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  3. O preconceito linguístico em questão no Brasil

O preconceito linguístico em questão no Brasil

O preconceito linguístico resulta da comparação indevida entre o modelo idealizado de língua que se apresenta nas gramáticas normativas e nos dicionários e os modos de falar reais das pessoas que vivem na sociedade. Modos de falar estes que são muitos e bem diferentes entre si. Essa língua idealizada se inspira na literatura consagrada, nas opções subjetivas dos próprios gramáticos e dicionaristas, nas regras da gramática latina (que serviu durante séculos como modelo para a produção das gramáticas das línguas modernas) etc. No caso brasileiro, essa língua idealizada tem um componente a mais: o português europeu do século XIX. Tudo isso torna simplesmente impossível que alguém escreva e, principalmente, fale segundo essas regras normativas, porque elas descrevem e, sobretudo, prescrevem uma língua artificial, ultrapassada, que não reflete os usos reais de nenhuma comunidade atual falante de português, nem no Brasil, nem em Portugal, nem em qualquer outro lugar do mundo onde a língua é falada. Mas a principal fonte de preconceito linguístico, no Brasil, está na comparação que as pessoas da classe média urbana das regiões mais desenvolvidas fazem entre seu modo de falar e o modo de falar dos indivíduos de outras classes sociais e das outras regiões. Esse preconceito se vale de dois rótulos: o “errado” e o “feio” que, mesmo sem nenhum fundamento real, já se solidificaram como estereótipos. Quando analisado de perto, o preconceito linguístico deixa claro que o que está em jogo não é a língua, pois o modo de falar é apenas um pretexto para discriminar um indivíduo ou um grupo social por suas características socioculturais e socioeconômicas: gênero, raça, classe social, grau de instrução, nível de renda etc. A instituição escolar tem sido há séculos a principal agência de manutenção e difusão do preconceito linguístico e de outras formas de discriminação. Uma formação docente adequada, com base nos avanços das ciências da linguagem e com vistas à criação de uma sociedade democrática e igualitária, é um passo importante na crítica e na desconstrução desse círculo vicioso.

Fonte: http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/preconceitolinguistico

Redação - 20211022418403

   Na obra "O espírito das Leis", Montesquieu enfatizou que é preciso analisar as relações sociais existentes em um povo para aplicar as diretrizes legais e abonar o progresso coletivo. No entanto, ao observar o preconceito linguístico no Brasil, certifica-se de que a teoria do filósofo diverge da realidade contemporânea, haja vista a persistência de tal preconceito, que é, sobretudo, uma questão elitista. Tal fato impede a ascensão do Estado. Com efeito, é imprescindível enunciar os aspectos socioculturais e a insuficiência legislativa como os pilares fundamentais da chaga.     É importante considerar, antes de tudo, o fator grupal, pois, segundo Jurgen Habermas, a razão comunicativa - ou seja, o diálogo - constitui etapa fundamental do desenvolvimento social. Nesse ínterim, a falta de estímulo ao debate a respeito do tema aqui abordado coíbe o poder transformador da deliberação e, consequentemente, ocasiona uma segregação linguística. Ou seja, o cidadão que apresenta um marcador regional, que difere dos marcadores criados pela elite econômica nacional (residente na região sudeste do Brasil) em sua fala, tende a ser estereotipado pelos demais. Logo, esse preconceito também é socioeconômico, como afirma o linguista Marcos Bagno. Dessarte, discorrer criticamente a problemática é o primeiro passo para a consolidação do progresso sociocultural habermaseano.    Além disso, merece destaque o quesito constitucional. Assim, conforme o filósofo Jean-Jacques Rousseau,  os cidadãos cedem parte da liberdade adquirida na circunstância natural para que o Estado garanta direitos intransigentes. Entretanto, o preconceito linguístico contrasta a concepção do autor na medida em que as leis contra essa discriminação não são aplicadas de forma rigorosa. Isso porque as pessoas que geralmente cometem tal delito, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),  são pessoas socialmente privilegiadas, por isso possuem mais recursos para contornar a situação e sair de forma impune dela. Dessa forma, ações precisam ser executadas pelas autoridades competentes, com o fito de dirimir o revés.     Portanto, entende-se a temática como sendo um obstáculo intrinseco de raízes culturais e legislativas. Por isso, a mídia, em parceria com programas de grande audiência, deve discutir com advogados, cientistas sociais e, principalmente, linguistas, com o objetivo de apresentar uma visão crítica e orientar os espectadores a respeito do impasse. Essa medida ocorrerá por meio da elaboração de um projeto estatal, em parceria com o Ministério das Comunicações. Em adição, o Ministério Público deve reforçar as punições para quem comete o ato preconceituoso em questão, para não propagar a impunidade. Desse modo, a sociedade brasileira terá o progresso social concretizado, como enfatizou Montesquieu. 

