Conjunções para redação: quais são e como utilizá-las corretamente.
Você sabe usar conjunções para redação da maneira correta? As conjunções estão constantemente presentes no nosso vocabulário e nas produções textuais; são elas que deixam nosso texto assertivo, organizado e mais atraente ao leitor. Por outro lado, muitas pessoas ainda não sabem como e onde utilizá-las.
Quem conhece todas as categorias de conjunções consegue aproveitar o campo semântico a favor de uma redação mais assertiva e agradável. Pensando nisso, elaboramos uma publicação com todas as informações importantes sobre conjunção para você aprimorar seu conhecimento no assunto.
Antes de discorrer sobre o tema, precisamos entender quais são as categorias e subcategorias das conjunções, junto aos seus significados. Começando com uma breve explicação do que é conjunção.
Afinal, o que é uma conjunção?
Conjunção é o nome dado às palavras de ligação entre uma oração e outra, com o mesmo valor gramatical. As conjunções não variam de gênero ou número e possuem valores diferentes; algumas significam adição (e, bem como, como também), outras conclusão (logo, portanto, assim), e por aí vai.
Quer um exemplo? Então vamos lá:
“Eu gosto de cachoeira e de acampar ao ar livre”.
Neste caso, o “e” possui sentido de adição, ligando duas orações com dois termos comuns: “cachoeira” e “acampar ao ar livre”. Essa e outras conjunções são essenciais para construir uma boa redação e, por isso, devemos estar atentos aos seus significados e aplicações.
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Quais os tipos de conjunções?
As conjunções são divididas entre coordenativas e subordinativas e cada uma possui suas próprias subcategorias de conjunções:
Conjunções Coordenativas
Em poucas palavras, as conjunções coordenativas são aquelas que ligam duas orações independentes. Além disso, as conjunções coordenativas são subdivididas em outras 5 diferentes:
1. Aditivas
São aquelas que expressam soma e adição à frase, como em: “Ele não só é lindo como também engraçado”.
- Exemplos de conjunções coordenativas aditivas: também, mais, como também, nem, ainda, não só, bem como, mas também, além de, quanto, não somente, além disso.
2. Adversativas
Expressam oposição e adversidade à frase, como em: “Não foram hexa, todavia, deixaram o Brasil todo orgulhoso com seu desempenho”; “Não era ator, contudo, caía com a destreza de um gato.”
- Exemplos de conjunções coordenativas adversativas: todavia, no entanto, não obstante, porém, mas, entretanto, contudo.
3. Alternativas
Simbolizam a escolha de pensamentos; por exemplo: “Ou você vai ou você fica”; “Ele faz um drama gigante, seja por dinheiro, seja por amor”.
- Exemplos de conjunções coordenativas alternativas: ou, ora… ora, ou… ou, já… já, seja… seja, quer… quer.
4. Explicativas
Exprimem razão e motivo, geralmente antecedidas por uma vírgula: “Coma vegetais, porque é importante!”; “Leve um casaco, pois vai chover”
- Exemplos de conjunções coordenativas explicativas: que, pois, porque, por conseguinte, porquanto, assim.
5. Conclusivas
Exprimem conclusão de pensamento: “Chorei bastante, portanto consegui um bom desconto”; “Estou passando mal, por isso não vou à escola”
- Exemplos de conjunções coordenativas conclusivas: portanto, logo, por isso, por conseguinte, pois, assim.
Conjunções Subordinativas
As conjunções subordinativas, por sua vez, são aquelas que ligam duas orações dependentes entre si, como o próprio nome sugere. Dentre as conjunções subordinativas, há 10 subdivisões:
1. Integrantes
Servem como a introdução de uma oração que vai completar o sentido da outra: “Quero que você compre um x-bacon agora para mim”; “A verdade é que estou com fome.”; “Não sei se vou hoje.”
- Exemplos de conjunções subordinativas integrantes: Que e se.
2. Causais
Introduzem orações que dão ideia de causa: “Como fingi que estava doente, não pude ir à aula.”; “A grama está molhada porque choveu.”
