CNU 2025: Quais foram os temas das provas discursivas? Guia completo bloco por bloco

CNU 2025

A FGV divulgou oficialmente, nesta segunda-feira (8), os cadernos das provas discursivas e da redação do Concurso Nacional Unificado (CNU 2025).  Como já era esperado, cada bloco temático recebeu um tema específico, alinhado ao edital, às políticas públicas atuais e aos desafios estruturais do Estado brasileiro.

Se você prestou o CNU ou está se preparando para próximas edições, entender o que efetivamente caiu é essencial, tanto para revisar seu desempenho quanto para antecipar padrões da banca.

Este post reúne, de forma clara e organizada, todos os temas cobrados nos nove blocos da prova discursiva.
A seguir, você confere um resumo completo dos assuntos exigidos em cada área antes de avançarmos bloco por bloco na análise detalhada.

Temas das provas discursivas do CNU 2025 — Bloco por Bloco

Abaixo, você encontra os temas oficiais, exatamente como foram apresentados pela banca.

Bloco 1 — Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social)

Tema:
Democracia é Saúde:
participação social, equidade nas políticas públicas e os desafios relacionados aos desastres climáticos, com foco em equidade e intersetorialidade.

Bloco 2 — Cultura e Educação

Tema:
Inclusão Digital e Políticas Públicas de Cultura: como garantir acesso, participação e diversidade cultural no ambiente digital.

Bloco 3 — Ciências, Dados e Tecnologia

Tema:
Impactos das Novas Tecnologias nas Esferas Econômicas e Sociais: o avanço tecnológico e suas repercussões no trabalho, na economia e na vida em sociedade.

Bloco 4 — Engenharias e Arquitetura

Tema:
Planejamento e Integração de Projetos de Infraestrutura Pública: com foco em saneamento básico, acessibilidade, sustentabilidade e cumprimento das normas técnicas e legais.

Bloco 5 — Administração

Tema:
Emendas Parlamentares e Comunicação Pública: transparência, critérios de alocação e o papel da comunicação institucional na administração pública.

Bloco 6 — Desenvolvimento Socioeconômico

Tema:
Mercado de Trabalho e Extensão Rural: desafios contemporâneos da formação profissional, inclusão produtiva e apoio ao desenvolvimento regional.

Bloco 7 — Justiça e Defesa

Tema:
Direito Internacional e Segurança Pública: princípios do Direito Internacional Público e Humanitário, funcionamento do SUSP e diretrizes da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS).

Bloco 8 — Nível Intermediário – Saúde

Tema da Redação:
Ocupações Irregulares nas Grandes Cidades: impactos na saúde pública e responsabilidades do Estado na prevenção, controle e mitigação dos riscos.

Bloco 9 — Nível Intermediário – Regulação

Tema da Redação:
Mobilidade Urbana e Transporte Coletivo: o papel do Estado na implantação, expansão e popularização de sistemas de transporte público de qualidade e a atuação das agências reguladoras.

O que caiu no BLOCO 1 – Seguridade Social?

O Bloco 1 trouxe duas questões discursivas longas, densas e 100% interdisciplinares, exigindo:

  • domínio de políticas sociais,
  • participação e controle social,
  • SUS e SUAS,
  • equidade,
  • gestão democrática,
  • justiça climática,
  • intersetorialidade.

Foram temas extremamente alinhados com o núcleo do bloco:
interseção entre saúde, assistência social, democracia e enfrentamento das desigualdades.

A seguir, você verá cada questão separadamente, com análise completa.

QUESTÃO 1 — “Democracia é Saúde” e a participação social no SUS e SUAS

 O que a questão pedia exatamente? A FGV solicitou um texto dissertativo-argumentativo respondendo a três eixos:

1) Explicar COMO a participação da comunidade contribui para:

  • efetivação das políticas,
  • controle social,
  • monitoramento,
  • equidade na gestão democrática do SUS e SUAS.

E precisava mencionar os mecanismos institucionais, como:

  • Conselhos de Saúde e de Assistência,
  • Conferências,
  • Ouvidorias,
  • Mesas de negociação,
  • Participação comunitária nos territórios (CRAS/UBS).