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Redação - 20210826576649

Durante o processo de Colonização do Brasil, os europeus buscaram mudar radicalmente características culturais dos povos nativos de diversas formas, como pela catequese e pela escravidão, o que evidencia o etnocentrismo brutal do período. Hodiernamente, a persistência da intolerância para com outras culturas é uma realidade nacional, manifestando-se, dentre outras formas, pelo preconceito linguístico, desencadeado tanto pelos preconceitos internalizados pela população quanto pelo desconhecimento sobre a dinâmica de uma língua.     Inicialmente, é importante destacar que, de acordo com o físico Albert Einstein, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado. Considerando a conjuntura atual da nação, pode-se afirmar que o pensamento do intelectual é extremamente perspicaz, pois grupos que compartilham de ideias opressoras, como a homofobia, a xenofobia e a depreciação por condições socioeconômicas, tendem a tornarem-se cada vez mais radicais, expressando-se através da repressão violenta das particularidades das minorias, como o modo de falar. Nesse contexto de absurdos, pode-se destacar a figura do presidente Jair Bolsonaro que, em 2018, criticou ferozmente a elaboração da prova do ENEM pela abordagem do pajubá, dialeto utilizado por alguns LGBTQIA+, alegando ser algo inapropriado, o que comprova a validade da afirmação de Einstein. Diante disso, observa-se que as ideologias repressoras vigentes no território nacional intensificam a intolerância para com manifestações orais distintas.     Além disso, faz-se relevante salientar que, segundo o geógrafo Milton Santos, as diferenças regionais brasileiras são tamanhas que o Brasil parece ser formado por vários outros "Brasis". Analisando esse cenário de disparidades, é natural que um idioma também sofra modificações com o passar do tempo e com a variação da localidade, sendo essa uma característica que faz do Português uma língua viva. No entanto, a ausência de um conhecimento sobre a tendência de mudanças no código oral por parte dos brasileiros é alarmante, servindo, erroneamente, como justificativa para discriminação e violência. Logo, evidencia-se que a ignorância sobre o processo de variação idiomática potencializa ações discriminatórias por traços de oralidades.     Depreende-se, portanto, que o preconceito linguístico é uma problemática nacional que precisa de elucidação. Em um primeiro momento, é imprescindível que conglomerados midiáticos, em parceria com sociólogos e personalidades de diversas regiões do país, abordem a gravidade da discriminação por conta de característica orais, por meio de vídeos que expliquem como identificar e combater essa atitude, além de mostrar depoimentos de vítimas. Assim, o público saberá como evitar essas ações discriminatórias. Ademais, é necessário que o Ministério da Educação, contando com o auxílio de linguistas e de professores de Português, fomente a valorização da variação linguística observada no Brasil, por intermédio da promoção, em escolas e universidades, de eventos trimestrais que exponham as singularidades da Língua Portuguesa e da distribuição de materiais que discutam a variação no espaço urbano. Dessa forma, os estudantes entenderão a naturalidade e os benefícios da diversidade oral nacional.

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Redação - 20201016449010

 No seriado brasileiro “ Carrossel”, a personagem “Graça” é originária de Recife mas habita na capital paulistana e, por conta de sua origem nordestina, sofre insultos verbais, os quais causaram danos à saúde mental da mesma. Fora da ficção, esta é a realidade de uma grande parcela de indivíduos, no Brasil, que são, preconceituosamente, agredidos por razão de sua língua e dialética. Neste âmbito, a falta de um caráter estabelecido e o alcance das redes sociais para disseminar tal preconceito são os principais motivos para o preconceito linguístico ocorrer no Brasil.  De maneira inicial, é possível verificar que os casos de preconceito linguístico, no país, aumentam, de maneira acentuada, ano após ano. Segundo o noticiário “BBC Portuguese”, o aumento nas ocorrências de tal preconceito, no Brasil, se agravou em 2010 por conta da baixa verba federal conduzida para o quesito familiar, o que comprometeu tal quesito, além do mais, o mesmo noticiário ressalva que um caráter estabilizado é imprescindível para uma relação sociocultural ocorrer. Por isso, a falta de um caráter, devidamente, firmado é um fator que propicia os casos de preconceito linguístico no país.  Em segundo plano, nota-se que a internet, com auxílio das redes sociais, é um meio que possibilita propagar, anonimamente, qualquer tipo de preconceito, inclusive o linguístico. De acordo com o Jornal “OGLOBO”, os ataques cibernéticos com objetivo de agredir, por meio de ações preconceituosas perante a língua, aumentou cerca de 57% desde 2014 com a disseminação intensa das redes sociais no país, ou seja, a internet é “responsável” por grande parte dos casos de preconceito linguístico. Logo, o alcance das redes sociais facilita a ocorrência de tal problema no país.  Diante disso, é necessário combater, urgentemente, os indivíduos que praticam o preconceito linguístico. Portanto, cabe ao Ministério da Justiça e ao Ministério da Cidadania investigar e punir, por artifício de fiscalizadores nacionais e por profissionais do setor demográfico, possíveis cidadãos que praticam, de maneira física ou virtual, o preconceito linguístico, tendo como objetivo encerrar com tal prática no Brasil. Além disso, é necessário conduzir parte da verba federal para a criação de clínicas psicológicas a fim de auxiliar as vítimas deste preconceito. Somente assim, casos como de “Graça” não ocorrerão.

