Desafios para combater o castigo físico na educação de crianças e adolescentes no contexto brasileiro| Tema de redação

Desafios para combater o castigo físico

Em pleno século 21, é alarmante observar que ainda persistem práticas consideradas ultrapassadas e prejudiciais, especialmente quando se trata da educação de crianças e adolescentes.

Nesse sentido, neste artigo, destacaremos o tema os desafios para combater o castigo físico na educação. No entanto, apesar dos avanços sociais e educacionais, essa prática ainda é considerada comum em muitos contextos familiares.

Desse modo, exploraremos os desafios enfrentados para combater essa realidade e discutiremos estratégias para promover uma educação mais saudável e respeitosa.

Proposta de redação 

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para combater o castigo físico na educação de crianças e adolescentes no contexto brasileiro” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. 

Desse modo, selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.

Instruções para redação

  1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
  2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 (trinta) linhas.
  3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para a contagem de linhas. 
  4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
  • 4.1 tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo consideradas “textos insuficiente”; 
  • 4.2 fugir do tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo; 
  • 4.3 apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto;
  •  4.4 apresentar nome, assinatura, rubrica, ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.

Textos motivadores 

Texto I


A imposição de castigo físico sob a narrativa do discurso de educar a criança é algo corriqueiro na sociedade contemporânea.

A cultura da permissão de bater, tão presente nas famílias, implica na vitimização de crianças e adolescentes em detrimento de seus direitos fundamentais de proteção contra toda forma de violência, reconhecidos na Constituição brasileira e regulados pela Lei n. 8.069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente.

No entanto, a Lei Menino Bernardo – 13.010/2014 foi responsável pela definição objetiva da proibição da prática do castigo físico com fins corretivos, dentre outras formas de violência contra crianças e adolescentes, prevendo a aplicação de medidas de proteção e administrativas.

Além disso, os pais ou responsáveis estarão sujeitos à responsabilização penal decorrente da violência cometida. Da prescrição legal decorre inclusive a necessidade da estruturação de políticas públicas que transformem a cultura da violência em efetiva proteção de crianças e adolescentes.

Fonte adaptada: Revista Libertas

Texto II

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou na quarta-feira (29) o projeto de Lei (PL) 3225/2023, que cria as Patrulhas ou Rondas Henry Borel, destinadas a impedir o uso de castigo físico e violência na educação de crianças e adolescentes.

Em seguida, além de reprimir o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante vitimando crianças e adolescentes. Dessa forma, o nome das patrulhas é uma referência ao menino de 4 anos morto em 2021 por espancamentos no Rio de Janeiro.

Adicionalmente, Dr. Hiran manifestou apoio à proposta, destacando sua importância para a proteção de crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica.

Fonte: Agência Senado

Texto III

Senado Federal

Texto IV

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou recentemente o relatório ‘Um rosto familiar: a violência na vida de crianças e adolescentes’. O documento revela que metade das crianças em idade escolar no mundo, ou 732 milhões, vive em países onde o castigo corporal na escola não é totalmente proibido.

Além disso, 300 milhões de crianças entre dois e quatro anos sofrem agressão física ou psicológica dos seus próprios responsáveis.

Em 30 países, há até mesmo casos de métodos disciplinares violentos contra crianças de menos de um ano de idade.

O documento também reúne dados sobre o homicídio de adolescentes. No Brasil, 75% das vítimas são negras ou pardas.

A recomendação do Unicef é que sejam adotados planos de ação nacionais bem coordenados para acabar com a violência às crianças. As medidas devem incluir educação, bem-estar social, justiça e sistemas de saúde.

Fonte adaptada: Observatório do Setor

Repertórios para o tema de redação sobre os desafios para combater o castigo físico

Livros sobre o tema sobre os desafios para combater o castigo físico:

  1. “Pais Brilhantes, Professores Fascinantes” por Augusto Cury: primeiramente, neste livro, Cury discute estratégias para promover uma educação mais eficaz e saudável.
  2. O livro “Educar sem violência: criando filhos sem palmadas” aborda alternativas à disciplina infantil violenta, ou seja, questionando sua eficácia e destacando a importância do amor e respeito na criação dos filhos.
  3. A “Pedagogia do Oprimido” de Freire ressalta a importância de combater o castigo físico na educação, pois considera essa prática como uma forma de opressão que perpetua a marginalização e a desigualdade.

Filmes e séries sobre os desafios para combater o castigo físico:

  1. “Que Horas Ela Volta?” – um filme brasileiro que retrata as questões de classe e poder nas relações entre patrões e empregados domésticos, como também a educação de crianças.
  2. “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” – um filme brasileiro que aborda a adolescência e a descoberta da sexualidade, ou seja, destacando a importância da aceitação e do respeito na educação dos jovens.
  3. “Preciosa” – um filme que retrata a história de uma adolescente que enfrenta abusos físicos e emocionais em casa e na escola.