2) Escolher UMA política pública ligada ao seu núcleo profissional

e mostrar como ela incorpora participação social.

Exemplos possíveis (qualquer um seria aceito se bem explicado):

  • Política Nacional de Humanização (PNH).
  • Política de Atenção Básica.
  • Política Nacional de Assistência Social (PNAS).
  • Política de Saúde Mental (RAPS).
  • Política de Vigilância em Saúde.

Era essencial demonstrar:

  • mecanismos de participação,
  • espaços coletivos de decisão,
  • como a comunidade ajuda a formular, fiscalizar e avaliar.

3) Apresentar DOIS exemplos concretos de ações participativas

Exemplos possíveis:

  • Conferências municipais/estaduais/nacionais.
  • Conselhos paritários com participação de usuários.
  • Grupos de controle social do SUAS.
  • Audiências públicas locais para priorização de ações.
  • Orçamento participativo em saúde.
  • Pactuação intergestores (CIT/CIB) com representação social.
  • Ouvidoria SUS como ferramenta de equidade.

Cada exemplo deveria funcionar como evidência da relação entre democracia, equidade e cidadania.

📥 Clique aqui e veja o tema completo em PDF (baixar).

QUESTÃO 2 — Equidade, Justiça Climática e integração SUS + SUAS em desastres

 O que a questão pedia exatamente?Três partes:

1) Analisar a relação entre equidade e justiça social nas políticas de saúde e assistência social

O candidato precisava:

  • Explicar equidade segundo Perelman (justiça concreta).
  • Relacionar com justiça social → redução das desigualdades.
  • Aplicar aos sistemas: SUS e SUAS → atendimento diferencial aos mais vulneráveis.
  • Citar determinantes sociais da saúde.

2) Explicar a importância da intersetorialidade SUS + SUAS na gestão de desastres climáticos

E apresentar DOIS exemplos práticos, como:

  • Ações conjuntas em abrigos provisórios.
  • Articulação da vigilância epidemiológica com proteção social.
  • Mapeamento de grupos vulneráveis (idosos, crianças, pessoas com deficiência).
  • Encaminhamento prioritário de famílias para CRAS/CREAS.
  • Vacinação, saúde mental e apoio psicossocial.
  • Distribuição de água potável e kits de higiene.
  • Cadastro Único em situação de calamidade.

A FGV queria ver que o candidato entende:

  • desastres aumentam desigualdades,
  • políticas precisam se integrar,
  • equipes multiprofissionais são essenciais.

3) Indicar DOIS desafios para promoção da equidade em ações do SUS e SUAS

Exemplos possíveis:

  • Desigualdade territorial (Norte e Nordeste mais vulneráveis).
  • Infraestrutura insuficiente de vigilância climática.
  • Falta de integração entre órgãos públicos.
  • Subfinanciamento crônico.
  • Déficit de profissionais qualificados.
  • Falhas no mapeamento das populações em risco.
  • Baixa participação social nos planos de contingência.

Era preciso justificar cada desafio com argumentos coerentes.

BLOCO 2 – CULTURA E EDUCAÇÃO: o que caiu no CNU?

O Bloco Temático 2 avalia sua capacidade de analisar desigualdades culturais e digitais, compreender políticas de inclusão, interpretar dados, mobilizar teorias de referência e propor estratégias fundamentadas na sua área de formação.

As duas questões do bloco articulam:

  • Inclusão digital
  • Capacidades humanas (Amartya Sen)
  • Conectividade significativa
  • Desigualdade territorial no acesso à cultura
  • Política Nacional de Cultura Viva (PNCV)

São questões que exigem análise crítica, exemplos e proposta viável.

QUESTÃO 1 — Inclusão Digital e Capacidades Humanas

O que a banca queria avaliar?

A questão avalia se você entende:

  1. Como “conectividade significativa” amplia as capacidades humanas de Amartya Sen
    (liberdade de agir, de acessar serviços, de se emancipar).
  2. Quais fatores estruturais dificultam a inclusão digital no Brasil
    (infraestrutura, renda, escolaridade, desigualdade territorial, barreiras culturais).
  3. Se você consegue propor uma ação da sua área de formação que amplie liberdades reais, e não apenas ofereça meios técnicos.

