Os autores da segunda geração do Modernismo a fim de trazer engajamento social para a literatura brasileira, trouxeram novos personagens e protagonistas como Nordestinos nas obras, evidenciando seu modo de falar e exclusão. Dessa forma, semelhante à década de 30, no Brasil contemporâneo, muitas regiões são vítimas de segregação e preconceito, sobretudo, o linguístico. Assim, pressupõe-se uma análise nas esferas sociais e escolares.
Primeiramente, cabe ressaltar que, historicamente, a população discrimina pessoas que se distanciam da sua realidade. Posto que, muitos não valorizam a diversificação da língua e banalizam a discriminação, uma vez que fazem piadas com falares de pessoas pobres que não tiveram acesso à escola ou pelo sotaque diferente de outras. Ademais, quando Marcos Bagma afirma que que a língua é como um organismo, ratifica a ideia de que ela tende a sofrer adaptações. Consequentemente, muitos têm seu direito de dignidade ferido, causando um sentimento de inferioridade nas vítimas desse mecanismo.
Outrossim, são os institutos educacionais que não atualizaram o modo de ensinar a língua Portuguesa aos alunos. Visto que, uma parte importante dos professores ainda utilizam a distinção do certo e errado nas aulas, sem considerar às variações na fonética e ressaltar a dinamicidade desse instrumento. Além disso, a violência simbólica, conceituada pelo sociólogo Pierre Bourdieu, como a cultura economicamente dominante impõe seus valores sobre os dominados, ilustra como as escolas negligenciam as diferenças. Com isso, muitos alunos sofrem bullying e são alvo de brincadeiras maldosas.
Torna-se evidente, portanto, que é imprescindível a atenuação do preconceito linguístico no país. A fim de amenizar esse cenário preocupante, cabe ao Ministério da Educação realizar uma atualização nos institutos pedagógicos, instruindo os professores de como ensinar gramática, por meio de aulas que visem o contexto usual e as modificações existentes. O Ministério da cultura, por sua vez, deve salientar nas escolas a riqueza cultural brasileira.