A Fuvest, responsável pelo vestibular da USP, anunciou mudanças significativas para a edição de 2026. Além disso, o objetivo é tornar a prova mais alinhada com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e com as demandas contemporâneas da educação. Dessa forma, a nova abordagem prioriza uma estrutura mais interdisciplinar, analítica e conectada à realidade social. Portanto, essas mudanças buscam preparar melhor os candidatos para os desafios acadêmicos e profissionais.
Neste post, você entenderá o que mudou na Fuvest 2026, como se preparar para a nova redação, quais serão os novos gêneros textuais cobrados, como funcionará a nova estrutura da prova e qual é a nova lista de leituras obrigatórias.
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O que muda no vestibular da Fuvest?
A partir de 2026, o vestibular da Fuvest passará por transformações que visam alinhar a prova à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e tornar a avaliação mais conectada com os desafios do mundo atual. Além disso, as mudanças buscam promover uma abordagem mais interdisciplinar e analítica. Dessa forma, os candidatos serão incentivados a desenvolver um pensamento crítico mais aprofundado. Portanto, a reformulação da prova reflete a necessidade de adaptação do ensino às novas demandas educacionais e sociais.
Inclusão de novas disciplinas
A grande novidade é a incorporação de Filosofia, Sociologia, Artes e Educação Física como conteúdos cobrados de forma direta e estruturada, principalmente na primeira fase. Ou seja: os candidatos precisarão dominar uma gama ainda mais ampla de áreas do conhecimento.
Questões mais interdisciplinares
A prova ganha um caráter mais contextualizado e interdisciplinar. Além disso, as questões passarão a exigir a conexão entre diferentes áreas do conhecimento. Dessa forma, os candidatos precisarão desenvolver uma visão mais ampla e integrada dos conteúdos. Por exemplo, uma questão pode integrar conceitos de Biologia, Física e Química em um mesmo enunciado, estimulando a capacidade de análise e correlação entre disciplinas. Portanto, a nova abordagem busca preparar melhor os estudantes para os desafios acadêmicos e profissionais do mundo contemporâneo.
Atualização na lista de obras obrigatórias
Entre 2026 e 2028, a lista da Fuvest será composta exclusivamente por obras escritas por mulheres em língua portuguesa. Além disso, essa mudança representa um movimento inédito e simbólico, que busca ampliar a representatividade no cenário literário. Dessa forma, a iniciativa valoriza novas vozes e contribui para uma abordagem mais diversa na educação. Portanto, essa atualização reflete a importância de reconhecer a contribuição das escritoras para a literatura e a cultura.
Estrutura da 1ª fase permanece
Apesar das mudanças, a primeira fase continuará com 90 questões de múltipla escolha, abrangendo todas as disciplinas — incluindo as novas que entram a partir de 2026.
O que muda na redação da Fuvest?
As alterações na redação refletem uma proposta mais reflexiva, interdisciplinar e conectada ao mundo digital e social.
Redação mais abrangente
O modelo de dissertação argumentativa continua, mas passa a incorporar textos verbais e não verbais, como memes, charges, gráficos e dados. Ou seja, o candidato deverá analisar, interpretar e argumentar com base em múltiplos suportes.
Além disso, haverá:
- Inserção de trechos literários, filosóficos e sociológicos nos textos motivadores;
- Maior valorização do uso de dados reais para sustentar os argumentos;
- Temas sociais com abordagem interdisciplinar, exigindo repertório diversificado e atualizado.
Gêneros textuais variados
A redação da Fuvest poderá exigir, além da dissertação, a produção de outros gêneros argumentativos, como:
Como se preparar para os novos formatos?
Com a possibilidade de novos gêneros textuais na redação, o vestibulando precisa ampliar suas estratégias de escrita. Veja o que pode ser cobrado:
- Dissertação-argumentativa: estrutura clássica de introdução, desenvolvimento e conclusão.
- Artigo de opinião: defesa clara de um ponto de vista com argumentação sólida.
- Carta argumentativa: exposição de ideias para um interlocutor específico.
- Resenha crítica: análise avaliativa de uma obra ou conteúdo.