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Redação - 20210112565246

        O poema modernista "Pronominais", de Oswald de Andrade, é um retrato de um grave problema no Brasil: o preconceito linguístico. Ao discutir o contraste entre a fala popular "me dá um cigarro" e a forma gramaticalmente correta "dê-me", o poeta explicita o perigoso potencial de exclusão e dominação que pode ser atribuído à linguagem quando classificada qualitativamente. Esse fato é inconcebível em um país heterogêneo e multicultural como o Brasil, exigindo o debate e a proposição de soluções.        A princípio, é mister ressaltar a variedade de dialetos como algo extremamente positivo e não hierarquizável. Nesse sentido, conforme apontado pelo sociólogo culturalista Fraz Boas, as particularidades de cada cultura são a base para o conhecimento e evolução integral da humanidade. Sob esse viés, qualquer tentativa de diminuição de algum modo de expressão como "errado" ou "aculturado" constitui uma falácia excludente que contribui para a baixa autoestima e sentimento de inferioridade de diversas classes.         Essa falácia, entretanto, transcende o plano da exclusão e do preconceito: ela também estrutura a dominação e a desigualdade. Nesse contexto, destaca-se o conceito de "dominação simbólica", cunhado pelo filósofo Pierre Bordieu, segundo o qual pequenos privilégios - como o acesso à cultura erudita, educação formal e à norma gramatical culta, por exemplo - perpetuam o poder de poucos em detrimento da miséria e alienação de muitos. Esse cenário acentua ainda mais a já colossal lacuna social e econômica existente no mundo hodierno.         Portanto, a aceitação dos vários modos de falar é urgente no Brasil. A fim de se aproximar de tal realidade, é necessária a discussão do tema desde a educação básica, por meio de palestras e pela apresentação de conteúdos inclusivos das mais diversas variedades dialéticas nos materiais didáticos, no intuito de se instruir contra a discriminação linguística. Essa atitude governamental, em parceria com uma atitude positiva da sociedade, tem potencial para concretizar o projeto modernista de democratização da língua.           

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Redação - 20211030445444

   A pandemia da Covid-19, que teve seus primeiros casos registrados no fim de 2019, é causada pelo vírus Sars-CoV-2. Uma das estruturas presentes nos vírus é o chamado capsídeo proteico, cuja função é o reconhecimento celular. Assim, ele é capaz de infectar nossas células. Analogamente, para que um problema seja resolvido, é preciso haver, primeiro, o reconhecimento e posterior adesão aos meios de resolução. Entretanto, no Brasil, observa-se a falta de tal capsídeo proteico no que tange ao preconceito linguístico, na qual a carência de informações e a presença de uma cultura erudita fomentam esse impasse.    A princípio, nota-se o deficit de informações a respeito das variações linguísticas presentes ao longo do território nacional. De acordo com o filósofo brasileiro, Paulo Freire, "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda". Dessa forma, a falta de uma educação que vise o ensinamento, e que trate com naturalidade os mais variados dialetos, acaba por excluir as pessoas que não falam conforme a norma culta da língua portuguesa. Por o Brasil ser tão extenso e possuir uma grande diversidade cultural, é super comum que haja variações e gírias específicas de cada região. Logo, apenas a educação é capaz de integrar tal conhecimento para a sociedade.    Em seguida, verifica-se um processo histórico de exaltação da cultura erudita. Desde a chegada dos portugueses ao Brasil, no período colonial, foi imposta sua cultura e sua língua aos habitantes que aqui viviam, em que se considerava as línguas nativas desses povos como sendo irrelevantes e erradas. Nesse viés, as classes mais abastadas, por terem acesso a uma educação privilegiada em relação às demais, possuem uma maior porcentagem de pessoas que falam português formal, o que gera, muita das vezes, uma visão distorcida sobre os outros dialetos, visto que os indivíduos são tratados como "sem educação".    Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para que ocorra o devido respeito aos mais variados dialetos presentes no Brasil, urge que o Ministério da Educação (MEC) crie, por meio da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), uma disciplina voltada ao ensinamento da importância sobre as variações linguísticas no país, o que garante a grande diversidade cultural. Por conseguinte, tal medida reduzirá o preconceito linguístico e mostrará o valor não só da cultura erudita, mas também de todo tipo de cultura que, cada uma com suas particularidades, possuem uma enorme relevância para a formação identitária nacional. Somente assim, ocorrerá a formação do capsídeo proteico e o posterior reconhecimento e resolução de tal problemática.

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Redação - 20211030632595

 Durante a Terceira Fase do Modernismo brasileiro, o escritor Guimarães de Rosa retrata a vida e a fala do povo do sertão. Entretanto, longe da ficção, percebe-se um preconceito enraizado na sociedade brasileira na questão linguística, visto que a não utilização da norma padrão por determinado grupo da sociedade é tido como inferior. Nesse sentido, o sentimento de superioridade  e a diversidade são os principais motivadores do quadro.   Nessa perspectiva, acerca da lógica referente ao preconceito relacionado a fala é válido ressaltar a ineficácia do governo. No período da Segunda Guerra Mundial, na Alemanha, a crença da existência de uma raça superior, fez com que inúmeras etnias fossem exterminadas da sociedade, como judeus, homossexuais, ciganos e outros. Analogamente, nota-se nos dias atuais uma supervalorização profissional dos indivíduos com alta capacidade de oratória segundo a gramática, esse reconhecimento vem acompanhado de uma marginalização das pessoas que possuem dialetos e formas de falar diferentes do formal. Logo, faz-se necessária medidas que visem atenuar tais discrepâncias sociais, não só através do ensinamento da população, como também na erradicação do preconceito.      Outrossim, vale ressaltar a diversidade linguística presente no território brasileiro. Segundo o gramático Evanildo Bechara, "um falante deve ser poliglota em sua própria língua", ou seja não é necessário desvalorizar a norma padrão, mas sim aceitar todas as variações características da linguagem. Nessa perspectiva, a fala dos indivíduos com menor poder aquisitivo, que não possuem um nível de escolarização adequado são reprimidos na sociedade devido o seu modo de expressão não estar de acordo com a regra gramatical, sendo excluídos do tecido social. Portanto, é inaceitável que uma pessoa seja discriminada pelo seu modo de falar.    Destarte, o governo federal, através do Ministério da Educação, deve elaborar políticas públicas de apoio e conscientização sobre o preconceito linguístico,  por meio do ensinamento da variação linguística e o reconhecimento das diferentes formas de expressão, com propagandas educativas, e aulas específicas sobre o assunto. Para que, assim, a discriminação seja erradicada da população e os indivíduos tenham o conhecimento das diferenças e se tornem poliglotas em seu país.