Como responder (estrutura esperada)

1. Explicação conceitual articulada – conectividade significativa + Sen

  • Conectividade significativa ≠ apenas ter internet.
  • É a capacidade real de usar serviços digitais que ampliem liberdades.
  • Relaciona-se ao conceito de Sen porque liberdades instrumentais → ampliam liberdades substantivas.

Exemplo concreto que deve aparecer:

  • Pessoa que tem internet apenas para entretenimento não amplia capacidades.
  • Mas alguém com conectividade significativa consegue acessar serviços públicos online, cursos, oportunidades de emprego, serviços financeiros, saúde digital etc.

2. Dois fatores que dificultam o alcance da conectividade significativa
Você poderia selecionar, por exemplo:

  • Desigualdade territorial (zonas rurais e periferias com infraestrutura precária).
  • Baixa renda e falta de equipamentos adequados.
  • Baixa escolaridade digital (letramento digital insuficiente).
  • Custos elevados de dados móveis.

3. Proposta de ação fundamentada na sua área de formação
A banca quer:
✔ Uma ação clara
✔ Justificativa técnica
✔ Relação com as capacidades humanas

Exemplos possíveis:

  • Programa escolar de letramento digital crítico.
  • Capacitação comunitária para uso de serviços públicos digitais.
  • Políticas municipais de pontos de Wi-Fi público com formação digital integrada.
  • Criação de plataformas acessíveis para assistência social.

A banca avalia → clareza, fundamentação, impacto social e capacidade de argumentação.

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QUESTÃO 2 — Desigualdades no Acesso à Cultura e Cultura Viva

O que a banca queria avaliar?

A questão exige que você:

  1. Compare dois modelos diferentes de acesso à cultura

Texto I: acesso físico a equipamentos culturais (museus, cinemas, teatros).

Texto II: acesso comunitário e territorializado via Pontos e Pontões de Cultura.

  1. Analise como a PNCV democratiza a cultura

Valorização dos coletivos comunitários.

Participação social.

Descentralização territorial.

Reconhecimento das expressões locais.

  1. Explique como os Pontos e Pontões fortalecem políticas inclusivas
    • Apoiam coletivos populares.
    • Preenchem vazios territoriais.
    • Funcionam como política participativa complementar ao acesso institucional tradicional.

A banca quer ver interpretação crítica + visão de política pública cultural.

Para treinar exatamente como a banca FGV exige:
📥 Clique aqui para baixar o PDF da questão completa (ideal para estudo).

BLOCO 3 – CIÊNCIAS, DADOS E TECNOLOGIA: O que caiu no CNU 2025?

O Bloco 3 explorou revoluções tecnológicas, os ciclos de inovação descritos por Carlota Pérez, a bolha da IA, mercado de trabalho digital, regulação estatal, estratégias de soberania digital e Governo Digital.

As duas questões pedem análise crítica, conexão teórica e proposta de ação sólida — exatamente o tipo de cobrança clássica da FGV.

 QUESTÃO 1 — IA, frenesi tecnológico e impactos socioeconômicos

O que a banca pediu nesta questão?

A questão cobra três movimentos:

1. Identificar duas características da fase “frenesi” presentes no atual boom da IA

Segundo Carlota Pérez, o frenesi é marcado por:

  • supervalorização financeira das tecnologias emergentes;
  • desvinculação entre economia real e capital financeiro;
  • formação de bolhas especulativas;
  • discurso de otimismo extremo + desprezo pela regulação;
  • aumento da desigualdade.

O Texto II mostra isso claramente:

  • Riqueza concentrada em poucas empresas (Amazon, Nvidia, Oracle).
  • Crescimento explosivo no mercado acionário sem retorno real proporcional.
  • Incerteza sobre receitas efetivas → risco de bolha.

A banca esperava que o candidato articulasse teoria + evidências do texto.

2. Citar e caracterizar um impacto da expansão acelerada da IA no mundo do trabalho

Com base no Texto III e na sua formação, os impactos possíveis incluem:

  • Substituição de tarefas cognitivas complexas antes exclusivas dos humanos.
  • Desigualdade crescente entre trabalhadores qualificados e não qualificados.
  • Redução da participação da renda do trabalho.
  • Risco de deslocamento ocupacional (não só em tarefas rotineiras).
  • Ampliação da exclusão digital.

