A edição 2026 do PAES UEMA trouxe um dos temas mais instigantes e socialmente relevantes dos últimos anos. A proposta convidou o candidato a refletir sobre como os diferentes cenários político-sociais, do Brasil e do mundo, atravessam, moldam e tensionam a experiência das juventudes brasileiras. A partir do romance As Meninas, de Lygia Fagundes Telles, e de textos sociológicos sobre juventude, a banca estruturou um tema que exige leitura crítica, sensibilidade social e domínio sólido do texto dissertativo-argumentativo.
Ainda na abertura da prova, os estudantes foram informados de que não se pode falar de “uma juventude universal”, já que existem múltiplas juventudes, atravessadas por desigualdades, pertencimentos, culturas, identidades e transformações históricas. A questão central, portanto, consistia em analisar como esses diferentes contextos políticos e sociais impactam a vida dos jovens e, sobretudo, como esses impactos moldam suas perspectivas, seus desafios e suas possibilidades de futuro.
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O que o tema realmente pediu?
A prova exigiu um texto dissertativo-argumentativo, em prosa, que apresentasse pelo menos dois argumentos válidos, articulados logicamente e fundamentados pelos textos motivadores. Nesse sentido, alguns elementos fundamentais precisavam estar presentes:
- tese clara sobre como os cenários político-sociais impactam a vida das juventudes brasileiras;
- argumentação consistente, com análise crítica;
- articulação com o romance As Meninas;
- diálogo com conceitos sociológicos sobre juventude;
- proposta de solução implícita ou explícita, dependendo da abordagem argumentativa.
Para treinar esse gênero com profundidade e direcionamento específico:
A coletânea: o que cada texto trouxe e como relacioná-los
A banca utilizou duas bases principais: trechos críticos sobre o romance As Meninas e textos acadêmicos sobre juventude. Cada parte cumpre uma função importante.
1. O romance As Meninas: juventude, política e turbulência histórica
As críticas literárias citadas na prova destacam:
- a juventude como força criativa e inquieta;
- a experiência de um Brasil marcado por autoritarismo, medo e repressão;
- a sensibilidade e a vulnerabilidade dos jovens diante de crises políticas.
Nesse sentido, o romance funciona como uma lente para observar como contextos adversos moldam identidades, sonhos e traumas das juventudes. Assim, o candidato poderia desenvolver:
- impactos da violência política na formação dos jovens;
- sensação de instabilidade afetiva e emocional;
- repressão de direitos, liberdades e expressões juvenis;
- resistência, solidariedade e desejo de transformação.
2. Textos sociológicos sobre juventude: múltiplas realidades, múltiplos desafios
Os textos motivadores reforçaram que:
- juventude é uma categoria social em constante transformação;
- existem “juventudes”, não uma juventude única;
- condições políticas e sociais moldam oportunidades, expectativas e identidades;
- desigualdades influenciam acesso, voz, participação e segurança.
Assim, o candidato precisava analisar como:
- desigualdade social e territorial afetam juventudes de maneira diferente;
- políticas públicas (ou sua ausência) impactam oportunidades;
- violência urbana, racismo e machismo atravessam jovens de forma desigual;
- mudanças tecnológicas influenciam participação política e autoconceito.
O segredo era articular as perspectivas sociais do texto com a sensibilidade literária de As Meninas.

Argumentos possíveis para desenvolver na redação
1. Juventudes e desigualdades estruturais
Desigualdades econômicas, raciais e territoriais moldam experiências juvenis, influenciam pertencimento e criam barreiras para educação, cultura, trabalho e participação política.
2. Juventudes e instabilidade política
Ciclos de crise institucional geram medo, desinformação e incerteza quanto ao futuro, especialmente para jovens em situação de vulnerabilidade.
3. Juventudes e violência física/digital
A juventude brasileira é um dos grupos mais afetados por violência policial, violência de gênero, violência urbana e ataques digitais — fenômenos que influenciam autoestima, inclusão e projeto de vida.
4. Juventudes e resistência
Apesar dos desafios, a juventude é protagonista histórica de movimentos culturais, políticos e sociais; transforma linguagens e mobiliza tecnologias para criar novas formas de resistência.
Repertórios socioculturais possíveis
- As Meninas (obra central da prova)
- Estatuto da Juventude (Lei 12.852/2013)
- Paulo Freire — educação como prática da liberdade
- Jessé Souza — desigualdade estrutural no Brasil
- Zygmunt Bauman — modernidade líquida e incertezas
- Conceito de “juventudes” de Quiroga e Alvin
- Cultura digital e disputas narrativas contemporâneas
Todos esses repertórios permitem aprofundar a tese e aplicar a coletânea de maneira produtiva.
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CONCLUSÃO
Conclui-se que o tema do PAES UEMA 2026, “Os cenários político-sociais e seus impactos na vida das juventudes brasileiras”, representa uma oportunidade rara para que o candidato demonstre não apenas seu domínio do texto dissertativo-argumentativo, mas sobretudo sua capacidade de compreender as múltiplas camadas que atravessam a realidade social do jovem no Brasil. Ao articular o romance As Meninas com as análises sociológicas apresentadas na coletânea, a prova convidou o estudante a refletir, com profundidade, sobre como instabilidades políticas, desigualdades estruturais, transformações culturais e crises sociais impactam diretamente trajetórias juvenis, expectativas de futuro e processos identitários.
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