Você voltou a ter contatos sociais depois da pandemia? Isso não está sendo fácil para muita gente, por isso queremos conversar sobre a importância do estímulo à socialização entre jovens!
Aliás, esse é o tema de redação desta semana. Então, escreva uma dissertação argumentativa sobre “A importância do estímulo à socialização entre jovens”. Além disso, estamos deixando abaixo textos muito interessantes para ajudá-lo. Alguns vão deixar você perplexo…
TEXTO 1
Jovens adultos mais atingidos pela solidão durante a pandemia
Nos resultados recentemente divulgados de um estudo realizado em outubro passado por pesquisadores do Making Caring Common, (…) 61% das pessoas de 18 a 25 anos relataram níveis elevados de solidão.
“Fiquei surpreso com o grau de solidão entre os jovens”*, disse Richard Weissbourd, psicólogo e professor sênior da Harvard Graduate School of Education (HGSE), que ajudou a liderar a pesquisa. “Se você olhar para outros estudos sobre idosos, suas taxas de solidão são altas, mas não parecem ser tão altas quanto para os jovens.”
Além disso, a estatística inquietante é ainda mais preocupante quando combinada com os dados de junho dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, mostrando que 63% dos jovens relataram sintomas substanciais de ansiedade e depressão. “É um grupo com o qual estamos realmente preocupados”, disse Weissbourd, que suspeita que vários fatores estejam em ação.
Traduzido livremente de https://news.harvard.edu/gazette/story/2021/02/young-adults-teens-loneliness-mental-health-coronavirus-covid-pandemic/
TEXTO 2
“Preso” em casa: o hikikomori é um transtorno marcado por isolamento grave
Hikikomori é um transtorno mental marcado por isolamento social grave, físico e interpessoal, que dura ao menos seis meses. Em 1998, o psicólogo Tamaki Saito comparou o comportamento ao de uma “adolescência prolongada” e cunhou o termo hikikomori no livro Isolamento social: uma adolescência sem fim.
(…)
Para quem convive com o problema, o quarto vira o próprio mundo. Evidências preliminares mostram alguns padrões associados — ainda não se pode falar de uma causa exata. Destaque para o gaming e tempo de internet excessivo, vício em pornografia (na tentativa de suprir a ausência de conexões reais), amizades e laços sociais quase exclusivamente virtuais, procrastinação e falta de ocupação, seja trabalho, seja estudo. A solidão é uma das queixas mais comuns entre os pacientes.
Ademais, segundo o psiquiatra Thiago Henrique Roza, estudioso da área, nas formas mais severas, a pessoa é sedentária a ponto de não sair nem para ir à cozinha de casa. Não faz atividades básicas do lar. Não sabe lavar a louça, não consegue ir ao mercado sozinho. Além disso, o especialista explica que o ambiente familiar é uma das maiores vulnerabilidades. “As famílias se acomodam com a situação do ‘menino de 40 anos’ que mora no quarto”, diz.
TEXTO 3
Por que a geração Z está namorando menos?
(…)
Segundo as recentes pesquisas geracionais, o contato com o smartphone é o principal fator motivador do fenômeno. O excessivo acesso às redes sociais on-line deflagrou um analfabetismo emocional, sem precedentes, entre os mais jovens, que não sabem estabelecer relações concretas presenciais. Isso pode ser exemplificado pela prática virtual tão comum do “ghostin” (quando um cônjuge virtual desaparece do nada como um fantasma, sem deixar nenhuma informação ou explicação ao seu parceiro).
Além disso, para bem ou para mal, a queda do namoro tem repercutido na formação da nova geração de jovens. Conceitos tradicionais como noivado, casamento, família tradicional e criação de filhos, serão profundamente alterados – se não extinguidos – nos próximos anos. O namoro que surgiu como uma expressão cultural moderna já está com os dias contados….
TEXTO 4
Atrofia social desencadeia sofrimento em adolescentes
Quando um adolescente é privado, por alguma razão, do ciclo de amigos e da ampliação de suas relações, ele sofre. Sofre de solidão, sofre por não se ver como parte de um grupo social que extrapola as paredes de casa. Também sofre porque não tem ninguém para dividir suas angústias e o diálogo interminável consigo mesmo começa a corroer. Sofre porque ele passa a se questionar em excesso e não tem quem dê aquele chacoalhão de “ouh, se liga! Não tem nada disso”.
Além disso, amizades e a ampliação social das relações são fundamentais para que o adolescente enfrente o período de desenvolvimento psico-emocional com boa saúde. Além disso, adolescentes precisam de ambientes saudáveis, assim como as crianças. Mas, o estudo realizado pela Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), em parceria com Ministério da Saúde e o apoio do Ministério da Educação e divulgado pelo IBGE, revela números preocupantes.
Ademais, segundo pesquisa recente divulgada pelo IBGE, a maioria das pessoas que acessam a internet têm entre 20 e 24 anos e utilizam da ferramenta para enviar mensagens e usar redes sociais.
Fonte: https://emais.estadao.com.br/blogs/kids/atrofia-social-desencadeia-sofrimento-em-adolescentes/ (Adaptado)
Repertórios socioculturais relacionados ao tema “A importância do estímulo à socialização entre jovens”
vídeo – será que o jovem que não se socializa é mais inteligente? ou é mais chato? o professor Pondé responde.
fatos científicos – uma médica conta neste artigo o que acontece com o corpo do jovem que evita se socializar.
reportagem – veja os tristes relatos de jovens que estão com dificuldade de se socializar.
livro – Hikikomori – A Vida Enclausurada Nas Redes Sociais foi escrito por Cecilia Saito et alii, e conta sobre a triste vida de jovens sem socialização, fenômeno que infelizmente está se espalhando pelo mundo.
opinião – no site do Dr. Drauzio Varella encontramos este artigo sobre o que pode acontecer com os jovens que não se socializam.
vídeo – entenda o que os psiquiatras chamam de “síndrome da gaiola”, ocorrida depois da pandemia da covid-19.
Que tema perturbador esse da importância do estímulo à socialização entre jovens, não é? Então, capriche na argumentação e envie sua redação para nossos corretores – vale a pena!