A objetificação dos corpos negros | Repertórios para o tema

Quer saber mais sobre “A objetificação dos corpos negros”? Confira alguns repertórios que listamos para o tema!

 

A objetificação dos corpos negros é um dos reflexos do racismo estrutural, que está presente no imaginário social desde o período escravocrata. Essa objetificação está ligada a estereótipos racistas que hipersexualizam as pessoas negras e as colocam em lugares de subalternidade.

São práticas que comumente se manifestam em comentários acerca dos corpos negros e na representação dessas pessoas na mídia, por exemplo. Ou seja, trata-se de racismo velado que violenta o povo negro até os dias de hoje.

Neste post, listamos alguns repertórios socioculturais para você saber mais sobre o assunto e fundamentar a sua redação sobre o tema “A objetificação dos corpos negros”. Siga a leitura!

 

Vídeo | Hipersexualização e objetificação: como estereótipos racistas impactam pessoas negras

 

Neste vídeo, do canal GNT, Luana Génot e Thalita Carauta discutem sobre a hipersexualização e a objetificação dos corpos negros e como os estereótipos racistas impactam a vida das pessoas negras.

Além disso, Thula Pires explica a definição da palavra “mulata”, termo racista que deriva da palavra espanhola “mula” e é usada para se referir às mulheres negras de pele clara. Segundo Thula, o termo reforça a ideia de que as mulheres negras estão a serviço do homem branco. Confira:

 

 

Livro | Quem tem medo do feminismo negro?, de Djamila Ribeiro

 

O livro “Quem tem medo do feminismo negro” (2018) reúne artigos sobre raça e feminismo escritos pela filósofa Djamila Ribeiro. Em seus textos, ela aborda a objetificação e hipersexualização das mulheres negras, o termo “mulata” e a sua relação com o período escravocrata e como a mídia reforça estereótipos racistas.

No artigo “A mulata Globeleza: um manifesto”, Djamila analisa como a figura representada pela Globeleza objetifica as mulheres negras e fala sobre a importância da representatividade dessas mulheres em outros lugares que não sejam no entretenimento ligado à exploração do corpo. Em suas palavras:

“É necessário entender o porquê de se criticar lugares como o da Globeleza. Não é pela nudez em si, tampouco por quem desempenha esse papel. É por conta do confinamento das mulheres negras a lugares específicos. Não temos problema algum com a sensualidade, o problema é somente nos confinar a esse lugar, negando nossa humanidade, multiplicidade e complexidade. Quando reduzimos seres humanos a determinados papéis, retiramos sua humanidade e os transformamos em objetos.”

Você pode acessar o livro completo neste link. Sugerimos também a leitura dos artigos: “Mulher negra não é fantasia de Carnaval” e “O que a miscigenação tem a ver com a cultura do estupro?”.

 

Filme | Corra! (2017)

 

“Corra!” (Get out, 2017) é um filme estadunidense de terror psicológico produzido por Jordan Peele, cujo protagonista Chris é um jovem negro que se relaciona com uma mulher branca. Em um fim de semana, Chis viaja para conhecer a família da namorada e descobre que eles possuem um plano cruel.

Chis é a todo momento objetificado pelas pessoas brancas, que fetichizam a sua força corporal e negam a sua intelectualidade. Assim como outros personagens do filme – todos empregados da família –, ele tem o seu corpo visto como um bem a serviço das pessoas brancas.

Assista ao trailer a seguir:

 

 

Artigo | O negro, o drama e as tramas da masculinidade no Brasil, por Deivison Faustino

 

Este artigo, publicado na revista Cult, Deivison Faustino escreve sobre raça e masculinidades. Com base no pensamento do escritor, psiquiatra e ativista Frantz Fanon, o autor aponta a objetificação vivida pelos homens negros. 

Ele aponta que de acordo com Fanon, o homem negro não é visto como um homem na sociedade, uma vez que a noção de humanidade foi estabelecida na Europa colonialista. Ou seja, ao homem negro somente o papel de “objeto” de trabalho. Conforme Faustino:

“O racismo, representa, assim, antes de qualquer coisa, a negação substancial – e não apenas linguística – da humanidade das pessoas negras; por isso, ‘o negro, não é um homem’.”

Leia o artigo completo aqui.