Constituição Brasileira:

  1. Artigo 227: este artigo estabelece que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de protegê-los de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
  2. Artigo 5º, inciso III: garante o direito à integridade física e moral, isto é, o que inclui a proteção contra o castigo físico e qualquer forma de violência.
  3. Artigo 227, § 4º: estabelece que a lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.

Agenda 2030 – ONU:

  1. Objetivo 4: assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
  2. Objetivo 5: alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.
  3. Objetivo 10: reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.
  4. Objetivo 16: promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, isto é, proporcionar acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes.

Argumentos para o tema de redação sobre os desafios para combater o castigo físico

Argumento 1: banalização

  • O que é: a banalização do castigo físico na educação de crianças é a normalização desse método como aceitável, isto é, ignorando seus impactos negativos.
  • Causa: sem dúvida, a transmissão cultural e a falta de conscientização contribuem para a persistência do castigo físico como prática aceitável.
  • Consequência: danos físicos e emocionais duradouros nas crianças, além de perpetuar um ciclo de violência na sociedade.
  • Solução possível: implementação de políticas educacionais, sensibilização da população e programas de capacitação para pais e educadores.
  • Relação com o argumento: a banalização do castigo físico está diretamente relacionada ao argumento central, ou seja, evidenciando como sua normalização contribui para a perpetuação de desigualdades e aumento da violência.
  • Repertório Filosófico: seguindo a filosofia de Jean-Jacques Rousseau, que defendia a importância da educação positiva, a banalização do castigo físico vai contra a ideia de formar cidadãos livres e felizes.

Argumento 2 sobre os desafios para combater o castigo físico: Má Formação Familiar

  • O que é: a má formação familiar refere-se à falta de estrutura e apoio adequados dentro do núcleo familiar, resultando em dificuldades na criação e educação das crianças.
  • Causa: além disso, fatores como desestruturação familiar, ausência de modelos parentais positivos, falta de comunicação e apoio emocional contribuem para a má formação familiar.
  • Consequência: ademais, crianças expostas a uma má formação familiar podem enfrentar problemas emocionais, comportamentais e de desenvolvimento, impactando seu desempenho acadêmico e social.
  • Solução possível: sem dúvida, o investimento em programas de apoio familiar, educação parental, terapia familiar e fortalecimento de vínculos comunitários para promover uma melhor formação familiar.
  • Repertório: logo, refletindo as ideias de Sigmund Freud sobre a importância da família na formação da psique infantil, a má formação familiar pode ser vista como um obstáculo ao desenvolvimento saudável da criança, isto é, podendo resultar em conflitos psicológicos e emocionais no futuro.
  • Relação com o argumento: a má formação familiar está intrinsecamente ligada à questão do uso de castigo físico, uma vez que famílias mal estruturadas podem recorrer a métodos disciplinares violentos como consequência da falta de habilidades parentais e suporte emocional adequado.

Por fim, agora que você está bem informado sobre todos os aspectos a respeito do tema de redação sobre “Desafios para combater o castigo físico na educação de crianças e adolescentes no contexto brasileiro”, que tal colocar seus conhecimentos em prática? Ao acessar a nosso site, você terá a oportunidade de ter sua redação corrigida pela mais renomada e eficiente plataforma de correção do Brasil.

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Juízo de Valor: como usar na Redação, exemplos

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As políticas públicas e o combate à obesidade infantil em comunidades carentes | Tema de redação

