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Tema: Maternidade: escolha ou obrigação?

Com base nos textos motivadores abaixo, produza uma redação dissertativo-argumentativa sobre o
Tema: Maternidade: escolha ou obrigação?

Texto 1

“Você vai acabar mudando de ideia” e “vai se arrepender quando estiver mais velha” são exemplos de frases que as mulheres que escolheram não ter filhos escutam com frequência.

Apesar de a maioria das pessoas que não tem filhos no Brasil ser de homens (33,4%), e não mulheres (21%), os julgamentos prevalecem sobre elas. A ideia de que toda mulher nasceu para ser mãe, a chamada maternidade compulsória, ainda permeia na cabeça de muitas pessoas.

Segundo a projeção de população do IBGE, divulgada em 2013, a taxa de fecundidade no Brasil caiu de 2,39 filhos por mulher em 2000 para 1,77 em 2013, o que representa uma queda de 26%. Ainda de acordo com a projeção, o aumento da escolaridade da mulher é um dos principais fatores para essa diminuição.

Para a psicóloga Cláudia Mara Wysocki, que trabalha com terapia familiar, “as mulheres têm buscado se qualificar cada vez mais. Isso também está associado a ter uma formação pessoal melhor, não só com o trabalho, tem a ver com a ideia de progredir”.

Maria Elisa Pacheco de Carvalho, 53, também escolheu esse estilo de vida e não se arrepende: “se eu tivesse tido filhos, não iria viajar como eu viajei, não teria liberdade de sair, dormir até a hora que eu quiser, ler um livro a hora que eu quiser”.

Mesmo com o crescimento de mulheres que optaram por esse estilo de vida, ainda existem muitos empecilhos para quem não deseja ter filhos. A laqueadura, cirurgia de esterilização definitiva da mulher — que a impede de engravidar novamente — é regulamentada no Brasil pela Lei do Planejamento Familiar (9.263/96). Nessa lei, consta que podem realizar a laqueadura mulheres com pelo menos 25 anos ou com 18 anos e dois filhos, seja no Sistema Único de Saúde (SUS) ou em hospitais particulares. Muitos médicos se recusam a realizar essa cirurgia por julgarem que as mulheres nessa idade ainda são muito jovens.

Para Giulia Tadini, integrante do Coletivo Feminista Juntas!, o Estado deveria assegurar os direitos das mulheres que não querem ter filhos. “Um ditado feminista diz que defendemos a educação sexual para prevenir, contraceptivo para não engravidar e aborto legal e seguro, garantido pelo SUS, para evitar a morte de mulheres em decorrência de abortos clandestinos. Acho que isso sintetiza bem o que deveria ser a política pública em relação ao tema”, afirma ela.

A pressão social

A decisão sobre se tornar ou não mãe está rodeada por uma série de outras escolhas, repletas de julgamentos da sociedade. Segundo Giulia, o assunto ainda é um tabu “por conta da nossa cultura machista. Um exemplo claro é a diferença entre o período da licença maternidade e da paternidade”.

Muitas mulheres preferem não passar pelas privações e problemas que acompanham uma gravidez, como o aumento dos hormônios, dores nas costas, enjoos e restrições à prática de atividades físicas.

Outra preocupação das mulheres é a violência obstétrica. Existem casos em que a gestante sofre humilhações e negligências no atendimento, desde o pré-natal até o pós-parto. Maria Elisa aceitou suas preferências desde o início, mas para as pessoas com quem convive não é tão fácil assim. “As pessoas te cobram muito. Até hoje sou cobrada, tem assédio moral no local em que trabalho”, afirma.

Fonte: https://medium.com/jornal-comunica%C3%A7%C3%A3o/maternidade-escolha-ou-obriga%C3%A7%C3%A3o-f3891fd3776a#.9czvcqdpz

Texto 2

A gente nasce, cresce, reproduz-se e morre, ensinam os livros de ciências.  Esse é o ciclo da vida para aqueles que, diferentemente dos seres humanos, são dotados de uma habilidade que outros animais não têm: a de planejar.