 

Documentário | A Negação do Brasil (1996)

 

A objetificação dos corpos negros está muito presente nos personagens das novelas, filmes e literatura. No documentário “A negação do Brasil” (1996), o diretor e pesquisador Joel Zito Araújo analisa o retrato das pessoas negras nas novelas da TV brasileira entre as décadas de 1960 e 1990. 

O documentário mostra os preconceitos, os estereótipos reforçados pela TV e a luta dos atores negros pelo reconhecimento de sua importância na telenovela. Disponível no Youtube:

 

 

História | Sarah Berteman

 

A história de Sarah Berteman é um ótimo exemplo de como os corpos das pessoas negras historicamente são objetificados e explorados – até mesmo após a morte.

Sarah Berteman foi uma mulher africana, do povo Khoisan, que foi levada para a Europa no século XIX para ser exibida como “aberração” em circos de Londres e Paris, onde as pessoas observavam suas nádegas. Ela recebeu o nome de “A Vênus Hotentote” e também foi vítima de racismo científico.

Após a sua morte, seu cérebro, esqueleto e órgão sexual continuaram sendo exibidos no Museu do Homem em Paris até 1974. Foi somente em 2002 que seus restos mortais retornaram à África a pedido de Nelson Mandela e foram enterrados.

A história de Sarah Berteman hoje simboliza as atrocidades e a desumanização que os povos sul-africanos sofreram.

Para saber mais sobre a sua história, leia esta matéria ou assista o filme “Vênus negra” (2010). O trailer você confere a seguir:

 

 

Música | “Ain’t I a Woman?”, Luedji Luna

 

A objetificação dos corpos negros afeta diretamente nas suas relações afetivas. Na música Ain’t I a Woman?, a cantora baiana Luedji Luna denuncia a objetificação de um corpo que é tratado apenas para prazer.

Nos últimos versos, ela canta: “Eu sou a preta que tu come e não assume” e a seguir faz referência a uma famosa frase da teórica feminista bell hooks “e eu não sou uma mulher”? Aperta o play!

 

 

E aí, o que você achou das nossas indicações? Você lembrou de outro repertório? Queremos saber! Escreva a sua redação sobre o tema A objetificação dos corpos negros e envie em nossa plataforma que a corrigimos em até 3 dias úteis!

 

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As políticas públicas e o combate à obesidade infantil em comunidades carentes | Tema de redação

