Olá, aluninho!
Aqui nós já te ensinamos como escrever uma conclusão de redação sensacional para o ENEM. Mas e para vestibulares e concursos? Achou que íamos te deixar órfão?! Nunca! Vem com a gente que não tem erro!
Vamos começar do começo: lendo o que o edital espera de você. Se a prova pediu um texto dissertativo-argumentativo, não tem jeito, você vai ter um posicionamento. E, para que a conclusão de redação fique bem organizada, você pode começar, assim como na conclusão de redação do ENEM, retomando a sua tese.
O que vem a seguir é que muda, já que você não tem necessidade de propor ações muito detalhadas. Você pode, inclusive, fazer apenas uma constatação. Tudo vai depender da pesquisa e do estudo que você vai fazer sobre a banca e sobre as provas anteriores.
Pra você que tá se preparando pra concurso, a gente já falou um pouco sobre isso, mas nunca é demais reforçar que conhecer o estilo de prova é importante demais. Mas chega de conversinha porque eu sei que você quer um exemplo. Lá vai:
“Dessa forma, o capitalismo inerente à maioria das nações contemporâneas trouxe consequências aterradoras para seus cidadãos. A felicidade atribuída ao ato de compras desencadeou diversas mazelas atuais, entre elas a sobreposição do “ter” em relação ao “ser”. Assim, tendo seu valor intrínseco associado às posses, as pessoas começaram a relacionar-se de forma efêmera, em um mundo onde apenas os endinheirados vivem prazeirosamente. Se Descartes vivesse no século XXI, alteraria sua afirmação para ‘Tenho, logo existo’.”
Conexão/ conectivo conclusivo: “Dessa forma”.
Retomada da tese: “o capitalismo inerente à maioria das nações contemporâneas trouxe consequências aterradoras para seus cidadãos.” (Aqui, a autora do texto reafirmou algo que já foi explicitado na introdução).
Constatação: “A felicidade atribuída ao ato de compras desencadeou diversas mazelas atuais, entre elas a sobreposição do “ter” em relação ao “ser”. Assim, tendo seu valor intrínseco associado às posses, as pessoas começaram a relacionar-se de forma efêmera, em um mundo onde apenas os endinheirados vivem prazeirosamente.”
A autora trouxe, também, o que chamamos de “floreio”, que é realizado utilizando termos mais simples. Ou seja, um jeito de enfeitar a sua redação. A grande sacada aqui foi ela ter feito isso usando o título do texto. Muito espertinha, não? Ao fazer isso, ela mostrou para o seu corretor que a sua redação está toda conectada, ou seja, tá planejada (de novo, de novo, de novo).
Percebeu que não tem soluções para um problema, mas sim uma constatação? “Você quer dizer que eu não posso dar soluções para o problema na conclusão de uma redação de vestibular ou de concurso?”
Pode sim, bebê. Mas tudo vai depender do recorte temático que a proposta de redação trouxe e da forma como você construiu a sua introdução e o seu desenvolvimento. Não se esqueça: a conclusão de redação é um reflexo dessas outras duas partes. Tudo precisa se encaixar.
E, por fim, como a gente tá aqui para o que der e vier, vamos te dar um exemplo de conclusão de uma redação com tema subjetivo. A proposta pediu uma redação sobre “A melhor fase da vida”, ou seja, um tema super subjetivo e reflexivo, que praticamente zera a possibilidade de se sugerirem propostas elaboradas e completas como as que são feitas no ENEM. Pega este exemplo:
“Dessa forma, nada mais justo afirmar que a humanidade, especialmente no contexto vigente, está deixando a vida escorrer em suas mãos sem perceber. O ser humano tende a não refletir sobre o seu presente, valorizando o passado e idealizando o futuro. Porém, seria ignorante e ineficaz comparar a inocência de Narizinho, o crescimento de Capitu e o conhecimento de dona Benta. Melhor do que isso é viver o agora, para que, ao olhar o passado não haja remorso ou vontade de retorno, e sim a saudade de uma fase boa. De todas elas.”
Independente do tipo de proposta, percebe que dá para começar a conclusão de redação com um elemento de ligação, né? Então, o tema ser subjetivo não é desculpa para você ter preguiça de pensar em um conectivo bem lindão, hein? No exemplo acima, a autora do texto começou a conclusão com a início básico que falamos até agora, com a reafirmação da tese. Gostou do trecho desse texto? Então confira ele na íntegra:
Veja que a autora desse texto usou exemplos literários para resumir o que ela afirmou no desenvolvimento. E se não viesse nenhum exemplo na cabeça? Tudo bem. Poderia trocar por substantivos, como criança, jovem e idoso.
Para finalizar, temos ali a cereja do bolo: uma sugestão, que foi feita por meio de uma frase de impacto. Ficou top, né? Se o tema é reflexivo, nada mais legal do que fazer com que o seu corretor termine o texto refletindo sobre o que você disse.
Antes que você se autodeprecie e diga que não é capaz de provocar isso em seu leitor, lembre-se que, naquele momento, você também estará refletindo sobre o tema, logo, pode confiar na sua brilhante cabecinha, pois ela também vai ferver diante de questões que nos fazem pensar na vida.
Chegamos, então, ao final da nossa série “Redação por partes”. Nem preciso te dizer o que fazer agora, né? É claro que chegou a hora de produzir! Manda logo o seu texto, pois estamos ansiosos para corrigir a sua redação com as 3 partes – introdução, desenvolvimento e conclusão de redação – desenvolvidas lindamente!