TEMA: O aumento de DSTs entre os jovens brasileiros.
Para Sartre, cabe ao ser humano escolher suas ações, pois é livre e responsável. Porém, a ação humana tem se mostrado irresponsável quanto à proteção contra DSTS, que, por estar sendo negligenciada, resulta em um crescimento exponencial no número de infectados. Nessa perspectiva, nota-se a consolidação de um grave problema, que tem como causas a busca por prazeres instantâneos e o silenciamento.
Sob esse viés, pode-se apontar como um fator determinante a priorização da felicidade momentânea. De acordo com o Hedonismo, o prazer é o sentido da vida. Todavia, a lógica hedonista gera o descuido presente no tema, dado que muitas pessoas que deixam de se proteger durante as relações sexuais visam apenas o próprio contentamento, sem se preocupar com os efeitos que tais ações irão gerar para o futuro. Dentre essas pessoas, os jovens representam a pluralidade, já que grande parte possui uma mentalidade altamente influenciável e irracional em relação às escolhas que faz. Assim, a falta de um pensamento crítico que meça as consequências dos atos dificulta a solução do problema.
Ademais, outro fator influenciador é a falta de diálogo. A Teoria da Ação Comunicativa, de Habermas, defende que a linguagem é uma forma de ação. Entretanto, há uma lacuna dessa ação quanto à conscientização sobre as DSTS entre os jovens, visto que muitos pais sentem vergonha de conversar com os filhos sobre a importância da utilização de preservativos, criando uma geração desinformada e descuidada. Outrossim, a situação é agrava pela omissão midiática, que deixa de divulgar dados acerca do tema. Dessa forma, sem ação comunicativa, o problema permanece em inércia.
Portanto, nota-se que o problema carece de intervenção. Para isso, o MEC deve elaborar um projeto de pensamento racional entre os alunos, por meio de aulas com médicos e especialistas em educação sexual, a fim de reverter a desinformação que impera. Tal ação pode, ainda, contar com o apoio das mídias, para que mais conhecimento seja veiculado à população. Paralelamente, é preciso intervir sobre a priorização de prazeres instantâneos presente no problema. Desse modo, o Brasil poderá exercer a reponsabilidade defendida por Sartre.