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Redação - 20211029505374

Sabe-se que, criada em 1988, a Constituição Federal tem como objetivo promover a igualdade e o bem estar entre os cidadãos. Contudo, ferindo esta norma, a lingua portuguesa promove diversas exclusões e discriminações. Assim, as variantes linguísticas sofrem preconceito devido a falta de diversidade linguística nas escolas e a marginalização dos que não se encontram no padrão, segregando-os. Logo, fica evidente que o preconceito linguístico no Brasil é uma problemática que precisa ser melhor analisada. Em primeira Análise, é importante pontuar que, segundo Paulo Freire, a função principal da educação é conscientizar o aluno sobre uma realidade. Paralelamente a esse conceito, a falta de ensinamentos nas escolas sobre a diversidade brasileira no modo de falar e a existência de diversas variantes da língua , gera a noção de que a gramática normativa, ensinada no âmbito escolar, é a maneira correta de se comunicar. Assim, esse cenário promove uma visão errônea que as variantes linguísticas são consideradas erradas, proporcionando assim, comportamentos intolerantes, o que infelizmente faz com que camadas da população se encontrem desfavorecidas e não se sintam pertencidas ao meio em que estão inseridas devido à sua maneira de se expressar. Em segunda análise, é válido ressaltar que, o linguista Marcos Bagno critica a teoria de que a língua portuguesa é uma unidade no país, e defende que há uma diversidade do português falado. Entretanto, a socieda cria uma forma de padrão para a língua portuguesa, marginalizando os que não se encaixam, assim, a língua também pode ser utilizada como mecanismo de segregação socioeconômica. Dessa forma, esses indivíduos tendem a permanecer à margem da sociedade, muitas vezes excluídos do âmbito econômico, por não serem aceitos em cargos qualificados, e do âmbito social, por não atenderem a expectativa do senso comum. Portanto, percebe-se que, o preconceito linguístico em questão no Brasil é uma problemática que exclui e segrega indivíduos. Assim, para que seja melhorado é necessário que a escola, como formadora de opinião, desenvolva em sua grade escolar um horário semanal ensinando a todos os seus alunos a diversidade linguística e as diversas variantes que ocorrem em todo o país, com o intuito de formar um indivíduo tolerante e que respeite todas as formas de fala para que assim não aja exclusão linguística no Brasil. Somente assim, o país terá uma popução menos preconceituosa e mais respeitadora das diversidades.

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Redação - 20211109577310

Seja por uma letra dita mais forte ou uma palavra falada erroneamente, existem muitos julgamentos preconceituosos. Diante desse contexto, observa-se as várias discursões acerca do preconceito linguístico vigente no Brasil, tanto nas mídias sociais quanto em âmbitos escolares e de trabalho. Dessa forma, há a necessidade de compreender a contribuição das redes sociais e a interpretação da sociedade para o preconcwito linguístico. Antes de mais nada, é comum, no Brasil, pessoas viralizarem na internete pela disseminação de algum vídeo em que ela está falando alguma palavra errada. Diante disso, vê-se que nas redes sociais, esses indivíduos são motivos de piadas e "bullyng", pensando nisso, reflete-se que provavelmente eles possuem sotaques diferentes ou até não obtiveram uma educação escolar de qualidade. Sob esse aspecto, pode-se mencionar a personagem Bozena, uma empregada domestica de origem interiorana do país, da série "toma lá da cá", e quando ela fala alguma coisa relacionada a sua cidade é completamente repreendida por seus chefes, os quais pronunciam piadas e ofensas. Com isso, observa-se que o preconceito linguístico está instaurado na sociedade brasileira, a qual carece uma solução. Outrossim, é indiscutível que a sociedade, ao ignorar a importância da variação linguística brasileira, corrobore com essa situação. Visto que, a maneira como as pessoas lidam com isso influencia nas relações em ambiente de trabalho, estudantil ou em qualuqe outro lugar, uma vez que o diferente pode ser de difícil aceitação, seja por um sotaque diferente, problemas ou alfabetização. Conforme o que foi dito, na ficção de uma história em quadrinhos " A turma da Mônica", um personagem, cebolinha, troca o "R" pelo "L" nas palavras , deixando, por muitas vezes, suas falas engraçadas. De maneira análoga à realidade, não é diferente, pois as pessoas que possuem alguma dificuldade na oratória são tratadas com indiferença. É necessário, portanto, medidas exequíveis a fim de solucionar essa problemática. Desse modo, o Estado deve criar leis, bem com a sociedade deve praticar mais alteridade com seus iguais por meio de políticas públicas que busquem o bem-estar da sociedade. Isso deve ocorrer para amenizar os casos de preconceito linguístico no Brasil. Assim, é possível construir uma sociedade mais justa e tolerante.

