Conheça aspectos que diferenciam uma redação Enem da redação para concursos e prepare-se para se dar bem nas duas modalidades!
Independentemente do objetivo, se entrar numa universidade ou conseguir aquela sonhada vaga como servidor público, conte que uma redação pode estar no seu caminho. Isso aí! Muitos processos seletivos do país exigem dos candidatos que eles demonstrem habilidade com a linguagem formal da língua. Além disso, verificam a capacidade linguística dos concorrentes para discorrer coerentemente sobre alguma temática relevante ao cargo que pretendem ocupar. Como já dissemos outras vezes aqui no blog, a oportunidade de escrever um texto serve para que o candidato coloque a sua individualidade em jogo. Não se trata, porém, de julgar suas opiniões pessoais, mas, sim, a sua capacidade de colocá-las de modo claro no papel. Portanto, saber se expressar bem é muito importante não só no Enem, mas também na redação para concursos.Em virtude de ser um dos poucos momentos em que o participante pode se expressar livremente, ele é bastante valorizado. Não é à toa que as provas de redação, seja no
Enem ou em vestibulares e concursos, têm uma pontuação ou peso maiores. Trata-se de valorizar o candidato que se esforçou para aproveitar a oportunidade de mostrar seu ponto de vista à banca. Em contrapartida, candidatos que não se empenham tanto assim têm grandes chances de ter que repetir a prova diversas vezes.A
concorrência é muito acirrada, em função das poucas vagas para a quantidade de pessoas que pretendem entrar na carreira federal, estadual ou municipal. Assim, é preciso foco, treino e prestar atenção em alguns detalhes. Então, se você está se preparando para o Enem e também de olho nas vagas em concursos, preste atenção nas dicas. Afinal, nem tudo que serve para uma prova serve também para a outra. Vamos lá?
Gênero textual
Para saber o gênero cobrado na prova que você vai fazer, é imprescindível ler o edital. Em concursos, o mais comum é a
dissertação expositiva que, diferentemente do texto dissertativo-argumentativo do Enem, não exige que você elabore uma
proposta de intervenção. Uma dissertação expositiva analisa, interpreta e explica ou avalia dados concretos da realidade. Mas, de forma diversa à dissertação-argumentativa, a construção do texto não visa ao “convencimento” do leitor sobre o ponto de vista. Trata-se mais, portanto, de expor um panorama mais geral sobre um algum assunto, evidentemente a partir do ponto de vista do autor. Embora existam essas diferenças, ambas as formas de escrita têm algumas características em comum:
- exigem que o autor/emissor reflita sobre alguma questão e posicione-se criticamente sobre ela;
- referem-se ao momento presente, mas escritas de modo que se entenda a qualquer tempo (atemporais);
- contêm uma introdução (apresentação do assunto foco da reflexão), argumentação (destacando o ponto de vista do autor) e conclusão;
- têm uma linguagem denotativa (mais objetiva);
- há impessoalidade. Ou seja, o foco não está no autor, mas no assunto. Por essa razão evita-se a 1ª pessoa do singular, predominando o texto em terceira pessoa.
Necessidade de título
O Enem não exige
título nas redações, sendo uma opção do candidato usá-lo. Mesmo que exista título, ele não é avaliado em nenhuma das competências, apenas serve para a contagem de linhas utilizadas. Já nas provas para concurso, se o comando de prova ou o edital solicitarem, é necessário colocar título no texto – o que é, às vezes, uma grande dor de cabeça para algumas pessoas. Isso porque, se exigido, ele certamente será avaliado. Desse modo, precisa ser bem escrito. Veja o vídeo a seguir para você saber algumas dicas sobre como escrever um bom título, coerente com o tema e a tese desenvolvidos na dissertação.