A resposta precisava mostrar domínio do conceito + exemplificação.

3. Propor uma política pública para mitigar os efeitos negativos

A banca buscava propostas regulatórias viáveis, como:

  • Marco regulatório para IA com foco em transparência, segurança e uso ético.
  • Política de requalificação profissional em larga escala.
  • Incentivo estatal à criação de empregos em áreas complementares à IA.
  • Fortalecimento de infraestrutura digital para reduzir desigualdades regionais.
  • Programas públicos de capacitação em competências digitais avançadas.

O candidato precisava explicar como essa política reduz danos e favorece equilíbrio entre inovação e justiça social.

 QUESTÃO 2 — Governo Digital e Soberania de Dados

O que a banca pediu nesta questão?

A estrutura exigida foi:

1. Selecionar duas categorias de soberania digital e avaliar sua relação com os princípios da EFGD

As quatro categorias possíveis (Texto II) são:

  1. Segurança Nacional e Defesa do Estado de Direito
  2. Autonomia econômica e tecnológica
  3. Autonomia dos usuários e autodeterminação individual
  4. Proteção da identidade e diversidade sociocultural

O candidato deveria escolher duas e analisar:

  • Como os princípios da EFGD (centrado no cidadão, seguro, integrado, transparente, inovador etc.) ajudam ou não a promover cada categoria?

Exemplos de análises esperadas:

  • Segurança nacional → alinhada ao princípio de “governo confiável e seguro”.
  • Autonomia dos usuários → alinhada ao princípio de “governo centrado no cidadão”.
  • Autonomia tecnológica → depende de inovação e redução da dependência externa, mas a EFGD ainda é insuficiente.
  • Proteção cultural → articulada com governo participativo e inclusivo.

A resposta precisava comparar teoria e prática.

2. Criar uma proposta de ação para fortalecer a soberania digital

A banca esperava propostas concretas, como:

  • Desenvolvimento nacional de plataformas públicas de dados.
  • Programa de capacitação massiva em segurança digital.
  • Infraestrutura própria para nuvens governamentais.
  • Regulamentação firme sobre armazenamento de dados sensíveis fora do país.
  • Política nacional de inovação para reduzir dependência tecnológica estrangeira.

Importante: a proposta deve ser coerente com a categoria considerada mais crítica.

3. Discutir a viabilidade da proposta

A banca avaliou se você conseguia analisar:

  • instituições envolvidas (CGU, MGI, defesa cibernética, ministérios, universidades);
  • marco legal já existente (LGPD, EFGD, Decreto 12.198/2024);
  • desafios tecnológicos (dependência de big techs, falta de infraestrutura nacional);
  • condições científicas e industriais do Brasil.

O candidato precisava demonstrar visão sistêmica, exatamente como a FGV espera.


📥 Clique aqui para baixar o PDF do tema completo para estudo.

BLOCO TEMÁTICO 4 – ENGENHARIA E ARQUITETURA

O que caiu, como responder e quais caminhos argumentativos eram esperados

 O que caiu no Bloco 4 – Questão 1?

Tema central: Compatibilização interdisciplinar, acessibilidade, cargas estruturais e coordenação de projetos em edificações públicas.

A questão apresentou três bases normativas indispensáveis:

  • Lei 10.098/2000 – define acessibilidade e tipos de barreiras.
  • NBR 9050/2020 – trata das exigências técnicas para acessibilidade (rampas, desníveis, inclinações).
  • NBR 6120/2019 – define ações permanentes e variáveis consideradas no cálculo estrutural.

Em seguida, trouxe um caso prático: a criação de um desnível de 50 cm em uma laje maciça de um museu público para embutimento de instalações prediais.

A partir disso, o candidato deveria articular engenharia, arquitetura, acessibilidade e gestão integrada, respondendo de forma argumentativa e técnica.

O que caiu no Bloco 4 – Questão 2?

Tema central: Funções do saneamento básico, desigualdades regionais e modelos de prestação de serviços.