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Redação - 20211111596011

Salvador Dalí, pintor surrealista, na obra “Metamorfose de Narciso”, retratou o mito de Narciso, indivíduo que detém um amor exacerbado por si próprio e, sobretudo, por sua imagem. Para além da tela, essa vaidade descontrolada se torna potencialmente danosa no convívio social. Seguindo essa ideia, na Terra dos Papagaios, esse narcisismo excessivo contribui para a consolidação do preconceito linguístico. Nesse ínterim, esse estorvo está atrelado à espetacularização do regime constitucional e à ausência de alteridade do corpo civil. Dessarte, com o escopo de dissuadir a chaga social ilustrada pelo pintor, é impreterível alcançar medidas para combater esse cenário vexatório. É elucidativo postular, primordialmente, que o instrumento de diretrizes regulamentadoras é banalizado, no que concerne ao ordenamento de políticas à reprovação em relação às variantes linguísticas. Em unissonância ao filósofo Montesquieu, o encadeamento jurídico brasileiro é fragmentado em poderes — Legislativo, Executivo e Judiciário —, tendo em vista que o sistema forense detém a incumbência de deliberar ordens, através das legislações vigentes. Entrementes, no que se refere ao juízo de valor negativo às variantes linguísticas de menor prestígio social, apesar da existência de aparatos jurídicos-constitucionais que orientam as ações estatais, por vezes, são ilusões integradas à realidade. Em vista disso, a Lei suprema de organização do Estado se torna um “espetáculo”, mais preocupado com a imagem do regime legal, do que com a consolidação de suas ações. Prova dessa espetacularização é a ausência de iniciativas governamentais solidificas acerca da discriminação entre falantes de um mesmo idioma. Para atenuar esse quadro, faz-se basilar a retificação do caráter constitucional “espetaculizado”. Outrossim, é honorável focalizar, em segunda esfera, equitativamente, na ausência de alteridade gerada pela estrutura narcisista nos paradigmas comportamentais dos cidadãos, como diligência de substancial impacto no preconceito linguístico na Terra de Vera Cruz. Consoante o psicanalista Sigmund Freud, na obra, “Os chistes e sua relação com o inconsciente”, o fenômeno empático está inerente ao mecanismo de identificação, precipuamente, a dor e ao processo traumático de outrem. De modo antagônico, esse princípio não é inteiramente materializado no país, visto que a ausência de ressonância afetiva gera privações de recursos essenciais à promoção da cidadania. Esse cenário, no Brasil atual, contradiz à capacidade de deliberar desordens sobre as relações pessoais, considerando a conjuntura lastimável de preconceito linguístico. Ao abrigo disso, menciona-se que o narcisismo da adjacência coletiva pode apresentar uma ameaça em potencial à formação de empatia dos indivíduos, apontando o papel controverso da coletividade social, podendo produzir danos psicossociais, muitas vezes irreversíveis. Defronte a essa interpelação, constata-se que a ausência de alteridade propiciada pela estrutura narcisista está, concomitantemente, atrelada à mesquinharia do tecido social. À frente das referências utilizadas, é ponderada, a imprescindibilidade de reformular o panorama. Torna-se indiscutível, portanto, que o preconceito linguístico, ocorre, devido à espetacularização do regime constitucional e à ausência de alteridade da nação verde e amarela. Destarte, compete aos estados, com o Ministério da Justiça — órgão responsável pela garantia dos direitos constitucionais e pela imparcialidade da jurisdição —, elaborarem diretrizes, que promovam reduzir o drama brutal, por meio da consolidação de diligências de ordem jurídica, com o objetivo de um sistema forense fortalecido, e, em harmonia a Sartre, o inferno deixe de ser o outro. Ademais, o Ministério da Educação deve focar na politização do tecido social, singularmente, a respeito de projetos pedagógicos (com atividades lúdicas), como ressalta Thomas Jefferson, que a adjacência coletiva seja educacionalmente instruída. Isso posto, quando essas propostas foram efetivas, que a democratização dos princípios básicos se transforme no símbolo identitário brasileiro.

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Redação - 20201102507950

      O linguista Marcos Bagno, em sua obra " Preconceito linguístico: o que é, como se faz ", descreve essa modalidade discriminatória como rejeição às variedades linguísticas de menor prestígio. Tal conceito associa-se à existência de apenas uma maneira correta de falar, vilipendiando a pluralidade cultural, o que caracteriza uma afronta à dignidade humana. Nesse cenário, é imprescindível analisar a atuação preconceituosa do corpo cívico e a negligência das autoridades para que o imbróglio seja sanado.          Convém ressaltar, a princípio, que a sociedade privilegia a gramática e os aspectos diastráticos no que tange ao modo correto de expressão linguística, uma vez que discrimina as outras variantes da língua. De acordo com a " Teoria do Habitus", esboçada pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, a sociedade possui padrões que são impostos, naturalizados e , posteriormente, reproduzidos pelos próprios indivíduos. A partir dessa ótica, as pessoas tornam-se reprodutoras de paradigmas sociais preconceituosos e etnocêntricos, o que limita sua capacidade de entender o diferente como algo natural.       Em segundo plano, é importante salientar o descaso das autoridades brasileiras, que não dispensam  a atenção necessária requerida pela problemática. Sob esse viés, tal situação corrobora o termo " banalidade do mal", defendido pela filósofa política Hannah Arendt, posto que o preconceito linguístico traduz formas de violência que passam despercebidas no antro social. Outrossim, o país possui extensa dimensão territorial com grande diversidade cultural, o que acentua o entrave. Sendo assim, deve-se criar políticas governamentais, objetivando a integração cultural e o respeito mútuo.          Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para erradicar o preconceito linguístico no Brasil. Para isso, cabe às instituições de ensino, entidades responsáveis pela formação educacional do cidadão, criar oportunidades de reflexão - como feiras, simpósios e palestras -, as quais contribuam com a efetiva discussão no tocante à importância da pluralidade linguística, a fim de que as diferentes formas de expressão da língua portuguesa  coexistam em igualdade e dignidade. Ademais, cabe ao Governo Federal, na figura do Ministério da Justiça, criminalizar práticas discriminatórias ligadas à expressão linguística, com o intuito de inibir tais manifestações inconstitucionais. Por meio dessas medidas, debelaremos esse preconceito, pois assim disse Voltaire: " Preconceito é opinião sem conhecimento".                      