- Editorial: posicionamento jornalístico sobre temas relevantes.
- Relato pessoal: narrativa em primeira pessoa com base em experiências reais.
Mesmo com a variedade de gêneros, a banca continuará avaliando coesão, coerência, clareza, objetividade e domínio da norma culta como critérios centrais.
Quais são as principais mudanças da Fuvest?
Vamos recapitular de forma objetiva os pontos centrais:
Área | O que mudou em 2026 |
---|---|
Disciplinas | Inclusão de Filosofia, Sociologia, Artes e Educação Física |
Questões | Mais interdisciplinaridade e contextualização |
Lista de obras | Exclusivamente autoras mulheres (2026–2028) |
Redação | Análise de múltiplos textos, dados, gêneros e temas sociais |
Provas | Primeira fase com 90 questões, agora com as novas disciplinas incluídas |
FUVEST 2026 terá apenas autoras mulheres na lista obrigatória
Essa é uma das mudanças mais simbólicas e relevantes: todas as nove obras obrigatórias de 2026 a 2028 foram escritas por mulheres. Além disso, a seleção valoriza a representatividade, diversidade e protagonismo feminino na literatura lusófona. Dessa forma, essa escolha reflete o compromisso com a inclusão e a ampliação da voz feminina no cenário literário. Portanto, essa mudança não só celebra a literatura das mulheres, mas também reforça a importância de sua presença nas listas canônicas.
Lista de leituras obrigatórias:
- Opúsculo Humanitário (1853) – Nísia Floresta
- Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
- Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
- Caminho de Pedras (1937) – Rachel de Queiroz
- O Cristo Cigano (1961) – Sophia de Mello Breyner Andresen
- As Meninas (1973) – Lygia Fagundes Telles
- Balada de Amor ao Vento (1990) – Paulina Chiziane
- Canção para Ninar Menino Grande (2018) – Conceição Evaristo
- A Visão das Plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida
Para se sair bem, é fundamental ler com atenção às temáticas sociais, estruturas narrativas e contextos históricos de cada obra.
A nova identidade visual da Fuvest: o que significa?
A reformulação também alcançou o logotipo da Fuvest. O novo símbolo representa:
- Formato circular → o ciclo de vida do estudante: fim do ensino médio e ingresso no superior.
- Letra “V” central → referência à vitória pela educação.
- Tipografia atualizada → melhora a leitura e moderniza a comunicação.
- Mote “Vencerás pela educação” → adaptação do lema da USP: “Vencerás pela ciência”.
A mudança reforça o papel da Fuvest como agente transformador da sociedade por meio da educação.
Como se preparar para a nova Fuvest?
A principal estratégia é adaptar o seu plano de estudos ao novo perfil da prova. Veja algumas orientações práticas:
1. Reforce o estudo de Filosofia e Sociologia
Essas disciplinas agora não podem ficar de lado. Além disso, é fundamental incluir temas como ética, cidadania, política, desigualdade, epistemologia e filosofia da ciência no seu cronograma. Dessa forma, você garantirá uma abordagem mais completa e crítica, favorecendo uma formação mais abrangente. Portanto, ao integrar esses temas, estará preparando os alunos para enfrentar questões complexas e atuais com um olhar mais aprofundado e reflexivo.
2. Pratique redações com temas interdisciplinares
O novo modelo de redação exige repertório sociocultural atualizado. Treine com temas que envolvam múltiplas áreas do conhecimento e trechos literários, gráficos ou dados.
3. Leia as obras obrigatórias com foco crítico
Não basta apenas ler — é preciso analisar o contexto histórico, social e estético das obras, identificando temas recorrentes, personagens simbólicos e valores transmitidos.
4. Estude com provas interdisciplinares
Busque simulados e questões que desafiem sua capacidade de conectar áreas diferentes, como Biologia e Geografia, Química e História, Física e Filosofia.
A FUVEST 2026 marca uma virada no vestibular mais concorrido do Brasil. Com nova estrutura, maior interdisciplinaridade, redação com múltiplos gêneros e protagonismo feminino na literatura, os estudantes precisam se reinventar — com repertório ampliado, escrita crítica e pensamento analítico.
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