Podemos fazer escolhas profissionais, amorosas e tantas outras. É por meio da nossa capacidade de planejar e escolher que conseguimos organizar a vida, estabelecer metas e objetivos e traçar caminhos para alcançá-los.

Os homens utilizam essa habilidade humana há séculos, mas às mulheres, apenas recentemente foi dado o privilégio de planejar e fazer escolhas de acordo com sua vontade.

Até bem pouco tempo atrás, a mulher quase sempre tinha apenas um caminho a seguir, traçado antes mesmo de ela nascer: casar-se, ter filhos e cuidar da família. Poucas fugiam desse destino.

Será que todas as mulheres sempre quiseram mesmo ser mãe? O instinto materno é de fato algo intrínseco a nós a ponto de não podermos abrir mão dos filhos?

O tempo passou, a sociedade mudou e a mulher hoje pode, em princípio, comandar a própria vida. Mesmo que ainda sejam poucas as que assumem o papel ativo diante da vida e bancam suas escolhas, não há mais um único caminho destinado à mulher.

A maternidade, como bem sabe toda mãe, apesar de compensadora não é fácil. Exige, entre muitas outras coisas, dedicação e abdicação da própria independência, e nem toda mulher está preparada ou deseja encarar a tarefa.

Além disso, o mundo moderno oferece tantas oportunidades além da maternidade, que a vontade de ter filhos pode ser postergada ou mesmo abandonada. Criar um filho é dispendioso; nas culturas latinas, o homem não costuma ajudar muito na tarefa, o que acaba sobrecarregando a mulher. Portanto, não é difícil supor que muitas mulheres possam simplesmente não desejar ser mãe.

Porque filho pode ser maravilhoso, mas verdade seja dita, quem os tem nunca mais será completamente livre. E abrir mão da independência deve ser uma escolha, não uma imposição.

Há mulheres que se realizam sendo mães, outras encaram a maternidade como parte da vida, uma de suas facetas. E há, ainda, um terceiro grupo que simplesmente não deseja viver a maternidade.

E não há nenhum problema nisso, desde que a mulher se sinta bem com sua escolha. A vida pode ser muito boa sem a presença de fraldas, mamadeiras e mordedores. Basta abrir-se para essa possibilidade.

Encarar que você não terá filhos pode ser bem difícil. A cobrança é grande, e não serão poucos os que a olharão com piedade, quase como se você padecesse de uma doença grave e incurável.

Muitos a considerarão egoísta, pois é difícil aceitar que a mulher possa não pretender dedicar-se incondicionalmente a outra pessoa e optar pela independência.

Não é verdade que a mulher só encontrará a felicidade e a plenitude na maternidade, essa premissa só serve para gerar culpa nas mulheres que não se sentem assim ao se tornarem mães. A felicidade não está nos outros, sejam eles filhos ou parceiros amorosos.

O mais importante é que a mulher tenha condições de escolher quando e se quer filhos. E ela só poderá fazer essa opção se pensar em si, na vida que deseja levar. Portanto, é preciso acabar com a ideia de que a mulher é apenas um veículo que serve para trazer vida ao planeta e cuidar dos outros de modo incondicional.

Caso contrário, o resultado será frustração. Porque ter ou não ter filhos traz consequências boas e difíceis, e é a mulher que terá de encará-las. Portanto, essa decisão só cabe a ela.

Fonte: https://drauziovarella.com.br/para-as-mulheres/a-maternidade-nao-e-obrigacao/

Texto 3

Folha – O subtítulo do seu novo livro é “Como viver a maternidade sem culpa e sem o mito da perfeição”. Isso é possível em uma sociedade que cobra da mulher dedicação total aos filhos sem prejuízo a outros aspectos da vida?

