Tema: O desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil
Apesar de o Estado brasileiro assegurar, através do Artigo 5° da Constituição Federal de 1988, a igualdade entre os brasileiros, as discrepantes realidades econômicas a variar ao longo do território atestam a dissonância entre a lei e a realidade, uma vez que resultam em qualidades de vida tão destoantes quanto. Porém, para o desenvolvimento e manutenção de tal conjuntura, foram necessárias influências históricas e estagnações na atualidade que barrassem a consolidação da lei, as quais devem, então, serem superadas.
Primeiramente, é indispensável ressaltar que os centros econômicos atuais são consequências de constextos históricos, não de disputas sobre iguais condiçoes. Pois, a exemplo de São Paulo, que teve grandes lucros com a demanda internacional pelo café do século XIX ao início do século XX, um recente acúmulo de capital em certas regiões permitiu a liderança delas no processo de industrialização. Por conseguinte, decorreram-se altos investimentos em infraestrutura, tecnologia e transporte que persistem até hoje. Assim, percebe-se a impossibilidade dos outros estados, os quais não possuíam acúmulo de capital tão grande quanto, em acompanhar um nível de desenvolvimento similar.
Ademais, o Brasil possui dificuldade em atualizar suas estratégias de mercado. Isso pode ser percebido através de suas principais exportações - soja, petróleo, minérios etc. -,que são matéria prima, isto é, produtos com baixo valor agregado e que são extremamente dependentes de certas regiões, logo que o petróleo, por exemplo, não pode ser encontrado em qualquer lugar. Destarte, as estratégias de mercado do país não valorizam independência espacial, de modo que limitam o desenvolvimento em alguns locais. Percebe-se, dessa maneira, a necessidade de diversificação das exportações brasileiras para que hajam mesmas oportunidades apesar do espaço onde se encontram.
Nota-se, em suma, a imprescindibilidade da adequação das táticas brasileiras. Para tanto, cabe ao Poder Legislativo, através do desenvolvimento de leis, a separação de verbas destinadas às regiões que se encontram economicamente atrasadas. Com a parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia e inovações, o qual selecionaria pesquisadores que utilizariam a verba para desenvolver produtos de alto valor agregado, essa iniciativa objetiva reduzir as diferenças entre os territórios nacionais.