Você já refletiu sobre a importância da representatividade na publicidade? Confira os textos motivadores a seguir e escreva a sua redação!
Leia os textos motivadores a seguir. Assim, com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “A importância da representatividade na publicidade”.
Use a modalidade escrita formal da língua portuguesa e apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Então, selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO 1
Deputada estadual eleita pelo PSD, Marta Costa é autora do projeto de lei 504/20, que visa proibir a veiculação de peças publicitárias com diversidade sexual. A PL seria votada nesta terça-feira (20), mas foi adiada para a próxima quinta-feira (22).
No texto, a deputada afirma que a presença de pessoas LGBTQIA+ em propagandas traria “desconforto emocional a inúmeras famílias” e que mostrariam “práticas danosas” às crianças. A proibição viria com a intenção de “evitar a inadequada influência na formação de jovens e crianças”. “É nossa intenção limitar a veiculação da publicidade que incentive o consumidor do nosso estado a práticas danosas”, reproduz o documento.
A Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB e a Associação Brasileira de Agências de Publicidade se manifestaram contrárias ao PL, apontando-o como lgtbfóbico, inconstitucional e também uma ferramenta de censura.
Em nota, a Abap afirmou que a inconstitucionalidade da proposta vem devido à imposição de “discriminação à liberdade de expressão comercial e ao direito da orientação sexual”, considerando também uma tentativa de “censura de conteúdo, abrindo um precedente perigosíssimo para a liberdade de expressão aos direitos de minorias”.
A comissão da Ordem dos Advogados do Brasil também aponta como inconstitucional o projeto pela justificativa de que “somente a União tem competência para regular questões relacionadas à publicidade e propaganda”.
Agências de publicidade também se manifestaram contrárias ao projeto de Marta Costa. Usando a #PropagandaPelaDiversidade, pelo menos 30 delas publicaram posicionamento contrários em suas redes sociais.
Fonte: veja sp abril – alesp votação pl lgbts propagandas
TEXTO 2
Cada vez mais se fala de representatividade, diversidade e inclusão na publicidade, mas, até que ponto incluir diferentes etnias, origens e aparências nas campanhas publicitárias, é suficiente? Pois 80% das pessoas em todo o mundo acreditam que apenas isso não é suficiente e esperam que as empresas façam um trabalho melhor para alcançar representatividade genuína em suas publicidades. A constatação vem da atualização da pesquisa para a plataforma de insights criativos Visual GPS, da Getty Images, realizada em parceria com a YouGov, empresa global de pesquisa de mercado, que entrevistou 5 mil consumidores de 26 países e em 13 idiomas.
Além disso, a atualização do estudo revelou que seis em cada dez pessoas preferem comprar de companhias que foram fundadas ou sejam representadas por pessoas como elas. Segundo Rebecca Swift, diretora global de insights criativos da Getty Images, em nota, o primeiro estudo do Visual GPS realizado antes da pandemia mostrou o quanto a representatividade é importante para as pessoas, o que motivou a sua complementação. “Nossos dados e pesquisa nos dizem que há um claro apetite para contar, ouvir e ver histórias inclusivas, mas marcas e empresas precisam ir além da inclusão simbólica para, intencionalmente, criar publicidade e comunicações comerciais que realmente capturem o autêntico estilo de vida e cultura das pessoas”, comentou.
Outro ponto levantado pela pesquisa foi a questão da discriminação e preconceito, já que 62% dos entrevistados afirmaram que se sentem discriminados. Esse sentimento particular foi, notavelmente, mais comum entre a geração Z, mulheres e americanos. Entre essas pessoas, apenas 14% afirmaram que se sentem bem representadas na publicidade, e 15% nas comunicações comerciais.
Fonte: meio e mensagem – 80% das pessoas esperam mais diversidade na publicidade
TEXTO 3
O incômodo de trabalhar com equipes apenas de pessoas brancas ou com uma única pessoa negra e as dificuldades de conseguir espaço no mercado publicitário impulsionam jovens negros a criar suas próprias agências.
Foi o que deu origem ao Gana, projeto formado por seis publicitários negros há um ano. O coletivo, com foco em conteúdo, podcast, design e audiovisual, tenta mostrar como a diversidade pode ampliar o olhar e apresentar reflexos na qualidade dos produtos finais.
Em setembro de 2019, grandes agências de publicidade do país celebraram um acordo com o Ministério Público para a inclusão de jovens negros universitários em seus grupos de colaboradores.
“A representatividade desses profissionais no setor é de 3%”, diz Valdirene de Assis, procuradora do Ministério Público do Trabalho em SP e coordenadora do Projeto Nacional de Inclusão de Jovens Negros Universitários. Mas ela diz já ver progressos.
“As inclusões estão acontecendo. Além disso, o produto que a publicidade tem entregado para a nossa sociedade está mais diverso do ponto de vista étnico-racial.”
Segundo a procuradora, o setor de publicidade foi selecionado não só pela pequena representatividade de profissionais negros mas também “pelo poder de persuasão que a publicidade exerce no público em geral”. “Infelizmente não podemos dizer ainda que a população negra consegue se enxergar na publicidade que é apresentada no Brasil.”
Fonte: folha uol – publicitários negros criam agências com foco em diversidade
TEXTO 4
Falta representatividade na propaganda. Não são apenas os ativistas que constatam. Recente estudo do Instituto Locomotiva, criado por Renato Meirelles, ex-Data Popular, concluiu que 67% dos consumidores brasileiros não se reconhecem nos comerciais da TV. Mas, no digital, o uso de dados pode mudar esse cenário, com ferramentas que mapeiam perfis de consumidores e exibem anúncios de forma personalizada.
A personalização, aliás, toca no fator mais importante da decisão de compra: a identificação. Segundo a pesquisa, tirando preço e qualidade (quesitos característicos do item à venda), sentir-se identificado com o produto é o que mais influencia no consumo para 44% dos respondentes, à frente da opinião de um especialista (40%) e do status que ele proporciona (31%).
Quem menos se vê representado na propaganda são os negros, segundo o levantamento. Eles compõem 54% da população. É um mercado de R$ 1,5 trilhão por ano interessado em aparelhos de TV, smartphones e geladeiras. Mas, diante dos comerciais desses produtos, apenas 6% se veem refletidos. Já as mulheres (52% da população) movimentam um mercado de R$ 1,57 trilhão ao ano. Mas só 7% se veem representadas. A maioria (73%) se diz incomodada com propagandas que a subestima.
Fonte: blog publicidade uol – dados ajudam a aumentar a representatividade na propaganda