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Cerca de 3,5 milhões de crianças e adolescentes brasileiros, com idade entre 9 e 17 anos, isto é, em idade escolar, nunca acessaram a internet em suas vidas e, em 2015, cerca de 6 milhões não estavam conectados à rede – 20% da população dessa faixa etária. Os dados são da pesquisa TIC Kids Online Brasil 2015, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) com a finalidade de investigar o acesso e uso das TIC (Novas Tecnologias de Informação e Comunicação) entre os jovens do País. O levantamento apontou a desigualdade socioeconômica como um entrave para a inclusão digital. No Brasil, enquanto 97% dos jovens da classe AB são usuários de Internet e 85% da classe C, apenas 51% das crianças e adolescentes da classe DE têm acesso à rede.Fonte: http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/desigualdade-social-e-entrave-parainclusao-digital/Exemplo Tema – Tecnologia une ou separa classes sociais?
Na Constituição Federal promulgada em 1988, assegura à todos os indivíduos ao direito à educação, como também, a vida de qualidade. Entretanto, tal prerrogativa não tem reverberado com ênfase quando se observa a separação que a tecnologia causa nas na sociedade brasileira e, por consequência, acentuando ainda mais a desigualdade social no pais. Nesse sentido, a falta de internet causa desigualdade educacional e, consequentemente, catalisa a exclusão social.Em primeiro lugar, é válido ressaltar que, em 2020, por conta da pandemia do COVID-19, os jovens e crianças tiveram que estudar remotamente, pois, o mundo estava passando pelo processo de isolamento social e, por conseguinte, grande parcela desse jovens desistiram de estudar por não obter acesso à tecnologia. À respeito disso, de acordo com o Instituto Nacional de Geografia e Estatística, que o terceiro trimestre de 2020, a taxa de evasão escolar foi de 4,25%, cerca de 128% a mais do que no ano de 2019. Sob essa óptica, é explícito que a pandemia agravou negligência governamentais que estava presente na sociedade, como a desigualdade educacional relacionada as pessoa em situação de pobreza, por exemplo, o pedido de isenção de taxa e inscrição para realizar a prova do Exame Nacional do Ensino Médio é possível somente pela internet, assim, os indivíduos que não obter acesso não faz a prova, desse modo, retira essa oportunidade para as pessoas de classe baixa ingressar em uma faculdade. Logo, a tecnologia separa, ainda mais, a sociedade em camadas sociais.Ademais, cabe salientar que a falta de acesso a tecnologia catalisa mazelas sociais no Brasil, por exemplo, a diminuição das proposta de emprego para pessoas que não possui internet, visto que, por conta da globalização, à tecnologia tornou-se fundamental para o avanço econômico e social no Mundo, logo, contribuindo para a exclusão social no pais. À vista disso, de acordo com escritor Hani Hazine, “a consequência da globalização é a exclusão dos pobres, a inclusão da classe média e a reclusão para os ricos”. Sob essa óptica, a tecnologia na contemporaneidade está presente no cotidiano, como nas relações sociais ou pagar uma dívida, assim, os indivíduos tornaram dependentes da telecomunicação. Desse modo, não obter acesso à tecnologia é ser excluído por completo da sociedade brasileira.Fica claro, portanto, que a tecnologia separa todas as camadas sociais no Brasil. Desse modo, cabe ao Ministério da Educação deve criar um portal telefônico para cidadãos que não tem acesso à internet fazer o pedido de isenção e a inscrição para realizar a prova do ENEM, como também, disponibilizar apostilas gratuitamente nas instituições de ensino para os jovens obter a oportunidade de estudar para concluir uma faculdade, por meio de investimentos maiores na área da educação para proporcionar um estudos de qualidade para os estudantes de escolas públicas, com o objetivo de incluir as pessoas que não possui acesso à tecnologia, ou seja, a classe pobre do Brasil. Por fim, as prerrogativas ressaltadas na Constituição Federal estará sendo reverberado com ênfase.