👋 E aí, RedAlunos, tudo bem? Hoje vamos falar sobre um tema que está em alta e que pode aparecer na sua redação: a Mpox. Você sabe o que é essa doença? Como ela se dissemina? E, mais importante, como você pode usar esse conhecimento para gabaritar a Competência 2 da sua redação? Vamos entender um pouco mais sobre essa questão e como podemos utilizá-la como repertório sociocultural na construção de uma argumentação sólida. A seguir, você encontrará textos motivadores, repertórios culturais, fatos históricos, legislações relevantes e argumentos estruturados para enriquecer sua redação. Vamos nessa!
Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Obstáculos na luta contra doenças emergentes no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Desse modo, selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.
Instruções para redação
- O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
- O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 (trinta) linhas.
- A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para a contagem de linhas.
- Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
- 4.1 tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo consideradas “textos insuficiente”;
- 4.2 fugir do tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;
- 4.3 apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto;
- 4.4 apresentar nome, assinatura, rubrica, ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.
Textos motivadores para o tema de redação sobre Mpox
Texto I – Mpox: Sinais, Sintomas e Prevenção
A Mpox, causada pelo vírus do gênero Orthopoxvirus, é uma doença viral zoonótica cuja transmissão pode ocorrer através de contato direto com pessoas infectadas, materiais contaminados ou animais silvestres. Os sintomas incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. O período de incubação varia entre 3 a 16 dias, podendo chegar a 21 dias. Após a manifestação das erupções, o período de transmissão continua até que as crostas desapareçam e a pele esteja completamente cicatrizada.
O diagnóstico da Mpox é realizado por meio de testes laboratoriais, com a coleta de amostras das lesões. Quando as lesões estão secas, as crostas são enviadas para análise. A doença geralmente evolui para quadros leves a moderados, durando de 2 a 4 semanas. Medidas preventivas são fundamentais, como evitar contato direto com pessoas infectadas e utilizar equipamentos de proteção individual em casos de necessidade de contato.
Atualmente, o tratamento para Mpox envolve suporte clínico para alívio dos sintomas e prevenção de complicações. A vacinação é recomendada para grupos de risco, como pessoas vivendo com HIV/Aids e profissionais de laboratório que trabalham diretamente com o vírus. A notificação imediata dos casos é obrigatória, conforme a Portaria GM/MS nº 3328, de 22 de agosto de 2022.
Fonte: Adaptado de Ministério da Saúde
Texto II – A Resposta Global à Emergência da Mpox
A resposta global à crise da Mpox tem enfrentado inúmeros desafios, especialmente na África Central, onde uma mutação da doença circula há meses. A falta de vacinas e a ausência de coordenação internacional adequada têm dificultado a contenção do surto. Embora o Congo seja o epicentro atual, a resposta internacional tem sido lenta, com vacinas sendo aprovadas e distribuídas somente após o aumento significativo dos casos.
O contexto global contribuiu para a gravidade da crise, com guerras e outras emergências sanitárias desviando a atenção de governos e organizações internacionais. Especialistas afirmam que a falta de vigilância de doenças e cuidados primários pode resultar em crises de saúde mais graves no futuro, como observado no caso da Mpox.
Além disso, a falta de apoio financeiro adequado tem sido um grande obstáculo para países como o Congo, que luta para controlar o surto. Com mais de 15.700 casos suspeitos, a necessidade de uma resposta coordenada e financiada é urgente. Organizações internacionais e países doadores estão começando a coordenar esforços, mas a demora pode ter consequências graves para a saúde pública global.
Fonte: Adaptado de Bloomberg
Texto III – A Letalidade da Nova Cepa da Mpox
A disseminação de uma nova cepa da Mpox, mais letal e transmissível, preocupa autoridades de saúde em todo o mundo. A Mpox, semelhante à varíola humana erradicada em 1980, é dividida em duas linhagens principais: Clado 1 e Clado 2. A nova cepa, Clado 1b, identificada no final de 2023, é até dez vezes mais letal do que a cepa que causou o surto de 2022, com uma taxa de mortalidade de até 10%.
Esta cepa, que circulava principalmente na República Democrática do Congo, já se espalhou para países vizinhos e outros continentes, causando grande preocupação devido à sua alta transmissibilidade e letalidade. A disseminação dessa variante também é facilitada por novas mutações que aumentam a capacidade de transmissão entre pessoas, tornando a população mundial vulnerável ao vírus.
