O preconceito linguístico no Brasil é um tema relevante para redação, pois aborda uma questão social e cultural que afeta a comunicação e a inclusão de diversas pessoas. Trata-se do julgamento e discriminação de indivíduos com base no modo como falam ou utilizam a língua.
Abordar o tema do preconceito linguístico em uma redação permite discutir questões como diversidade cultural, inclusão social e valorização das diferentes formas de expressão. Além disso, é uma oportunidade para refletir sobre a importância de combater o preconceito e promover uma sociedade mais justa e igualitária, respeitando as diversas maneiras de falar e se comunicar.
Confira abaixo os textos motivadores sobre o tema de preconceito linguístico:
Texto 1 sobre o tema preconceito linguístico:
O preconceito linguístico resulta da comparação indevida entre o modelo idealizado de língua que se apresenta nas gramáticas normativas e nos dicionários e os modos de falar reais das pessoas que vivem na sociedade. Modos de falar estes que são muitos e bem diferentes entre si. Essa língua idealizada se inspira na literatura consagrada, nas opções subjetivas dos próprios gramáticos e dicionaristas, nas regras da gramática latina (que serviu durante séculos como modelo para a produção das gramáticas das línguas modernas) etc. No caso brasileiro, essa língua idealizada tem um componente a mais: o português europeu do século XIX. Tudo isso torna simplesmente impossível que alguém escreva e, principalmente, fale segundo essas regras normativas, porque elas descrevem e, sobretudo, prescrevem uma língua artificial, ultrapassada, que não reflete os usos reais de nenhuma comunidade atual falante de português, nem no Brasil, nem em Portugal, nem em qualquer outro lugar do mundo onde a língua é falada. Mas a principal fonte de preconceito linguístico, no Brasil, está na comparação que as pessoas da classe média urbana das regiões mais desenvolvidas fazem entre seu modo de falar e o modo de falar dos indivíduos de outras classes sociais e das outras regiões. Esse preconceito se vale de dois rótulos: o “errado” e o “feio” que, mesmo sem nenhum fundamento real, já se solidificaram como estereótipos. Quando analisado de perto, o preconceito linguístico deixa claro que o que está em jogo não é a língua, pois o modo de falar é apenas um pretexto para discriminar um indivíduo ou um grupo social por suas características socioculturais e socioeconômicas: gênero, raça, classe social, grau de instrução, nível de renda etc. A instituição escolar tem sido há séculos a principal agência de manutenção e difusão do preconceito linguístico e de outras formas de discriminação. Uma formação docente adequada, com base nos avanços das ciências da linguagem e com vistas à criação de uma sociedade democrática e igualitária, é um passo importante na crítica e na desconstrução desse círculo vicioso.
Fonte desse texto sobre o tema preconceito linguístico: https://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/preconceitolinguistico
Exemplo de redação sobre esse tema
O indivíduo só poderá agir na medida em que conhece o contexto em que está inserido, quais são as suas origens, e as condições de que depende. Tal pensamento do sociólogo francês Émile Durkheim permite pensar sobre o preconceito linguístico em questão no Brasil, impasse relacionado com a variedade linguística existente no país e, consequentemente, com a exclusão social. Sob esse tema, é necessário não só refletir sobre suas causas e consequências, mas também propor uma solução.
Nesse sentido, vale ressaltar que no Brasil existe diferentes formas de falar. Nessa perspectiva, segundo Lamark, o ambiente influencia na mudança do ser. Seguindo essa linha de pensamento, pode-se perceber que existe uma maneira de falar diferente em cada região do país, ou seja, o modo de falar de cada indivíduo é influenciado por vários fatores, como o lugar onde mora, o sotaque e a cultura. Desse modo, torna-se inaceitável que um país oficialmente democrático não busque maneiras de assegurar a diversidade linguística do país.
Além disso, a principal consequência do preconceito linguístico é a exclusão social. Nesse sentido, segundo Albert Einsteim, é mais fácil desintegrar o átomo do que o preconceito. Sob essa ótica, muitas pessoas ao se depararem com um indivíduo com uma diferente forma de falar age de maneira preconceituosa, o que consequentemente causa uma exclusão social, já que muitas vezes uma pessoa não é aceita em um trabalho porque o seu modo de falar é diferente e considerado informal. Dessa forma, torna-se inaceitável que o governo não tome medidas para que a exclusão social seja diminuída no Brasil.
Depreende-se, após análise da situação, que medidas precisam ser tomadas para a resolução do impasse, aprofundando seu conhecimento acerca do estudo da sociedade como afirma o pensamento Durkhemiano. Mediante isso, o Governo em parceria com o Ministério da Educação, deve orientar a população sobre a variedade linguística, por meio de palestras que acontecerão em escolas e universidades, com a presença de pessoas de cada região do país. Espera-se, com isso, que a sociedade entenda que não existe maneira certa de conversar e assim pare de ser preconceituosa com os diferentes modos de falar.
Veja algumas perguntas sobre o tema de preconceito linguístico:
Em uma redação sobre preconceito linguístico, é importante abordar a existência de diferentes variedades linguísticas no Brasil, a discriminação enfrentada por falantes de variedades não padrão, as consequências negativas do preconceito linguístico e a importância da valorização e respeito à diversidade linguística como forma de promover inclusão social e cultural.
O preconceito linguístico é a discriminação baseada na forma como as pessoas falam ou utilizam a língua. É um problema social que gera exclusão e desvalorização de variedades linguísticas diferentes do padrão, afetando a inclusão e os direitos linguísticos das pessoas.
O preconceito linguístico causa exclusão, discriminação e desvalorização das pessoas que não falam a variedade linguística considerada “padrão”. Isso pode resultar em dificuldades de acesso à educação, oportunidades de trabalho limitadas e baixa autoestima. O preconceito linguístico também afeta a diversidade cultural e o respeito à pluralidade linguística, prejudicando a inclusão social e a igualdade de direitos linguísticos.
O preconceito linguístico é a discriminação baseada na forma como as pessoas falam ou utilizam a língua. Podemos combatê-lo por meio da conscientização, da valorização da diversidade linguística, da educação inclusiva e da promoção do respeito e da igualdade de direitos linguísticos.
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