Oi, Little Liar! Tudo bem com você? Nosso parceiro preparou uma dica especial para quem ama “Pretty Little Liars” e está se preparando para a redação do ENEM, vestibulares ou concursos! Você sabia que é usar PLL na redação, dependendo no tema?
Você sabia que dá pra usar a série Pretty Little Liars na redação, dependendo do tema?
Bora anotar os assuntos ligados a série Pretty Little Liars na redação em diferentes temas?
Sinopse:
“Na pequena cidade de Rosewood, cinco melhores amigas guardam grandes segredos. Alison, a líder do grupo, desaparece e suas amigas passam a receber mensagens de uma fonte anônima que assina apenas como ‘-A’.
Geral
O fio condutor de PLL é a perseguição digital que quatro garotas, Aria, Spencer, Hanna e Emily, sofrem diariamente caladas. Elas são ameaçadas da exposição de seus segredos e, por isso, não conseguem denunciar o agressor (“A”), que se esconde no anonimato online para sadicamente atormentar suas vidas. Como disse a personagem Dra. Sullivan em um discurso, “Hoje em dia, valentões podem causar muito mais estragos. Eles têm armas melhores. Eles podem apertar ‘enviar’ repetitivamente, e se esconderem no anonimato de uma mensagem ou e-mail, o que é a maior das covardias”.
Por aqui já conseguimos reparar como Pretty Little Liars dá pra usar na redação, né?
Desaparecimento de crianças e adolescentes
A trama da série se inicia com o desaparecimento da 5ª membra e líder do grupo, Allison, em uma noite do pijama com as amigas. Todas dormem e, no meio da noite, acordam e sentem a falta de sua “abelha rainha”, que havia sumido. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), o índice de desaparecimento de crianças e adolescentes no mundo vem se elevando a uma taxa superior a 10% anualmente. Só no Brasil, são registrados 50 mil casos por ano.
Relação professor-aluno
No seriado, há dois exemplos de envolvimento amoroso entre um professor e uma aluna (inclusive na mesma família): Aria Montgomery com Ezra Fitz, que começam um caso no banheiro de um bar antes da posse do cargo de Ezra, e Byron Montgomery, pai de Aria, com Meredith Sorenson, uma de suas alunas e amante extraconjugal. A discussão gira em torno dos limites da relação de um professor com seus alunos, e o quanto casos de paixão, como esses, afetam no aprendizado, objetivo principal do docente.
Limites entre pegadinhas/trotes e a violência
Numa noite em que as meninas experimentavam roupas, Alison diz que viu Toby, irmão de Jenna, espionando-as e orquestra um plano para soltar uma bomba de fedor em sua garagem como vingança. As demais pensam em apenas contar aos pais, mas Ali afirma que não haveria graça nisso, ordenando, então, a execução da pegadinha. Mas a brincadeira deu terrivelmente errado — a garagem pegou fogo, e estava lá sua irmã Jenna, que se tornou permanentemente cega. É relevante pensar os limites de tais “brincadeiras” atualmente, como os trotes universitários, e os seus efeitos, visto, por exemplo, o caso do calouro da USP que foi encontrado morto, afogado na raia olímpica, ao ser obrigado a pular sem saber nadar.
Assédio por intrusão/stalkiing
Na 2ª temporada, o clube NAT (sigla traduzida para “Nós vemos tudo”), formado por Ian Thomas, Jason DiLaurentis e Garrett Reynolds, tinha como objetivo obsessivamente perseguir e filmar as garotas de Rosewood, compilando o maior número de vídeos (em sua maioria íntimos) de meninas. O caráter pervertido desse grupo mostra o quão profundo é o problema do stalking, um crime que, por exemplo, ainda não tem legislação específica no Brasil (enquadrando-se como perturbação da tranquilidade).
Traumas do bullying na escola
A revelação do Original A é feita: Mona. Os motivos que a levaram para fazer as injúrias contra o grupo, além de um claro distúrbio mental, estão na experiência traumática que a personagem tinha na escola. Antes do desaparecimento de Ali, ela era excluída de todas as formas e sofria bullying pela malvada Alison, enquanto nenhuma das outras quatro meninas se pronunciavam. A incessante zombaria com a menina “nerd” e “desajeitada” provocou um desejo cruel de vingança e de inversão de papéis. Mona, por meio do anonimato digital, passava, de vítima, à própria agressora de Alison e suas amigas.
Feminicídio
O caso do assassinato de Maya, descoberto em detalhes na 3ª temporada, constrói um quadro de feminicídio: Lyndon, seu ex-namorado, era um stalker desequilibrado que, após perdê-la e vê-la com Emily em Rosewood, sente ciúmes e planeja matá-la. Ele muda de identidade, nomeando-se Nate, e muda para Rosewood como um aluno de transferência de arquitetura, tudo para assassinar a ex-namorada que não ficou com ele. O plano é concretizado, resultando na terrível morte da personagem.
