Texto 1:
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou, durante evento na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (10/09), sobre a necessidade de qualificar o atendimento às pessoas com transtornos de saúde mental. Durante o Simpósio Nacional de Prevenção do Suicídio e Automutilação, promovido pela Frente Parlamentar de Prevenção do Suicídio e Automutilação e pela Comissão de Seguridade Social e Família, Mandetta explicou que está sendo discutindo um espaço de saúde mental especializado para o público adolescente.
“A infância e a adolescência passou por um impacto que foi o surgimento da internet. Há um mundo virtual e um real. Hoje estamos lindando com um bullying global e isso gera uma pressão no nosso jovem brasileiro’”, citou o ministro da Saúde. “A criança brasileira é uma das que mais passa tempo em frente às telas e isso é fator de estresse mental”, completou. Neste sentido, o Ministério está debatendo a criação de Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) com foco no adolescente, que promoverá inclusive a busca ativa dos jovens nas escolas e nas comunidades, como forma de acolhimento deste público.
“Os transtornos de saúde mental serão o principal agravo que levarão as pessoas às unidades de saúde durante todo o século 21 no mundo”, lembrou o ministro durante o evento em alusão ao Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10/09). A assistência às pessoas com transtornos mentais acontece de forma integral e gratuita em diversas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil, conforme a necessidade de cada caso.
Para este mês, o Ministério da Saúde prepara uma campanha para valorização da vida e chamar a atenção para a depressão. O Ministério da Saúde estima, com base na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, que 14,1 milhões de brasileiros apresentem diagnóstico de transtornos ou sofrimentos mentais. Ainda segundo a PNS, foi estimado que 7,6% das pessoas de 18 anos ou mais de idade receberam diagnóstico de depressão por profissional de saúde mental.
Texto 2:
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde é conceituada como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de uma doença ou enfermidade”. É notório que no mundo contemporâneo temos nos preocupado mais com a nossa saúde física do que com a nossa saúde mental. Exercitamos os músculos peitorais, hipertrofiamos nossos bíceps nas academias, desenvolvemos nossa capacidade cardio-respiratória nas atividades aeróbicas, porém temos nos esquecido de amadurecer nossa capacidade de gerir as nossas próprias emoções. Queremos ser saudáveis no corpo, mas nos esquecemos de cuidar da nossa mente. Somos incapazes de administrar emoções, sejam elas boas ou más. Não fomos treinados para isso.
É bem verdade que somos bombardeados pela mídia de massa quase que diariamente a sermos bem sucedidos em tudo na vida. Bem sucedidos no trabalho, na família, na vida social, no casamento, enfim, em tudo! Ou quase tudo. Entretanto, essa “pressão” de ser o notável bem sucedido em todas as áreas da vida não corresponde com a realidade. Essa é a questão que deveria ser reverberada. Não podemos negar que a vida como ela é não é feita só de vitórias. Ah, se fosse assim! Seria bem mais fácil, não é? Mas não. A realidade é outra. Sabemos disso. No contraponto desse mercado do “sucesso” que faz sucesso e que rende bilhões de dólares para alguns poucos afortunados, somos desafiados a gerenciar nossas emoções ao longo da vida nos inúmeros momentos de frustrações, derrotas, tristezas, lutos, desemprego, traições, dívidas e tantas outras condições que nos provam enquanto ser humano. Não somos máquina! Somos gente. Temos que cuidar do nosso corpo (gr.soma) com hábitos saudáveis, atividade física regular e uma alimentação balanceada. Mas tão importante quanto cuidarmos da nossa saúde física nesse mundo altamente competitivo, hedonista e individualista é aprendermos também a cuidar da nossa mente (gr. psique). Esse é o foco. O cidadão global do século XXI carece de enxergar esse conceito de saúde integral. Corpo e mente são indissociáveis. Pense nisso.
Percebe-se que parte expressiva da humanidade nesse mundo chamado pós-moderno caminha velozmente para um adoecimento mental coletivo. Em que pese a evolução da tecnologia, as conquistas científicas das últimas décadas e a multiplicação exponencial do conhecimento humano em diversas áreas temáticas, nota-se que o cidadão global vem adoecendo, sobretudo no campo das suas emoções. Esse fenômeno de adoecimento mental global tem sido largamente estudado nesses últimos anos, pois tal realidade traz sérias preocupações para as autoridades e gestores no tocante a saúde pública, visto que as doenças mentais são sabidamente incapacitantes, trazendo inevitáveis consequências físicas, econômicas e sociais, tanto no indivíduo adoecido como também para toda a sociedade.
Talvez, uma das grandes “tsunamis” desse fenômeno de adoecimento global tem sido a depressão, doença que mais contribui para a incapacidade, provocando prejuízos econômicos no mundo de cerca de US$ 1 trilhão, sendo ainda a principal causa de mortes por suicídio, com 800 mil casos por ano. Em relatório da OMS, divulgado em fevereiro de 2017, estima-se que existam cerca de 322 milhões de pessoas, ou 4,4% da população global, sofrendo de depressão, uma alta de 18,4% entre 2005 e 2015. No Brasil, essa prevalência atinge 5,8%, acima da média mundial, sendo o país mais acometido pela depressão na América Latina. São 11.548.577 brasileiros que sofrem de depressão. Um problema de saúde pública.
Outra “tsunami” devastadora da saúde mental global na atualidade é o transtorno da ansiedade. O mesmo relatório da OMS também revela que a ansiedade afeta 264 milhões de pessoas no mundo, alta de 14,9% entre 2005 e 2015, sobretudo em virtude do envelhecimento da população mundial.Já no Brasil, que lidera a lista de prevalência da doença, com taxa de 9,3%, muito acima da média mundial, de 3,6% há 18.657.943 indivíduos acometidos pela patologia.
Texto 3:
Fonte
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Saúde mental no século XXI”.
Tema de redação: excesso de trabalho e saúde mental
Tema de redação: inclusão de autistas no Brasil
Tema de redação: Trabalho escravo em discussão no Brasil
Tema de redação: Jornada de trabalho no Brasil
Tema de redação: As dificuldades da inserção de jovens no mercado de trabalho