmo, num tempo futuro, se a resenha for utilizada enquanto método de estudo) compreenda as características gerais da obra, situe o objeto a um contexto e consiga compreender por que aquela obra tem qualidade ou deixa de ter, porém, se ele vai concordar com seu ponto de vista ou se será convencido ou não a ler, visitar ou assistir, já é outra história bastante diferente.

Contexto de circulação e linguagem

Contamos lá em cima para você que a resenha é um gênero discursivo e que isso equivale a dizer que ela tem características mais fixas e específicas, sendo assim, o contexto em que encontramos a resenha e a linguagem que é utilizada também têm padrões particulares.

As resenhas estão desde as redes sociais até os sites especializados, passando por revistas e jornais. Você já deve ter reparado que revistas que são destinadas a um público geral, como a Veja e a Época, por exemplo, sempre têm uma seção destinada a contar sobre as estreias do cinema, exposições e lançamentos de livros. Essas seções são recheadas de resenhas e você pode se inspirar nelas para entender melhor sua estrutura.

Os leitores das resenhas são aqueles interessados no assunto. As resenhas não são escritas para um público indeterminado, mas sim para pessoas que gostam de certo assunto, têm interesse em saber sobre as novidades do segmento e possuem, inclusive, certo conhecimento sobre a temática. O nível do conhecimento determinará quão específica a resenha será. Quanto maior o conhecimento, maior o nível de especificidade (incluindo assim mais detalhes na apresentação e análise da obra).

O público leitor, além definir a profundidade do texto, também determina como será a linguagem da resenha. Objetos destinados ou de interesse de pessoas mais jovens (também publicados em contextos mais acessados por esses públicos) podem conter expressões informais, gírias etc.

Já resenhas que vão circular em meios mais gerais, em que não há apenas um público leitor, como jornais e revistas de variedades, frequentemente precisam ter uma linguagem formal, mas compreensível.

Se você estiver utilizando a resenha enquanto método de estudos (e esperamos que sim), escolha a linguagem que for mais clara e que funcione melhor para você, pois o leitor será você mesmo.

Ao longo de nosso período preparatório para um grande teste, lemos muitas obras e assistimos a diversos filmes, documentários e séries. É quase impossível lembrar-se de tudo apenas por força da memória, por isso, recomendamos essa forma de registro.

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O planejamento, a escritura e a revisão de uma resenha

Ainda que sua resenha seja escrita apenas para você, é importante seguir as três partes básicas da produção de um texto, pois elas garantem (ou ao menos facilitam) uma construção de maior qualidade.

Para fazer o planejamento de uma resenha, os passos comuns são:

  • Selecionar o objeto a ser resenhado: que tanto pode ser algo de que você tenha gostado muito ou tenha detestado;
  • Pensar nos pontos principais do objeto. No caso de filmes e livros, qual é o assunto? Qual o gênero? Como a trama se desenrola? Enfim, faça um rascunho contendo as informações essenciais sobre o tema;
  • Definir a sua opinião sobre o objeto: o objeto tem qualidade ou não? Por quê?
  • Encontrar sustentação para suas argumentações: após ter definido os seus porquês para dizer que o objeto tem ou não qualidade, é preciso buscar comprovações do que você diz, fazer comparações, selecionar pontos de vista de especialistas no assunto etc.;
  • Pesquisar materiais afins: que outras obras do mesmo autor ou do mesmo tipo podem estabelecer afinidade com o tema resenhado?
  • Ter atenção à conclusão. A conclusão precisa ser coerente com o que você construiu ao longo da resenha. De nada adiantará apontar vários fatos afirmando que um filme não tem qualidade e incentivar as pessoas a assisti-lo no final.

Para a fase da escritura, já te contamos quais são os principais pontos nos tópicos acima sobre estrutura e linguagem.

A última etapa de uma produção textual é a revisão e possíveis correções/reescrituras. Para revisar sua resenha, encontre respostas às seguintes questões:

  • Minha resenha contém título e olho? O olho encaminha o texto para um tema específico ou está servindo apenas como “enfeite”?
  • Todas as informações essenciais (ou a grande maioria delas) do objeto resenhado estão na introdução de forma tão clara que uma pessoa que não leu o livro ou não assistiu ao filme consiga compreender do que se está falando?
  • Meu ponto de vista está presente entre a introdução e o desenvolvimento?
  • Meu desenvolvimento apresenta argumentos sólidos?
  • Os argumentos selecionados são coerentes com meu ponto de vista?
  • A conclusão faz uma retomada (sem repetição) de meu ponto de vista?
  • A linguagem empregada é adequada ao contexto de circulação e ao público leitor?
  • Mesmo sabendo que a opinião na resenha é minha, tomei o cuidado de não usar pronomes pessoais ou possessivos de primeira pessoa (tanto no singular quanto no plural) e verbos conjugados em primeira pessoa?
  • Se minha resenha está sendo feita enquanto método de estudo, daqui um ano, o texto continuará claro e relevante sem que eu tenha de buscar outras informações?

Após responder a essas questões, reflita se será necessário reescrever ou reestruturar alguma parte de sua resenha.

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Exemplos de boas resenhas

Já te adiantamos que você pode encontrar bons exemplos de resenhas enquanto referência de como fazer em revistas de assuntos gerais e jornais, principalmente os dominicais.

Além disso, há muitos blogs, sites e canais no YouTube especializados em resenhas de segmentos diversos. Vamos deixar aqui sugestões de canais centrados nas resenhas de livros, filmes e séries.

Livros:

– Tatiana Feltrin

youtube – Canal tatianagfeltrin

– Ler Antes de Morrer

youtube – canal Ler Antes de Morrer

Filmes e séries:

– Super oito:

youtube – Super Oito

– Pipocando:

youtube – Pipocando

Este foi mais um texto de nossa série sobre métodos de estudo. Esperamos que tenha sido útil para você.

Leia também:

Como fazer um resumo eficiente?

Como estudar redação para concursos?

10 erros que você NÃO DEVE cometer na redação do ENEM

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