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5 livros nacionais que podem enriquecer suas redações – Parte II

Quando falamos de algo que amamos profundamente, queremos fazer a parte II, III, IV, V… E claro que não perderíamos a oportunidade de indicar mais livros nacionais maravilhosos para utilizar em suas redações.

Dos clássicos aos mais modernos, a literatura brasileira está repleta de opções para absolutamente todos os gostos. Fizemos questão de selecionar sugestões que sejam interessantes para a leitura, mas que também possam te ajudar em suas redações, funcionando como exemplificação, citação etc.

Todas as indicações de livros nacionais aqui fazem uma análise crítica de uma parcela da sociedade num contexto e numa época específicos. Sendo assim, a vinculação com temas de redação diversos é bastante significativa.

Pronto (a) para ver o que separamos com todo o cuidado para esta parte II?

CONFIRA A PARTE I CLICANDO AQUI!

Mais 5 livros nacionais para suas redações

1- Quarto de despejo, de Carolina de Jesus.

Ano de publicação: 1960.

A história é narrada pela própria autora, que assume as vezes de narradora autobiográfica, mas seu olhar não está centrado exatamente só na vida dela.

Carolina, catadora de papel e lixo em São Paulo, conta, utilizando uma linguagem bastante simples e acessível, mas que impressiona pela veracidade e realismo das palavras escolhidas e frases criadas, a sua realidade e a realidade de quem sobrevive na comunidade do Canindé.

Usamos sobreviver de propósito mesmo, pois a narradora é pontual em contar episódios de fome, dor, desamparo, descaso social, violência, enfim, cenas de sofrimento de alguém que sofre e vê os outros sofrerem.

O livro, na verdade, é a reunião de 20 diários escritos por Carolina ao longo de aproximadamente cinco anos. Há, inclusive, falhas na sequência das datas do diário e o motivo não poderia ser pior: durante o período em que escrevia os diários, Carolina adoeceu e se sentia tão fraca que não conseguia nem mesmo escrever.

2- Capitães da Areia, de Jorge Amado.

jorge amado capitães da areia

Ano de publicação: 1937.

Um dos livros nacionais mais clássicos da nossa literatura, Capitães da Areia merece sua leitura não só por ser clássico, mas por ter muito conteúdo.

O enredo da obra se passa em Salvador, local em que vive um grupo de meninos de rua (a quem o título faz referência). Por estarem abandonados na rua, os meninos conseguem sobreviver (novamente, uso proposital) praticando pequenos furtos, que é o que garante o mínimo no dia a dia do grupo.

Ao contrário do que se pode imaginar, Capitães da Areia não quer “apenas” retratar essa difícil condição social, num clamor por mudanças, mas também deseja mostrar que a marginalidade dos garotos (marginalidade no sentido de estar à parte, à margem da sociedade) não os impede de sonhar com o dia de amanhã, afinal, eles também têm o direito de sonhar, como qualquer outra criança.

3- Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna.

Ano de publicação: 1955.

Vai dizer que você nunca ouviu a frase “Não sei, só sei que foi assim” por aí? Pois é, ela foi retirada de um dos personagens centrais de Auto da Compadecida: Chicó, amigo de João Grilo, o outro protagonista.

Auto da Compadecida surgiu primeiramente enquanto peça teatral e posteriormente houve o registro em livro, mantendo-se as características do gênero dramático na redação da obra.

Na realidade, Auto da Compadecida trata da difícil e sofrida vida de um pequeno grupo no Nordeste Brasileiro, espaço retratado na obra com elementos como a fome, a sede e a miséria.

Por outro lado, o enredo está repleto de religiosidade, em uma alusão clara aos extremismos do Barroco brasileiro, mas uma religiosidade um tanto quanto pagã, como você poderá perceber em sua leitura.

Recheado de símbolos nordestinos, Auto da Compadecida, mesmo sendo uma produção que revela o sofrimento e desamparo de um povo, tem personagens tão maravilhosamente cativantes que te fazem esquecer de toda a miséria em que eles estão inseridos.

4- Efetivo Variável, de Jessé Andarilho.

Ano de publicação: 2017.

Como nem só de livros nacionais clássicos vive nossa literatura, resolvemos indicar Efetivo Variável, um dos “recém-chegados” ao rico rol de produções escritas em Língua Portuguesa.

Em Efetivo Variável vamos conhecer a história de Vinícius, um jovem de 19 anos, negro e morador da comunidade de Antares, no Rio de Janeiro (local onde o próprio escritor também vive).

Pela descrição do protagonista, é de se prever que a narrativa trará elementos relacionados ao racismo, preconceito social, à desigualdade e marginalidade, e, sim, o livro tem tudo isso, mas tem muito mais.

A idade de Vinícius não é um mero detalhe na narrativa: o protagonista está na fase de alistamento no Exército Brasileiro, e, ao contrário do que ele esperava, é admitido como mais um recruta.

Apesar de sua personalidade extrovertida, que faz com que Vinícius ganhe muitos amigos, a cor de sua pele e seu local de origem falam mais alto para o Sargento Vieira, que fará de tudo para humilhar o protagonista e transformar sua vida num inferno na terra.

Com um realismo cru, misturando passagens bastante engraçadas com um retrato social intenso, Efetivo Variável precisa integrar sua lista de leitura mais cedo ou mais tarde.

5- O Bem-Amado, de Dias Gomes.

Ano de publicação: 1962.

Mais um livro que foi escrito para ser encenado, O Bem-Amado ganhou os palcos do teatro pela primeira vez em 1970. O sucesso foi tanto que o enredo de O Bem-Amado ganhou a honra de ser a primeira novela produzida em cores na televisão brasileira, em 1973.

Para completar, a Revista Veja incluiu O Bem-Amado na lista das cinco melhores novelas de todos os tempos. Vai vendo se isso é para qualquer um…

Mas o que faria a narrativa de O Bem-Amado ser um sucesso tão grande? Vamos ver se você concorda com as razões dos especialistas.

O protagonista é o político Odorico Paraguaçu, que foi eleito prefeito da cidade de Sucupira, no litoral baiano, com a promessa única de fazer um cemitério para a cidade, já que Sucupira não tinha um.

Odorico Paraguaçu é um daqueles políticos “bem pouco comuns nos nossos dias” que não mede esforços para conseguir o que quer, tanto que, para a inauguração de seu cemitério recém-construído, uma vez que as pessoas não estavam morrendo, ele manda matar alguém à força, mas suas tentativas dão sempre errado.

Usando passagens hilárias, O Bem-Amado consegue fazer uma crítica à situação política do país, que, na década de 60 já era uma preocupação acentuada. Ainda bem que O Bem-Amado não se passa nos dias de hoje, não é mesmo?

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