A questão trouxe:

  • Dados oficiais do Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026/2020)
  • Metas até 2033 (99% água / 90% esgoto)
  • Mapa mostrando déficit por região

 Clique aqui e treine com o PDF completo da questão 2 do Bloco 4, no mesmo formato da FGV.

BLOCO TEMÁTICO 5 – ADMINISTRAÇÃO: O que caiu na prova discursiva do CNU 2025?

O Bloco 5 abordou dois eixos centrais da Administração Pública contemporânea:

  1. orçamento público, governança e parcerias com OSCs, e
  2. comunicação pública digital em ambientes de redes sociais, com foco em riscos, ética e estratégias institucionais.

A FGV exigiu do candidato visão sistêmica, domínio técnico e capacidade de articular normas legais, gestão pública e impacto social.

O que caiu no Bloco 5 – Questão 1?

Tema central: Emendas parlamentares, governança orçamentária e parcerias com OSCs (Lei 13.019/2014 – MROSC).

A questão contextualiza o cenário atual:

  • Crescimento exponencial das emendas parlamentares (valor 4,6 vezes maior que o triênio anterior).
  • Ampliação do protagonismo do Congresso na alocação de recursos.
  • Importância de mecanismos de governança, transparência e critérios de execução, sobretudo quando recursos são destinados a OSCs.

A partir disso, a FGV pediu um texto articulando orçamento público, regulações do MROSC e estratégias institucionais.

O que caiu no Bloco 5 – Questão 2?

Tema central: Comunicação pública digital, ética e transparência em ambientes de redes sociais.

A questão apresentou:

  • O crescimento do CanalGov nas plataformas digitais.
  • O uso de linguagem informal, memes e formatos populares para explicar políticas públicas.
  • A necessidade de conciliar atração + credibilidade institucional.

O candidato precisava articular comunicação pública, ética, linguagem simples e governança.

🎥 Clique aqui para baixar o PDF do bloco 5

BLOCO TEMÁTICO 6 — DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO: o que caiu na prova discursiva do CNU 2025?

O bloco analisou duas temáticas essenciais para o desenvolvimento brasileiro:

  1. Mercado de trabalho: paradoxos recentes, informalidade, proteção social.
  2. Sistema nacional de inovação agropecuária: pesquisa, extensão rural, Embrapa, produtividade e parcerias tecnológicas.

A FGV exigiu um candidato capaz de articular dados, contexto histórico, políticas públicas e compreensão institucional.

 O que caiu no Bloco 6 — Questão 1?

Tema: Evolução do mercado de trabalho no Brasil (2021–2025), informalidade, seguro-desemprego e políticas assistenciais.

A banca partiu de três elementos:

Texto I → Indicadores positivos: queda do desemprego, aumento da renda, ampliação de transferências.
Texto II → Mudança de comportamento entre jovens: rejeição à CLT e preferência por trabalhos flexíveis.
Texto III → Gráfico mostrando:

  • Queda brusca da taxa de desocupação (14,4% → 6,5%).
  • Aumento dos requerimentos de seguro-desemprego (480 mil → 671,5 mil).

O candidato deveria articular esses dados para explicar o “paradoxo”.

O que caiu no Bloco 6 — Questão 2?

Tema: Sistema nacional de inovação agropecuária, Embrapa, pesquisa e extensão rural.

A FGV explorou um dos casos mais bem-sucedidos de política pública no Brasil: a transformação agrícola baseada em ciência, inovação e políticas de Estado.

Clique para baixar o PDF completo do bloco 6.
 

Conclusão Geral do Bloco 6

A prova exigiu uma compreensão madura da economia brasileira:

  • Um mercado de trabalho em transformação estrutural.
  • Tensões entre informalidade, produtividade e políticas assistenciais.
  • Importância estratégica das instituições de pesquisa agrícola.
  • Articulação entre ciência, tecnologia, setor produtivo e Estado.

O candidato ideal deveria demonstrar capacidade analítica + domínio técnico + conexão entre políticas públicas e desenvolvimento socioeconômico.
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BLOCO TEMÁTICO 7 — JUSTIÇA E DEFESA (FGV – Nível Superior): o que caiu?

