A violência nas escolas brasileiras: desafios e soluções | Tema de redação

A violência nas escolas brasileiras: desafios e soluções

Nossa equipe tem um tema bem sério para sua redação desta semana. Sério e triste. Mas é um problema social urgente e pode cair no Enem

Estamos falando da violência nas nossas escolas, a temática envolve professores, alunos, ex-alunos, pais de alunos e gente de fora. Então, podemos observar que é um tema complexo, não é? Felizmente, soluções despontam aqui e acolá e queremos que você as conheça para usar na redação

Por isso, abaixo, você vai encontrar o melhor conteúdo sobre o assunto, tanto no Brasil quanto em outros países. Leia-os com atenção e escreva uma redação dissertativa-argumentativa para o Enem, sobre o tema  “A violência nas escolas brasileiras: desafios e soluções”. 

Pense com carinho no que você acha melhor escrever – isso indica autoria. 

Bom trabalho! 

Texto 1

MANIFESTO

Nota de Alerta da SBP contra os crimes cibernéticos

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) – preocupada com a saúde, a segurança e o

bem-estar das crianças e adolescentes, bem como ciosa da importância que tem a Escola no desenvolvimento deste grupo etário – alerta os pediatras, pais, educadores e responsáveis sobre a divulgação de mensagens e vídeos nas redes sociais e grupos de WhatsApp com discurso de ódio, provocando insegurança nas famílias e na população.

Nesse momento em que o Brasil passou por recentes episódios de violência contra as escolas, a SBP recomenda aos pais e responsáveis para agirem evitando a viralização desses vídeos, caso os recebam em seus celulares ou pelas diferentes redes sociais. Além disso, é importante ressaltar que o não compartilhamento desse material ajuda a enfraquecer o mercado de desinformação e de fake News, além de ajudar a cessar ataques desse perfil.

Sempre atenta a conteúdos desta natureza, a SBP sugere ainda que:

  • Os pais e responsáveis ajudem a construir regras de convivência e paz nas creches, escolas e comunidades escolares, sempre participando das reuniões regulares com os educadores;
  • Sejam estabelecidos canais de comunicação off-line virtuosos, democráticos e construtivos, visando a promoção de escolas mais seguras, com internet mais ética, saudável e educativa;
  • Pais e educadores estejam sempre atentos para conhecer o universo digital que seu filho(a) acessa e interage, e ensinem a bloquear mensagens inapropriadas ou discriminatórias.

Por fim, a SBP reforça que está engajada e compartilhando das ações estratégicas com órgãos governamentais e instituições afins visando o enfrentamento à violência e aos crimes cibernéticos.

Rio de Janeiro (RJ), 13 de abril de 2023. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP)
fonte: https://cangurunews.com.br/pediatras-lancam-documento-sobre-violencia-nas-escolas/ (texto adaptado)

Texto 2

fonte: https://www.oabes.org.br/noticias/violencia-no-ambito-escolar-uma-causa-de-direitos-humanos-561922.html

Texto 3

Psicóloga explica como lidar com traumas após ataque em creche de SC

Para Catarina Gewehr [psicóloga], experiências de ataques como a de hoje geram sentimentos de desolação nas pessoas.

— Blumenau está um silêncio. Não é normal nem para o horário, nem para o dia da semana. É um peso, uma sensação de que algo muito irregular aconteceu — conta.

Nas crianças, conforme ela, o fato causa impasses primeiro na linguagem, sendo que a percepção delas é alterada conforme o adulto repassa a informação, mesmo entre as que presenciaram o crime. 

— Geralmente, o adulto chora e dá resposta sem nexo para criança. É necessário entender que é legítimo estar triste, necessário manifestar, não fingir que está tudo bem. Assim, as crianças tendem a superar de maneira melhor casos devastadores como o ataque à creche — explica.

Conforme a profissional, é normal que a população sinta desolação nos próximos períodos, sentindo tristeza, raiva, depois querer justiça, em seguida pensar o que poderia ter feito para evitar e, em seguida, novamente tristeza. 

— Serão muitos ciclos de perda de força. Todos os envolvidos vão precisar de ajuda profissional até que a situação perca a força de tirar a força das vítimas. Esses acontecimentos impactam por muito tempo — lamenta. 

Catarina reforça ser necessário que o país pense em ferramentas e políticas públicas com objetivo de promover uma cultura de paz, de diferenças e de valorização da vida, em vez de promoção de ideias a favor de armas, por exemplo.

Adaptado de https://www.nsctotal.com.br/noticias/psicologa-explica-como-lidar-com-traumas-apos-ataque-em-creche-de-sc-e-legitimo-estar-triste

Texto 4

Mochilas vazias em frente ao Congresso, em Brasília, lembram vítimas de violência em escolas

Dezenas de mochilas vazias, colocadas em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, lembram as vítimas da violência em escolas de todo o país, na manhã desta terça-feira (2). De acordo com o movimento cívico Avaaz, 35 jovens morreram em ataques desde 2012.

