Heráclito de Éfeso, filósofo pré-socrático, defende que nada é permanente exceto a mudança. Analisando o pensamento e relacionando-o as mudanças e avanços na produção de energia elétrica, percebe-se a necessidade de um olhar mais atento para o aprimoramento de um sistema adaptável a realidade contemporânea. À vista disso faz-se inadiável um debate sobre as principais causas do revés: mal planejamento energético e negligência governamental.Diante desse cenário, é oportuno pontuar que a concentração de investimentos em hidrelétricas possui íntima relação com o problema. Nesse contexto, de acordo com os dados oferecidos pelo Correio Braziliense, apenas 37 % dos recursos energéticos não são provenientes dessas matrizes. Tal questão possui como efeito o agravamento da dependência da matriz elétrica hidráulica, o que é inadmissível e evidencia a necessidade de um recurso capaz de solucionar o impasse.Além disso cabe salientar que o esquecimento de outras energias elétricas também é uma das razões pela qual o problema persiste. Para Thomas Hobbes, filósofo inglês, é dever do Estado proporcionar meios que auxiliem no progresso de toda coletividade. No entanto, a máxima do filósofo vai de encontro ao cenário vigente, uma vez que o poder público não direciona um olhar para ações que poderiam resolver o impasse .Em suma, atenuar os desafios relacionados a permanência de investimento em uma matriz elétrica é primordial. Para combater esses empecilhos, é necessário que o Ministério do Meio Ambiente promova através de políticas públicas investimentos em alternativas viáveis como solar e eólica. Dessa forma será possível que os avanços na produção de energia elétrica faça parte da realidade brasileira.