Conheça mais sobre arquitetura hostil e a exclusão que ela provoca. Assim, tenha um repertório sociocultural forte para usar na redação!
Todo mundo, em algum momento, se deparou com “soluções” de arquitetura e design que tornam certos locais bastante desconfortáveis. E isso não é de hoje nem mesmo uma situação isolada. Certamente, uma das intenções por trás disso é impedir que pessoas em situação de rua utilizem tais locais para sentar ou deitar. Porém, além delas, a população como um todo acaba excluída de usufruir de espaços públicos com qualidade. Desse modo, é fato que em muitas cidades brasileiras se utilizam de artifícios como esses para afastar as pessoas em situação de rua desses ambientes. No entanto, o que esse tipo de atitude não resolve são as causas que levam essas pessoas a viverem nessas condições. Então, como você leu nos textos motivadores do tema “Arquitetura hostil e a exclusão de pessoas em situação de rua“, segundo o Papa Francisco: “Aos pobres não se perdoa sequer sua pobreza”.
Um exemplo desse tipo de arquitetura esteve na mídia em 2013, em Curitiba. Um deputado estadual fez uma campanha contra o que ele chamou de “Bundódromo” nos pontos de ônibus da cidade. Embora não mencionasse a população em situação de rua, a crítica dele era que esse tipo de construção desrespeita o Estatuto do Idoso e o Eca, além de ser ruim também para pessoas com deficiência e para a população em geral. Veja:
Agora, vamos trazer alguns conteúdos para você saber mais sobre o tema e assim poder fundamentar melhor os argumentos da sua redação. Boa leitura!
1. Vídeo: Arquitetura hostil: Como construções afastam pessoas de ambientes públicos?
Na última semana, o Padre Júlio Lancelotti viralizou nas redes sociais após retirar a marretadas pedras colocadas embaixo de um viaduto em São Paulo. Dessa forma, ele chamou a atenção para a temática da arquitetura hostil ou de exclusão e, por isso, o Fantástico do último domingo fez uma matéria especial para tratar do assunto. Assista! Aproveite e depois ouça o podcast do programa em que Murilo Salviano conversa com o Padre Júlio, o urbanista Fabio Mariz e a repórter Giuliana Girardi sobre o tema “Para quem as cidades são pensadas?”.
2. Artigo: O que é arquitetura hostil. E quais suas implicações no Brasil
Saiba mais sobre o assunto lendo este artigo de Juliana Sayuri e conheça outros exemplos de cidades brasileiras que fazem uso de chamado “design desagradável”. Além disso, ela comenta sobre o impacto da pandemia para o aumento da população composta por pessoas em situação de rua.
3. Artigo: A quem pertence a cidade? Uma reflexão sobre a arquitetura hostil e o espaço público
Além de saber um pouco mais sobre esse tipo de arquitetura do nosso tema de redação, neste artigo há várias imagens de projetos que visam excluir pessoas do seu entorno. Assim, caso você não lembre exatamente de um exemplo, nesta matéria encontrará muitos deles que podem ilustrar o assunto na sua redação. Veja abaixo um exemplo de estrutura metálica colocada em uma vitrine e um banco com divisória para impedir que as pessoas deitem nele. Você já viu algo parecido em sua cidade?
Fonte: https://www.blogdaarquitetura.com/a-quem-pertence-a-cidade-uma-reflexao-sobre-a-arquitetura-hostil-e-o-espaco-publico/
4. Artigo: 3 exemplos de como o urbanismo social cria cidades mais seguras
Você deve estar se perguntando: mas existe como resolver essa questão das pessoas em situação de rua e a arquitetura hostil? A resposta é sim, e passa por tratar as causas e não apenas jogar o problema para debaixo do tapete e fingir que ele não existe. Neste artigo você conhecerá exemplos de urbanismo social que auxiliam a diminuir essa problemática e tornam os espaços das cidades mais inclusivos.
5. Vídeo: Arquitetura hostil e cartografia afetiva | Jamile Borges | TEDxRioVermelho
Jamile Borges está em dos textos motivadores do tema. Ela é antropóloga, com pós-doutorado na Universidade de Lisboa, e professora da Universidade Federal da Bahia. Nesta palestra no TEDx ela fala sobre arquitetura hostil e em como a cartografia afetiva implica mobilizar nos indivíduos vivências, lembranças e afetos relacionados a lugares e espaços. Desse modo, ela questiona a maneira como as cidades criam mecanismos de segregação espacial e fala sobre como o mobiliário urbano visto como “solução” para evitar o trânsito livre de pessoas em situação de rua produziu uma arquitetura hostil que coloca as cidades contra as pessoas em vez de acolher e da criar territórios afetivos. Então, serão 7 minutos de muito aprendizado sobre o assunto!https://youtu.be/IUkWXwSFGDM
6. Artigo: 15 modos que as cidades usam para “combater” os moradores de rua
Para finalizar, veja esta matéria do “Mistérios do mundo” com vários exemplos ilustrativos de como existe muita criatividade na hora de excluir as pessoas dos espaços públicos.
E aí, gostou das nossas dicas? Não se esqueça: faça sua própria pesquisa sobre o tema e arrase na redação! Precisa que alguém corrija o seu texto? Então conte com a nossa equipe! Conheça os planos do Redação Online e comece a sua preparação agora mesmo! Certamente tem algum deles que cabe no seu bolso!