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Redação - 20210728608575

No reality show ''Big Brother Brasil'', em sua edição de 2021, produzido e exibido pela Rede Globo, a participante Karol Conká, em diversos momentos, debochou da forma de falar da ganhadora do programa televisivo, Juliette Freire, pelo fato da protagonista ser da região nordeste. Fora das telas, brasileiros enfrentam uma problemática que assola o Brasil desde os tempos coloniais: o  preconceito linguístico; causado não só pelo descaso com que o problema é tratado pela sociedade, mas também pela inação das esferas governamentais. Diante dessa perspectiva, cabe discutirmos os fatores que reverberam esse caso. Nesse sentido, é fulcral pontuar que a intolerância pelos diferentes modos de fala do português acontece, principalmente, por ser desconsiderada por grande parte da população. A ''Atitude Blasé'' - termo proposto pelo sociólogo alemão Georg Simmel em seu livro ''The Metropolis Mental Life'' - acontece quando os indivíduos passam a agir com indiferença em meio às situações que deveriam receber atenção. Nesse âmbito, não há dúvidas de que tal ação da sociedade é maléfica ao meio social, visto que essa cruel atitude prejudica a parcela das pessoas que é discriminada pela sua forma de falar.  Outrossim, é fundamental apontar a negligência do Estado como impulsionadora de tamanha intransigência. Zigmunt Bauman, sociólogo polonês, disserta em sua obra ''Globalização e as Consequências Humanas'' que a sociedade caminha para uma desordem mundial, causada, sobretudo, pela falta de ação estatal. Analogamente, essa entropia global se aproximará se o Governo não fizer sua parte e continuar contribuindo para o agravamento de tais preconceitos. Logo, faz-se urgente a dissolução desse cenário. Em face do exposto, medidas exequíveis são necessárias para conter o impasse. Portanto, cabe ao Estado e à Secretaria de Cultura promover campanhas midiáticas e publicitárias, por meio de propagandas que mostrem as variações da língua portuguesa e diversidade cultural presentes em nosso país. Com o intuito de conscientizar a população e de popularizar a concepção de aversão línguistica, além de problematizar as consequências de tal discriminação. Só assim, espera-se desenvolver uma sociedade com mais tolerância e empatia ao próximo, para que o preconceito linguístico deixe de exitir no Brasil e para que casos como o de Juliette e de outros brasileiros não se repitam em nosso corpo social.  

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Redação - 20210406580687

     "Se uma pessoa fala memo ou mesmo, partindo do ponto que a intenção é você entender, se você entendeu a missão foi cumprida, mas se você pontua aquilo pra marcar que aquela pessoa não obedece a norma culta da maneira tradicional, talvez tenha um problema em você e não em quem está falando". Nesse viés, o trecho aludido é do vídeo "Preconceito linguístico no dia a dia", do cantor Emicida, o qual o músico torna evidente que a função principal da linguagem é a transmissão de uma mensagem, independente da forma como ela é pronunciada. Desse modo, alheio ao âmbito virtual, os estereótipos de fala colaboram para uma cruel manutenção do preconceito linguístico e a discriminação relativa aos diferentes tipos de falares acontece há séculos no Brasil.      Mormente, determinados tipos de linguagem recebem uma chancela como se fossem as únicas formas corretas de comunicar-se. Nesse sentido, no livro "Preconceito linguístico: o que é e como se faz", do professor Marcos Bagno, o autor rompe com os mitos que permeiam a variabilidade linguística, pois ele mostra que não existe jeito certo ou errado de falar, mas sim formas adequadas ou inadequadas que dependem do contexto. Contudo, visando romper com os padrões preconceituosos de fala, o Modernismo Brasileiro, tinha como um dos seus objetivo valorizar os falares regionais e tradicionais do Brasil. Logo, diante do livro e da corrente literária supracitada, nota-se que existe uma movimentação exorbitante para que o preconceito linguístico perpetue-se na sociedade brasileira hodierna, porquanto o elitismo idiomático favorece aqueles que objetivam oprimir outros falantes por sua fala atípica em relação ao que é trivial cotidianamente, como foi demonstrado na fala de Emicida.      Ademais, pessoas que demonstram uma linguagem incomum em relação ao que é visto diariamente sofrem repressão há muito tempo. Sob tal ótica, durante o período de Colonização, aconteceu uma forte opressão do falar português em relação aos falares africanos e indígenas, com o escopo de existir somente um idioma e ratificar a hegemonia dos lusitanos. Além disso, em "Microfísica do poder", de Michel Foucault, o filósofo diz que o idioma é uma forma de poder, pois ao humilhar um falante por sua fala, não humilha-se somente um indivíduo, mas sim todo um grupo social. Com isso, frente ao fato histórico e ao livro supramencionado, transparece que o preconceito linguístico é historial e está enraizado na mentalidade do povo brasileiro, por razão de que é cultuado constantemente a existência de somente uma forma correta de falar, condição que é falaciosa e errônea, como foi dito em "Preconceito linguístico: o que é e como se faz".      Portanto, ações fazem-se necessárias para mitigar o preconceito linguístico na sociedade brasileira contemporânea. Para que a população tenha consciência da problemática, urge que o Ministério da Cidadania, por meio de verbas governamentais, distribua apostilas em escolas públicas e particulares, o conteúdo abordado nos livros didáticos deve transmitir informações corretas e não discriminativas sobre a variedade do idioma, informando que não existe somente um tipo de fala certa, mas sim algumas que dependem da ocasião e do contexto. Dessa forma, a sociedade terá conhecimento sobre a temática e a discriminação com falares incomuns irá diminuir exponencialmente. Somente assim, o quadro atual será sanado, evitando que uma situação semelhante a que é retratada em "Preconceito linguístico no dia a dia" aconteça. 