Saúde mental na adolescência
O acúmulo de todo o estresse e trauma do cyberbullying culminaram no colapso total de Spencer no momento da descoberta de que seu namorado, Toby, fazia parte do A Team e, depois, ao encontrar um cadáver falso dele. Nessa hora, ela perde completamente a sanidade mental e o controle de suas emoções, explode, e é, inclusive, internada no hospício Radley, o mesmo de Mona anteriormente. Uma evidência de como os problemas do estresse e relacionamentos (levados a uma escala fictícia maior, claro) podem conduzir os jovens ao estado de instabilidade emocional.
Abuso e manipulação de menores
Uma das maiores reviravoltas da 4a temporada está no personagem de Ezra, que, embora não seja A, esteve tramando por todo esse tempo um plano próprio — escrever seu romance sobre Alison. Em verdade, ele havia se envolvido com ela antes de tudo, e se aproxima de Aria apenas para coletar informações para escrever a obra. Isso significa que ele sempre soube, desde o início, que Aria era menor de idade (tinha 16 anos) e que seria sua aluna, mas mesmo assim seduziu e manipulou a garota vulnerável, para ser sua fonte para a escrita.
O uso de drogas estimulantes entre jovens
Spencer cria, ao longo do tempo, uma dependência com anfetaminas: psicoestimulantes que auxiliam a passar noites em claro e fazem o cérebro trabalhar mais depressa. Essas drogas sintéticas são cada vez mais utilizadas por estudantes na contemporaneidade, com a corrida contra o tempo para estudar todos os conteúdos. Porém, elas causam o vício e levam a danos graves — Spencer, por exemplo, em uma noite, começa a andar dormindo e é encontrada na manhã seguinte na escola por Ezra.
Falhas do sistema judicial
Após a suposta morte de Mona, a primeira a ser acusada foi Alison e, mesmo inocente e sem provas o suficiente, ela é presa pelo crime, acompanhada de suas quatro amigas como cúmplices. É interessante pensar como tudo havia sido orquestrado por outra pessoa externa, A, mas culminou na manipulação de todo o sistema policial e judicial a fim de condenar cinco garotas inocentes, com sucesso. Demonstra como a justiça pode ser distorcida e corrompida.
Sequestro/cativeiro
Ainda pior do que a condenação injusta, está o que veio a seguir: a pena não foi a prevista constitucionalmente, em uma cela prisional, por outra falha, a segurança policial. Durante o transporte de 4 das detentas, a van foi atacada e as meninas foram sequestradas e levadas a um cativeiro planejado e montado para elas por A. Lá, elas são mantidas cativas e devem cumprir os desejos do sequestrador, em um sádico jogo de “casa de bonecas”
Tortura psicológica
Durante a primeira metade da temporada, são abordados os efeitos da tortura das garotas na “casa de bonecas”. Traumatizadas, elas não conseguem dormir em seus quartos sem pensar nos cenários do cativeiro. Lá, é mostrado como A as forçava a escolher qual das amigas teria água, comida, ou seria machucada, uma tortura psicológica cruel no dilema entre o sofrimento de todas vs. o sofrimento de uma.
Transfobia e rejeição familiar na transição
Quando CeCe é revelada A, vemos que Charles é, em verdade, Charlotte DiLaurentis, uma mulher trans cuja loucura foi desenvolvida pela rejeição da família. Quando pequena, ela não era aceita por Kenneth, que então produziu uma história em que a criança teria afogado Alison, levando à sua reclusão em Radley. Lá, ela também é culpada de assassinar Marion Cavanaugh e dopada com excessivos remédios diariamente, o que constrói seu caráter sociopata e culmina em tomar o jogo de A quando conhece Mona. Tudo isso por não se identificar com o sexo que nasceu e querer realizar sua transição. No Brasil, 29 de janeiro é o Dia da Visibilidade Trans.
Morte de civis em guerras
A história de Nicole, personagem secundária, pode remeter à discussão das mortes de inocentes em guerras civis. Ela é uma ativa voluntária em missões internacionais e, junto com Ezra, vai à Colômbia ajudar na construção de habitações. Ezra adoece e, quando volta aos EUA, descobre que revolucionários atacaram os voluntários e os sequestraram. Nicole é dita morta junto com outras dezenas de civis inocentes.
Amizade e desajustamento social
No último episódio, o último A (A.D.) é finalmente revelado: Alex Drake, a irmã gêmea secreta de Spencer. E a motivação dela: novamente, se repete a falta de aceitação e o desajustamento desde menor como fator encadeador da violência contra as Liars. A poderosa e verdadeira amizade entre as 5 é objeto de desejo para personagens alienadas e historicamente excluídas —como Mona, CeCe e Alex Drake. Especificamente no último caso, Alex sente inveja da vida perfeita que Spencer recebeu nos EUA, com uma família, amigas e namorado que a amam, enquanto ela, sua irmã gêmea, foi colocada num hospício na Inglaterra e isolada de todos.
Ao final, Pretty Little Liars é uma série sobre o impacto dos laços sociais e da inclusão sob a ótica da estabilidade emocional, e a falta dessa mesma aceitação como gatilho para o desequilíbrio mental. Mesmo com diversas torturas e jogos, as 5 garotas conseguiram superar e manter-se unidas pela força que a amizade as trouxe.
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