Provavelmente você já deve ter ouvido falar sobre o sujeito de uma oração, mas você sabia que existem duas classificações para ele? O sujeito determinado é aquele facilmente identificável em uma oração, diferentemente do sujeito indeterminado, no qual não é possível encontrar quem executou ou sofreu a ação.
Aqui no blog do Redação Online já falamos sobre o sujeito indeterminado e agora chegou a hora de aprender mais sobre o sujeito determinado. Vamos lá!
Afinal, o que é um sujeito determinado?
O sujeito determinado é aquele que pode ser identificado em uma frase, seja por estar escrito de forma explícita ou pela concordância verbal. Ele se divide em três classificações: simples, composto e oculto.
Qual a diferença para o sujeito indeterminado?
O sujeito indeterminado não pode ser identificado em uma frase, ou seja, não podemos encontrar quem executou ou sofreu a ação. Confira alguns exemplos:
- “Quebraram a vidraça da cada vizinha”
- “Andam pichando o muro da igreja”
- “Precisa-se de manicure e cabeleireira”
- “Esqueceram de trancar a porta da sala”
Observe que nas frases acima não conseguimos identificar quem “quebrou a vidraça”, “quem pichou o muro”, “quem precisa de manicure e cabeleireira” ou “quem esqueceu de trancar a porta”, então o sujeito é indeterminado.
Quais os tipos de sujeito determinado existem?
O sujeito determinado se divide em três classificações: Sujeito determinado simples, Sujeito determinado composto e Sujeito determinado oculto. Entenda:
Sujeito determinado simples
O sujeito determinado é simples quando a frase apresentar apenas um núcleo, ou seja, quando o verbo se referir apenas a uma palavra. Confira alguns exemplos para ficar mais claro:
- Pedro estudou muito para a prova;
- O político contratou mais dois assessores este mês;
- As meninas estão acampando na sala.
- João comprou uma bicicleta nova.
- Lorena convidou Joana para a sua festa de aniversário.
- Minha tia chegou de viagem.
Como pudemos observar no terceiro exemplo, o sujeito simples não é necessariamente uma palavra no singular. Na frase em que o sujeito é “as meninas”, a palavra principal é “meninas”, tendo a frase então apenas um núcleo.
Sujeito determinado composto
Quando o verbo principal de uma frase referir-se a dois ou mais núcleos do sujeito, teremos um sujeito composto. É importante deixar claro que a concordância se faz no plural. Confira os exemplos:
- Pai e filho conversavam longamente;
- Maria e João foram os responsáveis pelos doces da festa;
- Futebol, natação e musculação são ótimos exercícios físicos para a saúde.
- O cachorro e o gato comeram toda a ração.
- Café e televisão tiram o sono.
- Minha tia e minha mãe chegaram de viagem.
Observe que apenas o fato do verbo estar no plural, não classifica o sujeito como composto. O que o caracteriza é o número de palavras que representam o sujeito. No último exemplo, “minha tia e minha mãe” são o sujeito, cujo núcleo é “tia” e “mãe”.
Leia mais sobre regência verbal. Acesse!
Sujeito determinado oculto
O sujeito determinado oculto também é conhecido por implícito, elíptico ou desinencial. É quando o sujeito não está explícito na frase, mas pode ser facilmente identificado pela desinência da flexão verbal. Veja:
- Gosto de comer pizza no sábado a noite. – Sujeito: eu;
- Aos domingos, gostamos de passear no parque com nosso cachorro. – Sujeito: nós;
- Dispensamos todos os funcionários no próximo feriado. – Sujeito: nós;
- Esqueci a minha agenda no escritório. – Sujeito: eu.
- Todas as manhã, caminha descansada pelas ruas do centro. – Sujeito: ele/ela;
- Leio um pouco do livro todos os dias. – Sujeito: eu.
O sujeito oculto pode ainda ser identificado pela presença de alguma informação na oração anterior, como nas seguintes frase:
- As cópias foram feitas? Então entregaram na sala errada. – Sujeito da segunda oração: ele/ela (se refere as cópias);
- Chamava-se Antônia, tinha 18 anos e trabalha na escola. – Sujeito da segunda oração: ela (se refere a Antônia).
Quando um sujeito oculto é determinado?
Então, como já mencionado, o sujeito oculto é determinado quando seu núcleo não está implícito no verbo ou contexto da oração, mas pode ser identificado pela flexão número-pessoa do verbo. Ele muitas vezes é confundido com o sujeito indeterminado. Veja os dois exemplos abaixo:
- Dispensamos todos os professores. – Sujeito oculto;
- É bom rezar todas as noites. – Sujeito indeterminado.
Na primeira frase o sujeito não está escrito, mas podemos identificá-lo pelo verbo “dispensamos” – uma dica é perguntar quem dispensou? A resposta é “nós” – então este é o sujeito que executou a ação, logo ele é classificado por sujeito determinado oculto.
Ademais, já na segunda frase, o sujeito não aparece e é impossível identificá-lo mesmo considerando a concordância verbal, então a frase possui um sujeito indeterminado.
Desse modo, esperamos que este conteúdo tenha solucionado de vez as suas dúvidas com o sujeito determinado. Assim, se você quer arrasar ainda mais na prova de redação, confira o post “Lista com as principais conjunções para redação“.
Então, continue acompanhando o blog do Redação online! Aqui você encontra as melhores dicas de português para descomplicar o aprendizado da gramática!