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Redação - 20210826595538

No livro "O triste fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto, o protagonista Policarpo desejava que o tupi-guarani se tornasse a língua oficial do Brasil, idéia que foi rejeitada pela população por se tratar de uma língua indígena. Nesse sentido, para além da ficção, o preconceito linguístico é um problema presente na sociedade brasileira. Assim sendo, o desconhecimento da variedade linguística do país e a aceitação de uma única forma de falar como correta contribuem para o aumento dessa problemática. Em primeira análise, é válido ressaltar que a falta de conhecimento em relação à variedade linguística brasileira fomenta o preconceito. O processo de colonização do Brasil foi marcado pela miscigenação, fator que influenciou na construção do idioma do país. Nessa lógica, as diferenças no modo de falar se estabeleceram significamente entre as regiões do país e, muitas vezes, elas fazem com que a população de determinada região adote um sentimento etnocêntrico em relação aos demais dialetos. Logo, a tendência à só considerar os interesses particulares do local de origem favorece a discriminação. Ademais, a maneira como a língua é ensinada nas escolas, institucionaliza a forma culta como sendo a única correta. Segundo o educador e filósofo Paulo Freire, os indivíduos devem ser formados na cultura da paz, incentivando a tolerância com o diferente. Entretanto, isso não é efetivado, visto que, na sala de aula, é ensinado que a linguagem culta é a única forma correta de fala e escrita e, consequentemente, isso corrobora com a discriminação das demais formas de comunicação. Logo, a didática de ensino tem grande influência em relação à intolerância linguística. Portanto, fica evidente que o preconceito linguístico tem raízes fundamentadas no desconhecimento para com as diferentes realidades. Ao Ministério da Educação - órgão responsável pelo sistema educacional brasileiro - cabe implementar nas escolas o ensino sobre as variedades linguísticas do Brasil, por meio de aulas e atividades dinâmicas, a fim de ensinar aos alunos as características dos regionalismos brasileiros. Ao Ministério da Cultura, com as mídias digitais, cabe a criação de campanhas educativas sobre os dialetos, por meio de postagens e propagandas, especialmente nas redes sociais, com o intuito de estimular o respeito ao diferente. Só assim, será possível atenuar o preconceito linguístico no país.

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Redação - 20211027585042

    Nas histórias em quadrinhos da “Turma da Mônica” - criadas por Maurício de Souza - existe um personagem chamado Chico Bento, habitante do interior de uma cidade, que possui uma linguagem caipira e, por isso, muitas vezes, acaba sendo vítima de preconceito. Não diferente da ficção, no Brasil hodierno, ainda persiste a intolerância das diferenças linguísticas, visto que há um juízo de valor e estereótipos pejorativos para com os cidadãos que não se comunicam de acordo com a norma gramatical. Assim, faz-se necessário debater acerca da causa e consequências para amenização do preconceito linguístico no Brasil.     Nesse viés, sabe-se que a norma padrão é a linguagem utilizada nos ensinos fundamentais e no superior, no entanto, algumas pessoas acabam utilizando o conhecimento da gramática normativa como instrumento de dominação e opressão. Consoante ao pensamento do linguista Marcos Bagno, não existe forma correta ou errada de falar, ou seja, a variante padrão é apenas uma das variantes linguísticas, não podendo ser atribuído juízo de valor superior perante as outras variantes. Ainda assim, há uma exclusão e marginalização dos cidadãos que não se comunicam de acordo com norma padrão, evidenciando a ignorância e o desvalorização das variedades linguísticas.     Além disso, vale ressaltar que o Brasil é um país que possui várias regiões e, consequentemente, há uma diversidade cultural, sendo a variedade de sotaques a prova dessa diversidade. Entretanto, em algumas escolas, quando percebesse que determinado estudante pertence a uma região diferente da qual se encontra ou não segue a regra da gramática prescrita – considerada “correta” -, esse aluno sofre discriminação, sendo vítima da violência simbólica, conceito elaborado por Pierre Bourdieu. Dessa forma, a escola torna-se um lugar desagradável e violento para os estudantes, podendo, inclusive, ocasionar a evasão escolar.     Dessarte, infere-se portanto, à luz das ideais tecidas, que se faz necessário medidas para mitigar as causas do preconceito linguístico no Brasil. Para tanto, é fundamental o papel dos professores na desconstrução da superioridade de algumas variantes linguísticas, sendo necessário a realização, em todas as escolas do país, uma semana de valorização e reconhecimento das diversas variantes linguísticas. Tal projeto será ministrado por meio de professores da área gramatical, a fim cultivar nos alunos a valorização das várias formas de falar e minimizar casos como o do Chico Bento.  