O Bloco 7 apresentou duas questões dissertativas-argumentativas, porém com naturezas diferentes, exigindo do candidato:

  1. Interpretação jurídico-internacional (jus ad bellum, jus in bello, Estatuto de Roma, Carta da ONU).
  2. Interpretação constitucional-administrativa (SUSP, PNSPDS, competências federativas, Guardas Municipais).

Ou seja: é um bloco híbrido, técnico e teórico, no qual a FGV espera capacidade de:

  • ✔ interpretar normas internacionais e constitucionais
  • ✔ analisar conflitos armados sob critérios objetivos
  • ✔ explicar princípios, instrumentos e estruturas do sistema de segurança pública
  • ✔ diferenciar níveis federativos e suas atribuições
  • ✔ estruturar respostas comparativas, com fundamentação institucional

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QUESTÃO 1 — Direito Internacional Público e Humanitário

A FGV buscou medir:

  • domínio conceitual entre jus ad bellum (uso legítimo da força) e jus in bello (condução da guerra)
  • capacidade de identificar violação ou não violação em cada caso
  • interpretação de crimes internacionais previstos no Estatuto de Roma
  • avaliação do papel do Conselho de Segurança e dos mecanismos da ONU
  • diferenciação entre crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio

QUESTÃO 2 — SUSP, PNSPDS e Guardas Municipais

Esta questão exigia:

  • compreensão da Política Nacional de Segurança Pública
  • diferenciação entre princípios e diretrizes
  • classificação correta de órgãos federais e estaduais
  • entendimento das limitações constitucionais das Guardas Municipais
  • capacidade de explicar o papel do município na segurança pública

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BLOCO 8 — Tudo o que caiu na redação da FGV (CNU 2ª edição)

O Bloco 8 reúne temas relacionados a:

  • Saúde e realidade brasileira
  • Urbanização, migração, condições de vida
  • Determinantes sociais da saúde
  • Organização do território e políticas públicas

Ou seja: é o bloco que integra sociedade + território + saúde pública + políticas estatais.

A redação cobrou exatamente isso.

O que a FGV cobrou no Bloco 8?

A banca apresentou:

  • Artigos constitucionais sobre política urbana (Art. 182) e saúde (Art. 196)
  • Histórico das migrações internas e urbanização
  • Charge sobre Covid-19 nas favelas
  • Texto sobre novos determinantes sociais da saúde nas cidades

E pediu que o candidato:

1) Analisasse a relação entre:

  • migração → ocupação irregular → problemas de saúde agravados.

2) Discutisse o papel das autoridades públicas e apresentasse ações concretas.

Ou seja, não era apenas “falar sobre saúde”.
A FGV queria um olhar analítico + técnico + político, articulando:

  • Constituição
  • Urbanização histórica
  • Determinantes sociais
  • Políticas públicas integradas

Como o candidato deveria estruturar a resposta?

A FGV esperava três movimentos:

✔ Contextualização histórica

Referência ao processo acelerado de urbanização e migração (Texto II).

✔ Apresentação do problema

Explicar que a falta de planejamento urbano leva a ocupações irregulares, que, por sua vez, criam vulnerabilidades sanitárias.

✔ Tese clara

A tese precisava articular:

  • Urbanização desordenada
  • Impactos diretos na saúde (Texto IV e charge)
  • Necessidade de políticas públicas integradas (Art. 182 e Art. 196)

Desenvolvimento 1 — A análise exigida pela banca

A FGV exigiu uma relação causal, não apenas descrição.
O aluno precisava mostrar que compreendeu o encadeamento:

✔ (a) Migração → adensamento urbano → ocupação irregular

A partir do Texto II.

✔ (b) Como isso gera problemas de saúde

Usando evidências da charge e do Texto IV:

  • ausência de saneamento
  • falta de água
  • doenças infecciosas
  • saúde mental
  • circulação de vírus em áreas densamente ocupadas

A charge deveria ser usada como prova visual do determinante social.

✔ (c) Articulação com a Constituição

A banca esperava que o aluno ativasse:

  • Art. 182 (função social da cidade)
  • Art. 196 (direito universal à saúde)

Isso mostra maturidade argumentativa — exatamente o que a FGV premia.