A obesidade infantil é um problema crescente e alarmante, especialmente em comunidades carentes. No dia 3 de junho, celebramos o Dia da Conscientização contra a Obesidade Mórbida Infantil, uma data crucial para chamar a atenção e conscientizar a população sobre a importância dos cuidados preventivos e do combate a essa grave questão de saúde pública. Pesquisas do Ministério da Saúde indicam que 12,9% das crianças brasileiras de 5 a 9 anos são obesas, enquanto 18,9% dos adultos estão acima do peso. Esses números mostram a urgência de abordarmos o problema com seriedade e ação efetiva. Neste post, vamos explorar como as políticas públicas podem ajudar a combater a obesidade infantil em comunidades carentes. Discutiremos as causas, consequências, e soluções possíveis, bem como apresentaremos repertórios valiosos para entender melhor esse desafio. Que tal praticar e refletir sobre como podemos contribuir para um futuro mais saudável para nossas crianças? Vamos lá! Proposta de redação sobre obesidade infantil A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “As políticas públicas e o combate à obesidade infantil em comunidades carentes” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.  Desse modo, selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista. Instruções para redação sobre obesidade infantil Textos motivadores sobre obesidade infantil Texto I A obesidade em crianças e adolescentes é multifatorial. Condições genéticas, individuais, comportamentais e ambientais podem influenciar no estado nutricional. O relatório público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, com dados de pessoas acompanhadas na Atenção Primária à Saúde, aponta que, até meados de setembro de 2022, mais de 340 mil crianças de 5 a 10 anos de idade foram diagnosticadas com obesidade. Em 2021, a APS diagnosticou obesidade em 356 mil crianças dessa mesma idade. Atualmente, a região Sul possui 11,52% de crianças obesas nessa faixa etária, maior índice do País. Em seguida aparecem as regiões Sudeste, com 10,41%; Nordeste, com 9,67%; Centro-Oeste, com 9,43%; e Norte, com 6,93% das crianças acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na região. Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/setembro/acompanhadas-pelo-sus-mais-de-340-mil-criancas-brasileiras-entre-5-e-10-anos-possuem-obesidade Texto II A necessidade de isolamento social instituída pela pandemia e a mudança de rotina que ela acarretou, em especial a diminuição de exercícios físicos, refletiu no aumento de peso em crianças e jovens. Segundo o boletim do Observa Infância, o período de 2019 a 2021 chama a atenção para um crescimento de 6,08% de crianças até 5 anos com sobrepeso ou obesas. Entre os adolescentes brasileiros houve um aumento de 17,2% no número de jovens.   “A obesidade infantil e de adolescentes no Brasil ainda é uma grande preocupação de saúde pública. Apesar de observarmos uma queda nos últimos anos, o Brasil ainda possui números acima da média global e da América Latina. Nos anos de pandemia, observamos um aumento nos índices de obesidade infantil possivelmente consequência do aumento no consumo de ultraprocessados durante o período de isolamento”, alerta Cristiano Boccolini, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e coordenador do Observa Infância. Fonte: https://portal.fiocruz.br/noticia/obesidade-em-criancas-e-jovens-cresce-no-brasil-na-pandemia Texto III Por que a obesidade continua a crescer? De antemão, o maior desafio da obesidade é o fato de essa ser uma doença multifatorial. Por esse motivo, trata-se de uma condição complexa, pois exige ações em diversos setores, não só da saúde. Isso significa dizer que a oferta de alimentos, assim como a sua qualidade, influencia no surgimento da doença. Os ambientes e locais que as pessoas frequentam podem favorecer ou não a obesidade, o que é chamado de ambientes obesogênicos, e estimular a alimentação inadequada, o comportamento sedentário e a inatividade física. Os hábitos também impactam nas escolhas alimentares, assim como as questões econômicas. Até mesmo a infraestrutura de uma cidade é considerada um fator para o surgimento e crescimento da doença. E já que a obesidade é um desafio global para a saúde e para a sociedade, é necessário adotar estratégias efetivas em todo o mundo para prevenir e deter o avanço do problema. Mas a transformação também pode e deve acontecer localmente. A execução de estratégias em nível municipal é possível e necessária para reverter o cenário e prevenir os danos: – Investimento na Atenção Primária à Saúde (APS) para o monitoramento da situação alimentar e nutricional e para a promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar adequada e saudável em crianças menores de 2 anos; – Tornar as cidades favoráveis ao acesso a uma alimentação saudável e à prática de atividade física com estruturas adequadas e segurança; – Veiculação de campanhas efetivas de comunicação em saúde; – Valorização da escola como um ambiente aliado a esta causa, inclusive para a prática da atividade física e para a restrição da oferta de alimentos não saudáveis; – Implementação de políticas fiscais e medidas regulatórias para facilitar o acesso aos alimentos saudáveis e reduzir o acesso e a exposição aos alimentos não saudáveis. Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-ter-peso-saudavel/noticias/2022/como-seu-municipio-pode-avancar-na-prevencao-da-obesidade-infantil Texto IV Fonte: https://www.crefsp.gov.br/comunicacao/noticias/3-de-junho-dia-da-conscientizacao-contra-a-obesidade-morbida-infantil Repertórios para o tema de redação sobre obesidade infantil 1. Filmes: • “Super Size Me” (2004): Um documentário que explora os impactos da alimentação de fast food na saúde. Ele destaca a importância de políticas públicas na promoção de dietas saudáveis e na regulação da indústria alimentícia. • “Wall-E” (2008): Embora seja uma animação, o filme apresenta uma sociedade futurista onde a obesidade é comum devido à vida sedentária e à dependência de alimentos processados, sublinhando a necessidade de intervenções políticas para promover estilos de vida saudáveis. 2. Séries: • “Jamie Oliver’s Food Revolution” (2010): Esta série documenta os esforços do chef Jamie Oliver para melhorar a alimentação nas escolas americanas, ressaltando a importância de políticas públicas na educação nutricional. • “The Magic School Bus” (Episódio: “Ready, Set, Dough”): Este episódio aborda a importância da nutrição, mostrando como a educação e a informação podem influenciar hábitos alimentares saudáveis desde a infância. 3. Legislações: • Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA):