O papel da atividade física no combate à dor musculoesquelética em crianças e adolescentes

Proposta de redação 

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O papel da atividade física no combate à dor musculoesquelética em crianças e adolescentes” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. 

Desse modo, selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.

Instruções para redação

  1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
  2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 (trinta) linhas.
  3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para a contagem de linhas. 
  4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
  • 4.1 tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo consideradas “textos insuficiente”; 
  • 4.2 fugir do tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo; 
  • 4.3 apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto;
  •  4.4 apresentar nome, assinatura, rubrica, ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.

Textos motivadores 

Texto I

A dor musculoesquelética afeta cerca de 27% das crianças e adolescentes brasileiros, representando um desafio significativo para a saúde pública, conforme estudo publicado no Brazilian Journal of Physical Therapy. Essa condição, muitas vezes subestimada por pais e profissionais de saúde, pode ter um impacto considerável nas atividades diárias dos jovens, incluindo a frequência escolar e a participação em atividades físicas.

O estudo revela que mais de um quarto dos jovens entrevistados relataram dores incapacitantes que afetaram suas rotinas, com as costas sendo a região mais afetada. Esse dado é alarmante, principalmente porque a dor na infância e adolescência pode evoluir para problemas crônicos na vida adulta. No Brasil, estima-se que mais de 35% dos adultos acima de 50 anos sofram de dor crônica, o que destaca a importância de abordar essas questões desde cedo.

Entre os fatores associados à dor musculoesquelética em jovens, destacam-se o sedentarismo, como horas excessivas diante de televisões e videogames, além de questões psicossomáticas e a qualidade de interação familiar. Esses elementos são cruciais para entender o contexto amplo em que essa dor se desenvolve e persiste.

Uma abordagem proativa para o manejo dessas dores inclui a promoção de atividades físicas, que são fundamentais não apenas para a prevenção, mas também como parte do tratamento. O encorajamento ao movimento e à atividade regular pode ser um passo vital para mitigar os impactos dessa condição na juventude.

Fonte adaptada: CNN Brasil

Texto II

Dores nos membros inferiores representam cerca de 10 a 15% das consultas pediátricas, sendo um encaminhamento comum para serviços de reumatologia. As causas de dor musculoesquelética em crianças variam entre condições reumáticas e não reumáticas, com destaque para as síndromes dolorosas idiopáticas e síndromes de amplificação da dor musculoesquelética (SADMs), que incluem as dores de crescimento, fibromialgia juvenil, síndrome de dor regional complexa, fobia escolar e reumatismo psicogênico.

Outros grupos de condições que podem causar dor incluem doenças mecânicas, inflamatórias, infecciosas, hematológicas, neoplásicas e metabólicas. O diagnóstico dessas dores inicia-se com uma avaliação detalhada da história do paciente e exame físico, que direcionam os exames complementares necessários. Essa abordagem evita procedimentos desnecessários e encaminhamentos excessivos para especialistas.

Fonte adaptada: Secad Artmed.

Texto II

Especialistas do Institute of Training Science and Sports Informatics, em estudo publicado na revista “Pediatrics”, destacam os benefícios da musculação para crianças e adolescentes quando devidamente supervisionada. O treino de resistência realizado duas vezes por semana resultou em maior ganho de força comparado a treinos menos frequentes ou mais curtos. A prática, que já é adotada por alguns profissionais no Brasil, requer supervisão de um educador físico e liberação médica.

A Associação Nacional de Força e Condicionamento (NSCA) lista várias vantagens do treino de força nesta faixa etária, incluindo melhorias no equilíbrio corporal, concentração, massa óssea, e redução no risco de lesões. Esses benefícios se estendem à prevenção de condições como hipertensão e à promoção de um estilo de vida saudável. O treino também é benéfico para o desenvolvimento social e autoestima dos jovens.

Fonte adaptada: https://www.anapaulasimoes.com.br/nossos-artigos/musculacao-para-criancas-e-adolescentes/

Texto IV

atividade física

Fonte: IBGE

Repertórios relacionados ao tema sobre o papel da atividade física no combate à dor musculoesquelética

Filme: “Billy Elliot”

Esse filme retrata a vida de um garoto que encontra na dança uma paixão e um escape para suas frustrações pessoais e físicas, incluindo as tensões musculares do trabalho manual que muitas crianças enfrentam em contextos desfavorecidos. A história destaca como a atividade física, mesmo não convencional, como a dança, pode influenciar positivamente o desenvolvimento físico e emocional.

