Durante a pandemia, a questão da exclusão digital ganhou evidência. Você já refletiu sobre essa questão e os impactos disso na sociedade brasileira? Se não, aproveite para pensar sobre isso e escrever uma redação! Assim, fique preparado(a) para o Enem!
Com base nos conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação e a partir da leitura dos textos motivadores a seguir, escreva uma redação de até 30 linhas sobre o tema “Exclusão digital”. Para tanto, use a modalidade padrão da língua portuguesa. Além disso, apresente uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Confira o tema sobre Exclusão Digital:
Texto 1
Fonte: https://petletras.paginas.ufsc.br/files/2020/05/charge.jpg
Texto 2
Exclusão digital em tempos de pandemia
Desde 2005, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) — com a finalidade de mapear o acesso à infraestrutura das tecnologias de informação nos domicílios urbanos e rurais do país, e as formas de uso delas por indivíduos de 10 anos de idade ou mais — realiza, anualmente, a pesquisa TIC Domicílios.
De acordo com o último desses estudos, publicado em 28 de outubro de 2019, percebeu-se que, entre 2008 e 2018, ocorreu significativo aumento no número de lares brasileiros com acesso à internet. O estudo aponta que, em 2008, apenas 18% dos domicílios brasileiros tinham acesso à rede. Dez anos depois, esse percentual saltou para 67% de residências conectadas. Sem dúvida, um notável avanço. […]
Isso, no entanto, não quer dizer que esses direitos estejam igualmente distribuídos entre a população brasileira. Afinal, se o acesso à rede mundial de computadores já é realidade em mais de 90% dos lares mais abastados, menos da metade (48%) das residências dos indivíduos das classes D e E gozam do mesmo privilégio, conforme detalha a referida pesquisa. E, como aponta o TIC Domicílios 2018, o alto custo dos serviços em questão é, segundo os moradores desses domicílios, o principal motivo que os levou a não possuir internet em suas casas.
Essa constatação – baixíssimo nível, quando se fala da camada menos favorecida da população, de acesso à rede mundial de computadores – é, para dizer o mínimo, preocupante. Isso porque, em consonância com o relatório elaborado em 2009 pelo Banco Mundial, cada aumento de 10 pontos percentuais nas conexões de internet de banda larga de um determinado país corresponde a um respectivo crescimento de 1,3% no Produto Interno Bruto (PIB).
Nítido, sobretudo em um mundo cada vez mais globalizado e conectado, que não há como se falar em comunicação, liberdade de expressão ou desenvolvimento, sem considerar a internet como um meio fundamental para a geração de conhecimento e circulação de informações.
Com a chegada da pandemia de Covid-19, a desigualdade ganhou contornos ainda mais claros, na medida em que a internet tem funcionado como ferramenta essencial para diversas atividades como o trabalho remoto, o acesso à informação e entretenimento e a utilização de serviços tecnológicos, tais como aplicativos de comida delivery e mobilidade urbana – que, igualmente, contribuem para que os usuários de tais serviços fiquem mais protegidos dos riscos causados pela pandemia.
Portanto, enquanto alguns encontram-se amplamente conectados, ampliando suas ações online (teletrabalho, videoconferências, cursos e aulas virtuais), outros, em virtude de sua precária situação econômica, permanecem à margem de um processo evidenciado como nunca antes: o papel da tecnologia cada vez maior e a importância de uma agenda de inclusão digital.
Fonte: https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/exclusao-digital-em-tempos-de-pandemia/
Texto 3
Exclusão digital é barreira para mulheres rurais
As mulheres rurais são o grupo menos conectado às Tecnologias da informação e Comunicação na maior parte dos países da América Latina e do Caribe. É isso que concluiu um estudo conduzido pela Universidade de Oxford, da Inglaterra.
O levantamento foi coordenado pela cientista social italiana Valentina Rotondi. Ela se baseou em dados da Pesquisa Mundial Gallup, informações dos países e de rastreamento da rede social Facebook, em 17 dos 23 países da região analisada. Menos mulheres declararam possuir celulares em comparação com homens. Mulheres de baixa escolaridade que vivem em áreas rurais são as menos conectadas.
Segundo autoridades a situação mostra o quadro de desigualdade e que a conectividade traz acesso a mercados, informação e serviços financeiros. “O estudo revela que o acesso reduzido a telefones celulares e a internet se soma a diversos problemas enfrentados pelas mulheres no campo, como as barreiras à obtenção de financiamento, à captação, ao emprego formal e à propriedade da terra”, disse o diretor-geral do IICA, Manuel Otero.
A proporção de pessoas que possuem telefones celulares nos países analisados aumentou cerca de 80% em 2017 e 45% desde 2006 e a lacuna entre os gêneros na posse de celulares diminuiu na última década. No entanto, voltou a piorar nos últimos cinco anos. Enquanto no Brasil e na Argentina há uma situação de quase paridade entre homens e mulheres, Guatemala e o Peru são exemplos de nações onde a diferença é maior, enquanto no Chile e no Uruguai a proporção tende a favorecer as mulheres.
O estudo concluiu que, de modo geral, quanto menor a diferença de gênero na posse de celulares, melhores são as perspectivas para a inserção de mulheres no mercado de trabalho e menores são as disparidades entre os gêneros em trabalhos vulneráveis e desemprego juvenil.
O estudo “Desigualdade digital de gênero na América Latina e Caribe” teve apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).
Fonte: https://www.agrolink.com.br/noticias/exclusao-digital-e-barreira-para-mulheres-rurais_440947.html
Escreva a sua redação sobre o tema Exclusão digital após conferir uma lista de repertórios socioculturais que preparamos!