Especialistas alertam que, sem uma resposta global coordenada, a nova cepa da Mpox pode causar um impacto devastador em termos de saúde pública, especialmente em regiões já afetadas por crises humanitárias e falta de infraestrutura médica adequada.
Fonte: Adaptado de O Globo
Texto IV: Infográfico: Como é o Vírus da Mpox?
Repertórios para o tema sobre doenças emergentes
Séries:
Pandemic: How to Prevent an Outbreak (Documentário Netflix): esta série aborda os desafios enfrentados pela humanidade na luta contra pandemias, mostrando como a falta de prevenção e resposta rápida pode levar a crises globais de saúde. A série destaca a importância da preparação e da resposta coordenada para lidar com surtos virais, como a Mpox.
The Hot Zone (Série NatGeo): baseada em fatos reais, a série retrata o surgimento do vírus Ebola e a resposta das autoridades. Assim como na série, a resposta tardia à Mpox pode agravar a situação e dificultar a contenção do vírus.
Filmes:
Contágio (Filme de 2011): o filme ilustra a rápida disseminação de um vírus mortal e as consequências sociais e políticas de uma pandemia global. Mostra como a falta de uma resposta rápida e eficaz pode levar a um caos generalizado, refletindo os desafios enfrentados na contenção da Mpox.
Vírus (Filme de 2013): este filme sul-coreano explora a propagação de um vírus altamente letal e a resposta desesperada das autoridades para contê-lo. A narrativa reflete os desafios enfrentados por países com infraestrutura limitada, semelhante ao que ocorre na África Central com a Mpox.
Fatos Históricos:
A Peste Negra (Século XIV): a peste bubônica foi uma das pandemias mais devastadoras da história, resultando em milhões de mortes na Europa. Assim como na Mpox, a falta de conhecimento e resposta rápida resultou em uma catástrofe humanitária.
A Pandemia de Gripe Espanhola (1918-1919): a gripe espanhola foi uma pandemia global que causou a morte de milhões de pessoas em todo o mundo. Relação com o tema: Destaca a importância da vigilância epidemiológica e da resposta rápida para prevenir a propagação de doenças virais.
A Pandemia de COVID-19 (2020-Presente): a COVID-19 foi uma pandemia global que revelou falhas nos sistemas de saúde e a importância de uma resposta coordenada. Assim como a Mpox, a pandemia de COVID-19 mostrou a necessidade de políticas públicas eficazes para combater crises de saúde.
Legislações:
Constituição Federal de 1988: Artigo 196 – a saúde é direito de todos e dever do Estado. A garantia de acesso à saúde e à prevenção de doenças como a Mpox é um direito fundamental, reforçado pela necessidade de políticas públicas adequadas.
Agenda 2030 da ONU – Objetivo 3: Saúde e Bem-Estar: garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. Destaca a importância da erradicação de doenças emergentes como a Mpox para atingir os objetivos globais de saúde.
Lei 13.979/2020: dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus. Embora focada na COVID-19, a lei estabelece precedentes para a criação de políticas públicas emergenciais aplicáveis a outras crises, como a Mpox.
Argumentos para abordar o tema Mpox
Argumento 1: negligência governamental
Causa: falta de políticas públicas e recursos destinados ao combate e prevenção da Mpox.
Consequência: a negligência governamental resulta na rápida disseminação do vírus, aumentando os casos e as mortes.
Possível solução: implementação de políticas públicas robustas e criação de campanhas de vacinação e prevenção.
Repertório filosófico: Michel Foucault – Discussões sobre biopoder e a responsabilidade do Estado na gestão da saúde pública.
Argumento 2: banalização da doença
Causa: a falta de informação e a banalização dos riscos da Mpox pela mídia e pela população.
Consequência: a banalização leva à subestimação dos perigos da doença, resultando em comportamentos de risco.
Possível Solução: campanhas de conscientização para educar a população sobre a gravidade da Mpox e a importância das medidas preventivas.
Repertório Filosófico: Zygmunt Bauman – Discussões sobre a modernidade líquida e a superficialidade com que temas complexos são tratados na sociedade contemporânea.
Por fim, é essencial que o tema Mpox seja tratado com a seriedade necessária, tanto pela população quanto pelo governo. Por isso, às autoridades públicas, responsáveis por garantir o direito à saúde, implementar medidas eficazes para prevenir a disseminação do vírus e educar a população sobre os riscos. Assim, apenas com a aplicação dessas soluções será possível minimizar os impactos da Mpox, garantindo o bem-estar e a saúde da população. Aliás, não esqueça de acessar nossa plataforma de ensino e correção para treinar esse tema tão importante!