- Exemplos de conjunções subordinativas causais: porque, que, como, visto que, pois que, uma vez que, já que, porquanto, desde que.
3. Comparativas
Introduzem orações que dão ideia de comparação: “Eu sempre fui melhor que você!”; “Ele é tão bonito quanto você!”
- Exemplos de conjunções subordinativas comparativas: qual, como, que, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhor e pior), bem como.
4. Concessivas
Iniciam orações que indicam contradição: “Vou à praia, embora esteja chovendo.”; “Estou com frio, mas vou assim mesmo.”
- Exemplos de conjunções subordinativas concessivas: ainda que, embora, mesmo que, posto que, se bem que, apesar de que, por mais que.
5. Condicionais
Dão início a orações que denotam hipóteses ou condições: “A menos que eu não queira, estarei lá amanhã.”; “Eu te amarei, contanto que você se comporte.”
- Exemplos de conjunções subordinativas condicionais: caso, se, a menos que, salvo se, contanto que, a não ser que, desde que.
6. Conformativas
Iniciam orações que expressam acordo, resolução: “Cada um enriquece conforme trabalha.”; “Fiz a atividade conforme a professora orientou.”
- Exemplos de conjunções subordinativas conformativas: conforme, como, consoante, segundo.
Dica: As conjunções subordinadas conformativas são interessantes para fazer citações.
7. Consecutivas
Dão o início de orações que indicam uma consequência ou um ato que é consequência de outro: “Ela esperneou tanto que conseguiu o que queria.”; “O bolo estava tão gostoso que comi tudo!”
- Exemplos de conjunções subordinativas consecutivas: que (precedido de tal, tanto, tão ou tamanho), de forma que, de modo que, de sorte que.
8. Temporais
Iniciam orações que dão sensação de tempo: “Fomos assim que deu vontade.”; “Melhor irmos antes que chova.”
- Exemplos de conjunções subordinativas temporais: mal, quando, logo que, assim que, antes que, sempre que, depois que, desde que.
9. Finais
Iniciam orações que exprimem finalidade: “Pelo amor de deus, sentem logo para que eu possa ver a Beyoncé!”
- Exemplos de conjunções subordinativas finais: porque, que, para que, a fim de que.
10. Proporcionais
Iniciam orações que exprimem concomitância, sequência, sincronia: “À medida que eu cresço, eu vejo a besteira que fiz.”
- Exemplos de conjunções subordinativas proporcionais: à proporção que, medida que, ao passo que, quanto menor, quanto menos, quanto melhor, quanto maior.
Como utilizar as conjunções para redação?
Agora que você conheceu todas as conjunções subordinativas e coordenativas, é o momento de saber como utilizá-las da maneira certa em sua redação. Para não ter erro, você deverá entender o sentido da sua frase, entender se as orações dependem uma da outra e de que forma dependem. Calma, vou explicar:
“A verdade é…” é uma oração subordinada a outra, ou seja, depende de outra para ter sentido. Sua dependência é de complemento, integração, portanto, trata-se de uma oração subordinada integrante. Com isso, você só precisa encontrar a conjunção correta para que sua frase faça sentido.
As conjunções integrantes são que e se, neste caso ficaria: “A verdade é que estou faminta!”.
Muitas palavras podem ter sentidos diferentes, é o caso da conjunção “que”, que possui diferentes significados. Só nessa publicação descobrimos que o “que” pode ter o sentido de complemento, finalidade, consequência, comparação, causa e por aí vai.
É necessário ter total controle do que está sendo dito na sua produção para que os sentidos sejam completos, sem que haja abertura para mais de uma interpretação.
E aí, gostou das nossas dicas? Essas são as conjunções presentes na língua portuguesa. Apesar de serem muitas, com um bom entendimento sobre elas você ficará craque! Uma dica extra é experimentar e praticar sempre que possível: esse é o segredo para uma boa produção textual.
Aproveite e confira também nosso post sobre “As palavras que você deve evitar (ao máximo!) na sua redação“.