O ato ocorre no dia programado para ocorrer a votação do Projeto de Lei 2630, conhecido como o PL das Fake News (veja detalhes abaixo). Portanto, a proposta torna crime a divulgação de notícias falsas pela internet.

Conforme os organizadores, uma pesquisa encomendada pela Avaaz aponta que 93,7% dos entrevistados acreditam que as redes sociais não são seguras para crianças e adolescentes.

fonte: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2023/05/02/mochilas-vazias-em-frente-ao-congresso-em-brasilia-lembram-vitimas-de-violencia-em-escolas.ghtml (texto adaptado)

Texto 5

O Manifesto Juvenil #ENDviolence

Nós nos comprometemos

Com a gentileza

Comprometemo-nos a ser respeitosos e cuidadosos na forma como tratamos nossa comunidade e a nos manifestar quando for seguro fazê-lo. Além disso, a bondade é uma responsabilidade que começa com cada um de nós.

Com a denúncia de violência

Comprometemo-nos a quebrar tabus e a vitimização em torno da denúncia de violência. Mas também procuraremos autoridades de confiança, como professores, conselheiros, representantes da comunidade e outros alunos, quando testemunharmos ou soubermos de violência dentro e ao redor da escola. Também nos comprometemos a criar canais liderados por jovens para denunciar a violência.

Com a ação

Por fim, comprometemo-nos a iniciar e apoiar iniciativas que promovam unidade, curiosidade e respeito mútuo em casa, na escola e em nossas comunidades – inclusive online. Por isso, é importante a ideia de que vamos proteger uns aos outros e proteger uns aos outros. [#Eu te dou cobertura]


traduzido livremente de https://www.unicef.org/end-violence/youth-manifesto (texto adaptado)

Repertórios socioculturais relacionados ao tema “A violência nas escolas brasileiras: desafios e soluções”

notícia – veja alguns relatos de como os professores mineiros se sentem com a constante ameaça de violência nas escolas.

vídeo – a psicanalista Maria Homem explica por que as escolas são tão importantes na construção da personalidade dos jovens – isso pode ajudar você a entender causas da violência nas escolas.

notícia – e quando um professor considera normal a violência nas escolas? conheça este caso

filme  – assista a “Mass”, de 2021: um filme forte sobre o que pode acontecer com os familiares de quem está envolvido em violência escolar. 

opinião – dizem que a exposição na mídia dos responsáveis por ataques em escola pode incentivar outros ataques; veja aqui o que dizem os psicólogos.

reportagem se você não lembra bem o macabro caso Suzano, refresque sua memória com este artigo.

solução – você precisa conhecer algumas soluções encontradas pelo governo de SP para enfrentar a violência nas escolas – leia e inspire-se para as propostas de intervenção!

reportagem – o Massacre de Realengo ocorreu no Rio de Janeiro, entenda neste artigo todos os detalhes, para um possível repertório.

vídeo – o que será que leva um jovem a ser agressivo na escola? não é só o que você pensa… vale a pena ouvir a opinião do conhecido psicólogo educacional Leo Fraiman!

reportagem – e o que a Justiça pode fazer com quem planeja e executa ataques a escolas? veja aqui.

Se você gosta de livros como repertório, encontramos vários:

Violência escolar: ações de intervenção e prevenção é um e-book gratuito, da USP, que pode ser um ótimo repertório para suas propostas de intervenção.

“O Ateneu”, de Raul Pompéia, no qual aborda a questão de bullying no ambiente escolar, isso já no final do século XIX; Então, aproveite para citar como repertório. 

“Em Casa de Pensão”, de Aluísio Azevedo, você encontrará o mestre Antonio Pires, homem que tratava muito mal os alunos.  


Outro livro gratuito da USP: Violência na escola: um guia para pais e professores,  cheio de repertórios relacionados a tráfico, localização da escola, responsabilidade de órgãos públicos, e sugestões de intervenções passo a passo.

E aqui vão alguns casos reais de alunos e professores que sofreram agressões em ambiente escolar. Que tal usar como exemplos?

Aluno de BH, autista, foi agredido na escola, e o caso foi parar na Justiça.

Aluna de Fortaleza foi parar no hospital depois de ser agredida por colega.

No Paraná, uma professora foi agredida por uma aluna, e teve de chamar a polícia.

Esta aluna do Espírito Santo não quer mais ir à escola depois de ter sido agredida por vários colegas, e o motivo foi… nota de prova!

Uma professora do Rio de Janeiro teria incentivado alunos a agredirem um colega que não respondeu corretamente a uma pergunta.

Depois deste artigo, é impossível você ter um “branco” na hora da prova de redação do Enem se o tema for “A violência nas escolas brasileiras: desafios e soluções”. 

Esperamos receber sua redação o mais rápido possível para ajudarmos você – o tempo está passando!

POSTS RELACIONADOS