Texto 1
Temos no Brasil um Sistema Único de Saúde (SUS), desde a Constituição de 1988, cujos princípios são Universalidade, Equidade e Integralidade da atenção à saúde. No entanto, é preciso tentar entender o que isto tudo significa.
Universalidade significa que este sistema precisa ser acessível a toda a população, uma vez que entre outras características ele é financiado a partir dos impostos pagos, direta e indiretamente, por todos. Não basta ter o direito garantido (como é o caso) para que o acesso seja disponível a todos. É preciso conseguir que os serviços sejam efetivamente oferecidos para a população e informar/educar, com diferentes campanhas sobre doenças e sobre a utilização de medicamentos.
Equidade tem a ver não com tratar igualmente toda a população, mas sim com tratar desigualmente os desiguais. Um dos melhores exemplos que se verifica atualmente é o chamado envelhecimento da população, que hoje pode ser considerado como uma espécie de democratização da sobrevivência, independente de renda, educação e local de residência. Os cidadãos são desiguais a priori, a partir de carga genética. É diferente vir de uma família com antecedentes de câncer, com alta concentração de diabéticos, hipertensos ou portadores de problemas cardíacos. Além dos genes, porém, existe na sociedade uma grande desigualdade entre as pessoas e grupos sociais. Por exemplo, é muito mais comum ocorrer gravidez em adolescentes de classe baixa ou mortalidade de menores de um ano entre filhos de mães com baixo grau de educação formal.
Integralidade de atenção tem a ver com um modelo que desenvolva desde ações de promoção à saúde (como situações de vida que permitam controlar a presença de mosquitos da dengue no ambiente, condições de higiene em locais que servem alimentos e acesso a preservativos), até a continuidade de cuidados quando os pacientes podem ter alta de hospitais, mas não necessariamente podem ir para sua casa sem necessidades de outro tipo de acompanhamento. Entre essas duas situações ainda há o acesso a vacinas, saneamento básico, alimentação saudável e oportunidades de detecção precoce de doenças sempre que possível bem como disponibilidade de serviços de emergência para ocorrências agudas.
Fonte: politica estadao
Texto 2
Há um consenso suprapartidário no Brasil: a saúde pública é subfinanciada. A divergência é como resolver este fato. Desde o final da CPMF, que retirou R$40 bilhões anuais do orçamento do Ministério da Saude, o Brasil investe na saúde pública em média 3 vezes per capta menos do que parceiros sul americanos como Chile, Argentina e Uruguai; cerca de 7 a 8 vezes do que sistemas nacionais europeus recentes como Portugal e Espanha, cerca de 11 vezes menos do que o tradicional Sistema Nacional Inglês. Ao mesmo tempo, segundo dados recentes publicados pelo IPEA, a isenção fiscal referente aos planos de saúde no Brasil chegou a cerca de R$ 18 bilhões. Ou seja, o mesmo Estado que não garante recursos suficientes para prover um sistema público para todos, co-financia a alternativa para uma parcela da população, que se vê obrigada a pagar valores expressivos para ter acesso a saúde.
Fonte: carta maior
Texto 3
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios para manter um sistema de saúde público no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista.
Tema de redação: Formas para alcançar o equilíbrio entre saúde e beleza