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Redação - 20210709577368

    Um dos principais personagens das histórias em quadrinhos escritas pelo autor brasileiro Maurício de Souza, Cebolinha comete equívocos de pronúncia devido a troca das letras “R” e “L”, por isso as palavras que possuem esses erros sempre são destacadas em negrito. Similarmente aos desvios gramaticais cometidos pelo protagonista, as expressões propagadas incorretamente são julgadas negativamente graças ao preconceito linguístico que previamente define o nível intelectual do emissor. Diante desse cenário, faz-se necessário analisar impressões de um baixo nível intelectual causadas pelo uso de regionalismos, ademais é fulcral ressaltar a importância do uso social da língua em variados contextos e suas especificidades.       Primordialmente, é importante mencionar o preconceito linguístico capaz de rebaixar o nível escolar e cognitivo. O escritor brasileiro João Guimarães Rosa utilizou o neologismo como um dos recursos capazes de integrar os coloquialismos ao cenário literário, essa característica pode ser apreciada em seu principal livro “Grande Sertão: Veredas”. Perante a essa singularidade, é possível perceber a complexidade dos termos incluídos pelo autor modernista apesar da legítima intenção de integrar a heterogeneidade do patrimônio cultural imaterial. Analogamente  à dificuldade compreensiva resultante dos termos utilizados na obra, a ausência da assimilação flexível demonstra antecipadamente uma deficiência em dominar o vocabulário por parte das pessoas que utilizam expressões incomuns no cenário nacional e, dessa maneira, surge um preconceito que se intensifica exponencialmente, pois a linguagem é uma das bases da inteligência para compreender os códigos existentes no mundo real.     Posteriormente, vale salientar a necessidade da formalidade em situações que desfavorecem a permissão dos coloquialismos, mas caso eles sejam utilizados ocorre a diminuição da credibilidade do assunto contido na mensagem. Nesse sentido, a linguagem objetiva universaliza o entendimento do conteúdo expresso, pois as diversas regiões possuem exclusividades como as gírias e os sotaques, ou seja, são singularidades que possivelmente não seriam decifrados com facilidade por moradores de outros locais. Tal premissa pode ser exemplificada em uma das obras do escritor brasileiro Lima Barreto, na qual o major Policarpo Quaresma elabora um documento a fim de defender a língua tupi como o idioma oficial, porém, apesar da proposta nacionalista, ele recorre ao rigor formal para a apresentação. Essa passagem exposta no contexto literário é uma circunstância fundamental capaz de evidenciar a importância do uso social da língua, o qual é um aliado benéfico à possibilidade de alcançar o êxito nos objetivos e aumentar a quantidade de oportunidades.      Portanto, providências são necessárias para modificar o cenário atual. A fim de aprimorar o vocabulário da população brasileira e fortalecer o senso de orientação no tempo e no espaço sem minimizar as exclusividades linguísticas regionais, o governo federal, por meio de verbas orçamentárias destinadas ao MEC, deve incentivar um projeto interdisciplinar que incluirá professores de filosofia, história, literatura e oratória. Esses profissionais conduzirão minicursos para promover uma dinâmica que direciona os participantes rumo a uma postura ativa capaz de valorizar a língua materna por integrar as diferentes formas de expressão e, simultaneamente, dominar os recursos formais ao alcançar coerência lógica nos discursos similarmente ao protagonista do livro “O triste fim de Policarpo Quaresma”.

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Redação - 20200910402544

No filme Escritores da liberdade, uma professora que começa a trabalhar em uma escola periférica, onde o corpo docente havia rotulado os alunos como problemáticos, percebe em sala de aula que a compreensão e adaptação à linguagem utilizada por eles estabelece um caminho de diálogo para resolver ocasionais conflitos. Fora da ficção, o Brasil, que apesar de utilizar uma língua materna comum a todos, possui variações linguísticas em determinados grupos, e esses, com recorrência, são alvos de discriminação.  Em primeiro lugar, nota-se que, o idioma em uma nação que compartilha a mesma cultura é, extretamente, necessário para que haja troca de informação entre os indivíduos. Contudo, no período Medieval, dentro dos feudos era perceptível a diferença no modo de falar entre pessoas de diferentes classes, as cantigas compostas pela plebe evidenciavam a simplicidade em relação àquelas escritas pela nobreza. Nessa perspectiva, as sociedades mantiveram as particularidades linguísticas até o presente, e em razão da segregação social, a linguagem culta passou a ser considerada a unica correta por ser mais usada pela população de classes mais altas.  Por conseguinte, ao selecionar quais variáveis da língua portuguesa são apropriadas apenas analisando o poder aquisitivo de quem as atribuiu, os cidadãos mais pobres acabam ridicularizados. Para a filósofa Rosa Luxemburgo, o mundo deve, além de oferecer equidade, prover a liberdade e o direito de ser diferente, isto é, além de usufruir do fato de ser livre, o humano não deve ser privado da sua individualidade. Assim, o preconceito linguístico, motivado pela exclusão entre classes, ocasiona na violação de direitos básicos que interferem no convívio social. Por isso, é imprescindível que o Estado tome providências para amenizar esse cenário. Diante disso, cabe ao ministério da cidadania, por meio de verbas públicas, a criação de campanhas em favor da tolerância e combate a discriminação linguística, deverão ser distribuídas cartilhas em escolas e veículadas campanhas nos canais abertos da televisão visando conscientizar o público para que o país possa viver de forma pacífica e respeitar toda diferença em questão.   

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