Desafios para combater a pobreza menstrual no Brasil
Absorvendo o “tabu”, documentário pertencente ao catálogo da Netflix, conta a história de como foi desenvolvida uma máquina para fazer absorventes biodegradáveis e de baixo custo nos vilarejos indianos, apesar dessa conquista percebe-se ainda a dificuldade em enfrentar uma sociedade machista e patriarcal. Com isso, é evidente, principalmente no Brasil, que as mulheres precisam combater diariamente os desafios à pobreza menstrual. Dessa forma, urge analisar as causas e consequências para reverter esse quadro.
Diante desse cenário, é notável que a sociedade machista e patriarcal ainda se faz presente, cada vez mais, de forma precoce. Segundo pesquisa divulgada pelo site Nações Unidas, entre as pessoas que menstruam, 71% disseram que nunca tiveram aulas, palestras ou rodas de conversa sobre cuidados na menstruação. Isso acontece porque as informações sobre menstruação ainda não fazem parte na vida dessas pessoas, fazendo com que não tenham conhecimento do assunto e, assim, continuem prejudicadas e influenciadas pelo preconceito menstrual. Dessa maneira, a negligência à pobreza menstrual torna-se exposta para que a sociedade continue em uma alienação social.
Além disso, o ser humano perde sua oportunidade de obter conhecimentos sobre esse ciclo biológico feminino. De acordo com o físico Albert Einstein, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado. Tal preceito afirma que é preciso haver uma intervenção sobre esse pensamento perverso, no Brasil, ainda que o Sistema de Saúde distribua preservativos para evitar doenças sexualmente transmissíveis, não faz o mesmo com os absorventes. Contudo, evidencia -se uma falsa igualdade em certos campos relacionados às mulheres.
Portanto, o Estado deve, com urgência, iniciar projetos que abrangem toda a sociedade a receber as informações necessárias sobre a pobreza menstrual, sem exclusão de ninguém, o qual insira em todas as escolas a iniciativa de promover a arrecadação e produtos de higiene pessoal, a fim de reduzir o número de meninas que deixam de ir à escola, com profissionais especializados no assunto. Desse modo, mulheres conseguirão impedir que esse tabu continue persistindo na sociedade, como foi apresentado no documentário Absorvendo o Tabu.