A fase infantil, é, sem dúvidas, um dos maiores despertar da fascinação alheia, especialmente a parental. São milhões de momentos que os pais e familiares desejam registrar, sejam em fotos, vídeos ou áudios. Se levarmos em consideração apenas esses atos, não existem quaisquer inibições acerca do assunto. No entanto, o perigo surge quando a imagem dessas crianças circula pela internet, muitas vezes compartilhada pela própria família. Uma vez que a exposição de uma criança ocorre no mundo online, o caminho para milhões de desconhecidos está aberto, podendo acessá-las, usar sua imagem para relizar crimes de identidade, pedofilia e diversos outros riscos. Em partida contra a exploração infantil, faz-se necessário o rompimento dessa prática.
Primeiramente, devemos relembrar que durante o crescimento humano, as crianças são as que sempre estarão em dominío de outros seres humanos em seus primeiros anos de vida, colocando-as em sujeição do julgamento de seus pais ou responsáveis para escolher o que é seguro ou não, o que é certo ou não. Quando um indivíduo captura a imagem de determinada criança, sem considerar que ela é inapta para consentir ou entender o que aquele comportamento significa, ele comete uma invasão de privacidade, que pode acumular múltiplos problemas futuros para a vida dessa criança. Reconhecendo esse cenário, afirma-se que é de interesse primordial dos responsáveis, censurar sua própria conduta irresponsável em relação aos seus filhos, pequisando e informando-se dos efeitos nocivos que eles podem sofrer.
O documantário cinematográfico “Criança, A Alma do Negócio”, revela críticas sólidas à superexposição lançada nesses indivíduos infantis, que quando não regulamentada pelos pais, apresentam o mundo digital precocemente aos seus filhos. Os pontos mais explorados durante a obra, foi a hipersexualização precoce entre as meninas e os meninos de tenra idade, o consumismo sendo implantado como um impulso desconhecido em suas vidas com o estímulo da internet, e acesso à conteúdos de faixa etária avançada. As crianças apresentaram distúrbios de imagem, personalidade e autoconhecimento diante dessa perspectiva, ressaltando o poder negativo das redes sociais em suas vidas. Logo, faz-se necessário atuação dos familiares para abordar os limites que devem ser mantidos, como uma barreira protetora entre seus filhos e a internert, até que estes tenham maturidade e conhecimento o suficiente para realizar suas próprias decisões.
Por fim, o Estatuto da Criança e do Adolescente têm de comparecer para mediar a relação dessas crianças com seus direitos, criando normas de proteção e medidas contra a invasão de imagem do menor de idade, e encaminhar para o Poder Legislativo, que deve fazer sua parte apoiando esse processo. Considerando que muitos dos responsáveis são alheios às consequências dessa exposição que muitos consideram inocente, o Governo, em parceria com o Ministério da Saúde, deve convocar campanhas de conscientização voltada para os pais, usando o apoio televisional para a divulgação. Assim, podemos começar a erradicar essa problemática.