Marcia Neder – É possível, mas é um processo pessoal e doloroso. Meu filho tem 28 anos e desde pequeno eu cobrei dele que lavasse a louça, colocasse a mesa, tivesse responsabilidades próprias. O homem tem que receber a formação para que se sinta incluído nos cuidados com os filhos. A geração que tem 30 anos hoje já tem noção de que o homem vai ter que assumir sua parcela, o que leva muitos a não quererem ser pais. E é importante permitir que se fale sobre o tédio e a dor que pertencem à maternidade.

O movimento feminista defende há décadas o direito da mulher sobre seu corpo e suas escolhas, inclusive a de não amamentar. Há um retrocesso com as pressões e obrigações que recaem sobre as mães?

A militância deslumbrada que quer que o bebê fique colado no corpo da mãe e durma na cama dos pais é a mesma da Liga da Amamentação, que começou no pós-guerra com mulheres que se reuniam em Chicago para se ajudar com a amamentação e que se transformou em doutrinação. Não pode colocar o filho na creche porque é uma violência, a mãe é obrigada a amamentar por anos… Os preceitos da Liga se ampliaram para esse tipo de exigência, e a adesão foi tão grande que pegou até na França, onde o feminismo é muito vivo.

A “infantolatria” não é um fenômeno brasileiro?

Não, ela é comum no Ocidente. Cito o filme “As Pontes de Madison” e séries americanas que mostram o filho no centro da vida familiar. Mas essa modinha de parto sem anestesia, de deixar a vida de lado para cuidar da criança são coisas muito brasileiras. O que eu escuto de criticas às mães que “largam” o filho na creche para ir à praia… As mulheres dizem: “Para que ela teve filho?” A continuação desse pensamento é: “se não foi para olhar para o filho 24 horas por dia”.

A posição central dos filhos na vida familiar afeta seus membros de forma diferente. Quem é o mais prejudicado?

Todos. O pai é o que menos percebe, mas perde o vínculo afetivo, é reduzido à função de provedor. A mãe desaparece como mulher e como pessoa, e o crescimento do filho é doloroso para ela porque implica em separação. A cada desejo de independência, sente uma culpa e recua na autonomia psíquica.

E o casal, que lugar resta para ele nessa configuração?

Nenhum, daí o alto índice de separações. O marido perde o lugar. Surge o ciúme por estar fora do casal formado por mãe e filho e a inveja de não ter esse vínculo que é promovido pela cultura.

Recentemente, uma mulher escreveu em uma rede social que detestava o papel de mãe e teve o perfil bloqueado. Por que é difícil ouvir essa queixa?

Idealizamos a maternidade a tal ponto que não se pode dizer que ela é sufocante, que tem horas que enche. Para todo mundo ela tem momentos insuportáveis, mas somos proibidos de falar sobre isso.

Você diz que especialistas contribuem para a idealização do vínculo da criança com a mãe. De que forma?

Fico enlouquecida quando leio gente dizendo que é preciso se agachar para falar com o filho ou que é proibido gritar. É gente que vive em outro planeta ou que não é mãe. Na década de 1950, os homens voltaram da guerra e precisavam dos empregos que as mulheres haviam ocupado, então arrumaram para elas a função de responsável pela criança. Esse discurso teve apoio de médicos e psicanalistas. Eles diziam que não havia nada mais importante para a criança do que a mãe.

Existe diferença entre as funções materna e paterna?

Não. O que há é uma diferença entre ser adulto e criança. O bebê precisa de um adulto, não de um pai e uma mãe.

Ser mãe é mais fácil ou mais difícil hoje do que há 30 anos?

É mais difícil se olharmos as exigências, mas você pode não se deixar dominar por elas. Você não é uma criminosa nem será excomungada se quiser ficar de perna para o ar. E é mais fácil porque há possibilidade de escrever que a mãe não precisa ser perfeita porque a perfeição não existe e esse é um ideal massacrante

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/05/1767129-tirar-filho-do-pedestal-pode-aliviar-culpa-da-maternidade.shtml

Texto 4

redação Maternidade escolha ou obrigação

Fonte: Uol

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