 3. Desenvolvimento 2 — O que eram as “ações concretas” esperadas

O candidato não podia ser genérico.
A FGV queria políticas públicas reais, alinhadas com o que existe no Brasil.

As ações esperadas eram:

✔ Urbanização de favelas

Saneamento, drenagem, pavimentação, equipamentos urbanos.

✔ Ampliação de acesso à água

Programas federais + políticas municipais, essenciais após a charge do Texto III.

✔ Estratégia Saúde da Família

Atenção primária como porta de entrada das áreas vulneráveis.

✔ Regularização fundiária

Para reduzir risco, ampliar serviços e melhorar indicadores urbanos.

✔ Integração intersetorial

O aluno precisava demonstrar que saúde depende de:

  • habitação
  • mobilidade
  • saneamento
  • assistência social
  • planejamento urbano

Isso é o coração da questão: a FGV queria ver visão sistêmica.

 4. Conclusão — O que o avaliador buscava

A conclusão precisava:

✔ Retomar o problema (ocupação → vulnerabilidade sanitária)

✔ Defender a ação estatal como coordenadora das políticas urbanas e de saúde

✔ Indicar impactos esperados:

  • redução de desigualdades
  • melhoria das condições de vida
  • promoção da saúde coletiva
  • garantia do direito à cidade

Nada de solução nova — apenas fechamento coerente.

Resumo do que a FGV queria no Bloco 8

EtapaO que era esperado
IntroduçãoContexto urbano + migração + tese articulada com saúde
D1Relação causal completa + Constituição + determinantes sociais
D2Políticas públicas reais, intersetoriais e viáveis
ConclusãoSíntese + reforço da responsabilidade estatal

Esse era o padrão máximo de desempenho.

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BLOCO 9 – O que caiu na redação de Mobilidade Urbana (FGV – CNU 2ª edição – Nível intermediário)

O Bloco 9 reúne conteúdos sobre:

  • Mobilidade urbana
  • Políticas públicas
  • Acesso a serviços
  • Qualidade de vida
  • Regulação estatal
  • Diretrizes legais (Lei 12.587/2012)

É um bloco voltado para políticas urbanas, transporte coletivo, planejamento e regulação,  exatamente o que apareceu na redação.

O QUE A FGV COBROU NA REDAÇÃO DO BLOCO 9?

A banca entregou:

  • ✔ Textos legais (Lei 12.587/2012) sobre mobilidade, objetivos, inclusão, acesso e gestão democrática.
  • ✔ Dados sobre tempo perdido no trânsito (Texto II).
  • ✔ Análises críticas de especialistas (Texto III) sobre falhas estruturais no transporte coletivo.
  • ✔ Discussão sobre ausência de regulação e gargalos institucionais (Texto IV).

E pediu que o candidato:

  1. Debatesse o papel do Estado na implantação e popularização do transporte coletivo de qualidade.
  2. Apresentasse uma ação concreta a ser promovida por agências reguladoras.

Ou seja, a FGV queria:

👉 compreensão legal
👉 visão crítica de políticas públicas
👉 análise setorial
👉 proposta viável e institucionalmente correta

Baixe o PDF com o tema completo

COMO DEVERIA SER A ESTRUTURA DA RESPOSTA (O QUE ERA ESPERADO)

1. INTRODUÇÃO 

A banca esperava:

✔ Problematização objetiva

Começando pela crise de mobilidade no Brasil e seu impacto social.

✔ Uso rápido de dado do Texto II

Ex.: “25% dos brasileiros gastam mais de 2 horas diárias no trânsito.”

✔ Apresentação do problema central

Atrasos, perda de produtividade, exclusão social, modelo urbano defasado.

✔ Tese

Uma tese articulando:

  • papel do Estado ✔
  • transporte coletivo ✔
  • necessidade de regulação ✔

2. DESENVOLVIMENTO 1 – O PAPEL DO ESTADO (o que a FGV queria)

Aqui o candidato deveria:

✔ Usar a Lei 12.587/2012 (Texto I)

Art. 7º — reduzir desigualdades, inclusão, acessibilidade.