Série: “Cheer” (Netflix)

Essa série documental expõe os riscos e benefícios físicos da prática intensiva de esportes desde cedo. Discute lesões comuns, prevenção e o impacto da atividade física no bem-estar e desenvolvimento dos jovens.

Agenda 2030 – Objetivo de Desenvolvimento Sustentável: Saúde e Bem-Estar (Objetivo 3)

Esse objetivo enfatiza a importância da saúde e bem-estar para todas as idades, incluindo o fomento de estilos de vida saudáveis desde a infância. O incentivo à prática regular de atividade física encaixa-se como uma estratégia para prevenir doenças crônicas desde cedo, incluindo problemas musculoesqueléticos.

Lei: Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

O ECA, em seus vários artigos, protege o direito à saúde das crianças e adolescentes, incluindo o acesso a práticas esportivas e atividades físicas que são essenciais para o desenvolvimento saudável e prevenção de doenças, como as dores musculoesqueléticas.

Livro: “O Físico” – Noah Gordon

A obra trata primordialmente de um aprendizado médico na Idade Média, mas também destaca o impacto dos conhecimentos médicos na melhoria da qualidade de vida e saúde, um paralelo que pode ser traçado em relação à importância do conhecimento sobre a biomecânica e fisiologia no treino de jovens.

Constituição de 1988

A Constituição Brasileira estabelece como dever do Estado garantir a saúde como direito de todos, promovendo políticas sociais e econômicas que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos. Isso inclui promover programas e iniciativas que incorporem a atividade física como parte essencial da saúde pública, também para crianças e adolescentes.

Argumentos para abordar o tema o papel da atividade física no combate à dor musculoesquelética

Argumento 1: falta de debate sobre atividade física na infância

  • Causa: a falta de debate sobre a importância da atividade física para crianças e adolescentes muitas vezes se deve ao desconhecimento generalizado sobre seus benefícios específicos, além de uma certa resistência cultural contra treinamentos físicos para jovens, baseada em mitos antigos ou informações desatualizadas.
  • Consequência: esta falta de conscientização pode levar a uma baixa participação em atividades físicas entre os jovens, contribuindo para o aumento das taxas de obesidade infantil e problemas relacionados à saúde, como diabetes tipo 2 e hipertensão precoce.
  • Solução Possível: promover debates públicos e campanhas de informação que envolvam profissionais de saúde, educação e esportes, demonstrando os benefícios comprovados do exercício físico para o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes.
  • Repertório Filosófico: John Dewey, um filósofo e educador americano, enfatizou a importância do “aprender fazendo” e da inclusão de atividades práticas na educação para o desenvolvimento integral do indivíduo. Ele argumentava que a educação deve englobar todos os aspectos do desenvolvimento humano, incluindo físico, intelectual e social.

Argumento 2: omissão governamental no estímulo à atividade física infantil

  • Causa: a omissão governamental pode ser atribuída à falta de priorização de políticas públicas que integrem a atividade física como componente fundamental na educação e saúde pública.
  • Consequência: sem o apoio governamental, escolas e comunidades podem não ter os recursos necessários para implementar programas de atividade física eficazes. Isso pode resultar em uma geração de jovens com hábitos de vida sedentários, com implicações de longo prazo para sua saúde e bem-estar.
  • Solução Possível: o governo deve implementar políticas que incorporem a atividade física nos currículos escolares e oferecer incentivos para clubes e organizações que promovam esportes e exercícios entre os jovens.
  • Repertório Filosófico: Thomas Hobbes, em sua obra “Leviatã”, discute a responsabilidade do Estado em garantir o bem-estar de seus cidadãos, o que pode ser extrapolado para incluir a saúde física e mental. Ele sugere que é dever do Estado não apenas proteger seus cidadãos, mas também promover estruturas que assegurem seu desenvolvimento integral.

Por fim, agora que você está bem informado sobre todos os aspectos a respeito do tema da redação sobre o papel da atividade física no combate à dor musculoesquelética em crianças e adolescentes, que tal colocar seus conhecimentos em prática? Ao acessar o nosso site, você terá a oportunidade de ter sua redação corrigida pela mais renomada e eficiente plataforma de correção do Brasil..

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