A obesidade infantil é um problema crescente e alarmante, especialmente em comunidades carentes. No dia 3 de junho, celebramos o Dia da Conscientização contra a Obesidade Mórbida Infantil, uma data crucial para chamar a atenção e conscientizar a população sobre a importância dos cuidados preventivos e do combate a essa grave questão de saúde pública. Pesquisas do Ministério da Saúde indicam que 12,9% das crianças brasileiras de 5 a 9 anos são obesas, enquanto 18,9% dos adultos estão acima do peso. Esses números mostram a urgência de abordarmos o problema com seriedade e ação efetiva. Neste post, vamos explorar como as políticas públicas podem ajudar a combater a obesidade infantil em comunidades carentes. Discutiremos as causas, consequências, e soluções possíveis, bem como apresentaremos repertórios valiosos para entender melhor esse desafio. Que tal praticar e refletir sobre como podemos contribuir para um futuro mais saudável para nossas crianças? Vamos lá! Proposta de redação sobre obesidade infantil A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “As políticas públicas e o combate à obesidade infantil em comunidades carentes” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.  Desse modo, selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista. Instruções para redação sobre obesidade infantil Textos motivadores sobre obesidade infantil Texto I A obesidade em crianças e adolescentes é multifatorial. Condições genéticas, individuais, comportamentais e ambientais podem influenciar no estado nutricional. O relatório público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, com dados de pessoas acompanhadas na Atenção Primária à Saúde, aponta que, até meados de setembro de 2022, mais de 340 mil crianças de 5 a 10 anos de idade foram diagnosticadas com obesidade. Em 2021, a APS diagnosticou obesidade em 356 mil crianças dessa mesma idade. Atualmente, a região Sul possui 11,52% de crianças obesas nessa faixa etária, maior índice do País. Em seguida aparecem as regiões Sudeste, com 10,41%; Nordeste, com 9,67%; Centro-Oeste, com 9,43%; e Norte, com 6,93% das crianças acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na região. Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/setembro/acompanhadas-pelo-sus-mais-de-340-mil-criancas-brasileiras-entre-5-e-10-anos-possuem-obesidade Texto II A necessidade de isolamento social instituída pela pandemia e a mudança de rotina que ela acarretou, em especial a diminuição de exercícios físicos, refletiu no aumento de peso em crianças e jovens. Segundo o boletim do Observa Infância, o período de 2019 a 2021 chama a atenção para um crescimento de 6,08% de crianças até 5 anos com sobrepeso ou obesas. Entre os adolescentes brasileiros houve um aumento de 17,2% no número de jovens.   “A obesidade infantil e de adolescentes no Brasil ainda é uma grande preocupação de saúde pública. Apesar de observarmos uma queda nos últimos anos, o Brasil ainda possui números acima da média global e da América Latina. Nos anos de pandemia, observamos um aumento nos índices de obesidade infantil possivelmente consequência do aumento no consumo de ultraprocessados durante o período de isolamento”, alerta Cristiano Boccolini, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e coordenador do Observa Infância. Fonte: https://portal.fiocruz.br/noticia/obesidade-em-criancas-e-jovens-cresce-no-brasil-na-pandemia Texto III Por que a obesidade continua a crescer? De antemão, o maior desafio da obesidade é o fato de essa ser uma doença multifatorial. Por esse motivo, trata-se de uma condição complexa, pois exige ações em diversos setores, não só da saúde. Isso significa dizer que a oferta de alimentos, assim como a sua qualidade, influencia no surgimento da doença. Os ambientes e locais que as pessoas frequentam podem favorecer ou não a obesidade, o que é chamado de ambientes obesogênicos, e estimular a alimentação inadequada, o comportamento sedentário e a inatividade física. Os hábitos também impactam nas escolhas alimentares, assim como as questões econômicas. Até mesmo a infraestrutura de uma cidade é considerada um fator para o surgimento e crescimento da doença. E já que a obesidade é um desafio global para a saúde e para a sociedade, é necessário adotar estratégias efetivas em todo o mundo para prevenir e deter o avanço do problema. Mas a transformação também pode e deve acontecer localmente. A execução de estratégias em nível municipal é possível e necessária para reverter o cenário e prevenir os danos: – Investimento na Atenção Primária à Saúde (APS) para o monitoramento da situação alimentar e nutricional e para a promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar adequada e saudável em crianças menores de 2 anos; – Tornar as cidades favoráveis ao acesso a uma alimentação saudável e à prática de atividade física com estruturas adequadas e segurança; – Veiculação de campanhas efetivas de comunicação em saúde; – Valorização da escola como um ambiente aliado a esta causa, inclusive para a prática da atividade física e para a restrição da oferta de alimentos não saudáveis; – Implementação de políticas fiscais e medidas regulatórias para facilitar o acesso aos alimentos saudáveis e reduzir o acesso e a exposição aos alimentos não saudáveis. Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-ter-peso-saudavel/noticias/2022/como-seu-municipio-pode-avancar-na-prevencao-da-obesidade-infantil Texto IV Fonte: https://www.crefsp.gov.br/comunicacao/noticias/3-de-junho-dia-da-conscientizacao-contra-a-obesidade-morbida-infantil Repertórios para o tema de redação sobre obesidade infantil 1. Filmes: • “Super Size Me” (2004): Um documentário que explora os impactos da alimentação de fast food na saúde. Ele destaca a importância de políticas públicas na promoção de dietas saudáveis e na regulação da indústria alimentícia. • “Wall-E” (2008): Embora seja uma animação, o filme apresenta uma sociedade futurista onde a obesidade é comum devido à vida sedentária e à dependência de alimentos processados, sublinhando a necessidade de intervenções políticas para promover estilos de vida saudáveis. 2. Séries: • “Jamie Oliver’s Food Revolution” (2010): Esta série documenta os esforços do chef Jamie Oliver para melhorar a alimentação nas escolas americanas, ressaltando a importância de políticas públicas na educação nutricional. • “The Magic School Bus” (Episódio: “Ready, Set, Dough”): Este episódio aborda a importância da nutrição, mostrando como a educação e a informação podem influenciar hábitos alimentares saudáveis desde a infância. 3. Legislações: • Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA):