TEMA DE REDAÇÃO – Pressão escolar e saúde mental

Abaixo algumas orientações, em seguida textos explicativos sobre: Pressão escolar e saúde mental

INSTRUÇÕES PARA REDAÇÃO

  • O rascunho deve ser feito no espaço apropriado.
  • O texto defi nitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
  • A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:

  •  Tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto insufi ciente.
  • Fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
  • Apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
  • Apresentar parte do texto deliberadamente desconectada ao tema proposto.

TEXTO I – Relação entre pressão escolar e saúde mental

No contexto da pandemia de Covid-19, muitos foram os desafios impostos pela necessidade de cumprir os protocolos de controle da doença. Na rotina dos estudantes, a pressão escolar é grande, afeta a estabilidade psicológica e causa impactos negativos preocupantes. Por essa razão, é necessário buscar medidas que preservem a saúde mental de crianças e adolescentes.

Tendo isso em vista, o psicólogo Antônio Chaves Filho, irá explicar como a pressão escolar impacta a saúde dos jovens, principalmente, nos períodos de provas finais e na chegada do Enem e de outros vestibulares. Entenda o que deve ser feito para que essa pressão não resulte em comprometimentos emocionais e em sensações potencialmente negativas.

Relação entre pressão escolar e saúde mental

A necessidade de isolamento social criou um cenário propício para situações de estresse e ansiedade, o que compromete tanto a saúde mental dos educadores quanto a dos estudantes que sofrem com a pressão escolar na pandemia. As mudanças no processo de ensino e aprendizagem comprometem não apenas a qualidade do ensino, como aumentam os riscos de desajustes mentais.

Todo esse processo gera um sofrimento psíquico e contribui para o desenvolvimento de sintomas que colocam em xeque a estabilidade emocional do estudante. Os mais evidentes são irritabilidade, apatia, insônia, mau humor, desinteresse pela escola e problemas de concentração.

Além disso, as aulas remotas causam maior pressão escolar porque responsabilizam a criança e o adolescente pelo próprio aprendizado. Por ser muito diferente dos meios convencionais, essa prática gera muita preocupação entre os profissionais da saúde. Tanto que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) elaborou uma cartilha com orientações sobre a saúde da criança e do adolescente na pandemia.

Nessas circunstâncias, os estudantes sofrem uma sobrecarga enorme, tornam-se mais vulneráveis à depressão, aos sentimentos de frustração e ao esgotamento mental. Por isso, crianças e adolescentes necessitam de mais apoio dos pais e de avaliação profissional para reequilibrar as sensações.

Ensino remoto e os reflexos na qualidade de vida

O ensino remoto também tem seus desafios no quesito qualidade de vida, já que o fato de o aluno ter que dar conta de suas tarefas escolares praticamente sozinho gera muita insegurança. Devido à pandemia de coronavírus, todos tiveram que se adaptar, de forma abrupta, a esse novo modelo de ensino.

O setor da Educação foi um dos mais afetados pela atual pandemia, o que resultou em grandes impactos do ensino remoto sobre o bem-estar e a qualidade de vida de alunos e professores. De repente, berçários, escolas e faculdades foram fechadas e todos precisaram se adaptar a essa metodologia.

Na verdade, ninguém estava preparado para lidar com os desafios impostos pela pandemia. Consequentemente, novas sensações negativas afloraram e influenciaram a estabilidade psicológica de pais, educadores e alunos. Quanto mais nova a criança, mais variável é o seu comportamento e menor a capacidade para lidar com o estresse e os desafios diários, segundo o Jornal da USP.

Além de todas as correlações mentais associadas ao período de quarentena, o medo de tirar nota baixa e de ser reprovado no final do ano também influencia bastante e gera muitos conflitos. Nesse contexto, pais e professores precisam apoiar os estudantes e, se necessário, encaminhá-los para avaliação com um profissional especializado no cuidado com as emoções.

Necessidade de atenção à pressão pré-vestibular

Época de vestibular é, geralmente, um período de tensão familiar. O jovem vestibulando precisa se adaptar a uma jornada diferente e dedicar grande parte do dia e da noite a horas de estudo. Por essa razão, muitos estudantes abrem mão de várias coisas durante essa etapa e entram em uma rotina que exige muita dedicação e esforço.

Nessa perspectiva, percebe-se que a maioria dos jovens está batalhando cada vez mais por bons resultados no Enem e nos vestibulares mais concorridos de faculdades públicas. Nessas circunstâncias, ainda há uma sobrecarga enorme de desafios gerados pela pressão escolar, sobretudo, para estudantes concluintes do Ensino Médio.

Essa rotina exige muitas horas de estudo e, com isso, pode prejudicar a saúde física e gerar desequilíbrios na saúde mental. São incontáveis listas de exercícios e aulas em demasia que levam ao cansaço mental extremo, noites mal dormidas, irritabilidade e crise de pânico.

Muitos jovens recorrem a medicamentos para aperfeiçoar o desempenho, pois além da pressão escolar, ainda existe a incerteza de qual carreira seguir. Cobranças familiares e a pressão dos pais sobre a escolha do curso geram medo e angústia. Porém, adultos devem ter a sensatez de deixar que o filho faça essa escolha, de acordo com a vocação dele e vontade própria.

Fonte: https://hospitalsantamonica.com.br/como-a-pressao-escolar-afeta-a-saude-mental- dos-alunos/

TEXTO II

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta: 1 em cada 5 adolescentes enfrentará problemas de saúde mental, cujos casos cresceram exponencialmente nos últimos 25 anos. A maior parte, porém, não é diagnosticada ou tratada. Na escola, problemas de saúde mental podem piorar o desempenho e ampliar a evasão escolar. Embora a capacitação de professores seja uma medida importante, a saúde mental ainda está fora da formação. “Na classe de 30 alunos, estima-se que entre 3 e 5 terão algum problema de saúde mental, incluindo transtornos de ansiedade, depressão e déficit de atenção e hiperatividade”, explica Rodrigo Bressan, autor de Saúde Mental na Escola e fundador do Y-Mind – Centro de Prevenção em Transtornos Mentais, que defende uma maior conscientização sobre o tema para os educadores.

Exemplo – Pressão escolar e saúde mental

A educação no Brasil se mostra ineficaz, incapaz de alcançar crianças e adolescentes, não fornece as bases do mercado de trabalho, isso tudo somado ao descaso do Estado com a saúde da juventude. Durante a pandemia do COVID-19 podemos pegar o governo de São Paulo como principal exemplo de abandono da educação. O governador João Dória, na medida em que as campanhas de vacinação avançavam, liberou diversos eventos, parques e até shows batendo recorde de público, entretanto o mesmo manteve as escolas fechadas sob o pretexto de não espalhar o vírus.

A princípio, o resultado é que pela primeira vez na história do Brasil temos uma geração em que os filhos têm um QI menor que os pais. A internet foi a principal ferramenta para entregar aos jovens a educação durante o lockdown porém, é através da mesma que o jovem é encharcado de projeções falsas, estimulando a ansiedade e depressão, como resultado o adolescente de 17 a 23 anos não consegue se encaixar no mercado de trabalho, devido a mistura da crise na qual se encontra o país, o descaso do estado com sua educação e sua ansiedade cada vez maior por admirar a vida “perfeita” de quem está do outro lado da tela.

Além disso, o perído pré vestibular coloca o mundo sob os ombros de qualquer adolescente, o ensino a distância joga no colo do estudante toda sua produtividade, sem a figura do professor não existe a figura do amparo ou do guia, é o estudante pelo estudante, vemos no Brasil surgindo o fenômeno japonês com o estudante chegando a se matar pela desonra de reprovar no vestibular, tendo como principal exemplo o monte Sekigahara destino de inúmeros jovens com intenções suicidas. Por outro lado, não podemos tirar do estudante seu senso de responsabilidade, o maior interessado deve ser o aluno seja no ensino presencial ou a distância, devemos ignorar políticas de aprovação por frequência ou baixar os critérios de avaliação sob o aluno.

Portanto, a educação precisa de uma reestruturação para definir as responsabilidades do aluno e principalmente do estado. Além de fornecer o ensino devem ser entregues às condições de saúde para que o aluno tenha condições de absorver o conteúdo e atender as necessidades do mercado preservando sua saúde física e mental.