✔ Usar análise dos especialistas (Texto III)

Escolher uma das críticas:

  • transporte coletivo nunca foi prioridade
  • queda de passageiros
  • aumento de aplicativos
  • transporte tratado como “coisa de pobre”

✔ Apontar falhas históricas

Falta de investimento; ausência de prioridade orçamentária; planejamento deficiente.

✔ Conectar com política pública

A FGV esperava que o candidato explicasse:

  • que o Estado deve financiar
  • estruturar sistemas integrados
  • garantir tarifa justa
  • priorizar ônibus, metrôs, VLT, corredores exclusivos
  • promover inclusão social via transporte

Esse bloco era fundamental para pontuar alto.

3. DESENVOLVIMENTO 2 – AÇÃO DAS AGÊNCIAS REGULADORAS (o ponto-chave)

A banca NÃO queria “criar uma agência do zero”, mas:

✔ Explicar por que a regulação é necessária

Segundo Texto IV:

  • só 4 estados têm agências especializadas
  • gargalos de atuação
  • ausência de fiscalização adequada
  • falta de parâmetros de qualidade
  • contratos mal acompanhados

✔ Propor uma ação concreta

A FGV queria algo implementável, como:

  • criação de padrões mínimos de qualidade
  • auditorias periódicas das empresas de transporte
  • monitoramento digital de frota e frequência
  • metas obrigatórias para tempo de espera
  • transparência tarifária
  • penalidades por descumprimento de contratos
  • integração multimodal regulada

✔ Justificar a ação

Exemplo de justificativa que a banca premiaria:

“A regulação contínua garante previsibilidade, reduz assimetrias de informação e assegura que o transporte coletivo opere com eficiência e qualidade, fortalecendo o direito social ao transporte.”

4. CONCLUSÃO (o que era esperado)

A conclusão deveria:

  • retomar o debate central (mobilidade + desigualdades + Estado)
  • afirmar que mobilidade é direito social
  • reforçar a necessidade de regulação especializada
  • indicar impacto positivo: inclusão, produtividade, acesso a oportunidades

Nada mirabolante.
Apenas fechamento coerente e tecnicamente alinhado.

CONCLUSÃO FINAL: O QUE A REDAÇÃO DO CNU 2025 NOS ENSINOU

A redação do CNU 2025 consolidou o que já vínhamos observando em suas edições anteriores: trata-se de uma prova que exige análise crítica, domínio conceitual, leitura institucional e capacidade de formular soluções tecnicamente viáveis. Cada bloco temático cobrado trouxe uma faceta distinta do Estado brasileiro e da vida em sociedade, obrigando o candidato a articular conteúdo jurídico, histórico, econômico, urbano e social em uma resposta coesa.

Nos blocos iniciais, a banca evidenciou a importância de compreender as funções do Estado, a administração pública e os desafios federativos, reforçando que o serviço público atua em múltiplos níveis para garantir direitos. Nos blocos centrais, surgiram temas relacionados à modernização, tecnologia, inovação, ordenamento urbano, infraestrutura, mercado de trabalho, desigualdades e políticas sociais — sempre conectados a legislações específicas, dados oficiais e análises técnicas, demonstrando que a FGV espera do candidato muito mais do que opinião: ela espera interpretação, diagnóstico e proposta estruturada.

Os blocos avançados, como os de saúde, migrações internas, ocupações irregulares e mobilidade urbana, evidenciaram o que já é marca registrada do CNU: um enfoque interdisciplinar que combina direito constitucional, políticas públicas, urbanismo, planejamento, saúde coletiva, bem-estar e regulação. Ao pedir análises comparativas, diagnóstico causal e ações concretas, a banca reafirmou que o candidato aprovado precisa compreender o funcionamento do Estado para além da teoria, reconhecendo sua função social e sua responsabilidade na implementação de políticas eficazes.

E, finalmente, o conjunto da prova mostra que não basta escrever bem: é preciso escrever com método, conectar textos motivadores, articular fundamentos legais, explicar fenômenos sociais e propor soluções factíveis nos marcos institucionais brasileiros. O CNU não cobra criatividade solta. Cobra técnica, precisão e maturidade analítica.

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