O ex-presidente estadunidense Abraham Lincoln retrata que "a democracia é um governo do povo, pelo povo e para o povo." Tal afirmação está diretamente relacionada com a ideia de uma sociedade mais justa e igualitária. Entretanto, esse contexto ainda não está inserido na população. Com isso, valores como a meritocracia não podem funcionar. Isso se deve, pois ainda há intensos níveis de desigualdade e ignorância entre os indivíduos.
Em primeiro lugar, é válido ressaltar o porquê a meritocracia está fora de conceitos não democráticos e se é favorável ela estar presente. Ao passo que está ligada à capacidade e esforço pessoal, sem os conceitos como cor, raça e gênero, não é aparente que tal ação seria negativa. Todavia, além de ser uma cobrança à produtividade tóxica, "a meritocracia se tornou um motor de desigualdade", como diz Daniel Markovitis, professor da Yale Low School. Nesse viés, é impossível o mesmo rendimento entre dois indivíduos com rotina, emprego, renda e ambiente diferentes. Com isso, é fato que essa prática - de acordo com o site jornalístico Nexjornal - é falsa e não se inclui na realidade.
Ademais, um exemplo forte desse ato está inserido nas atividades físicas, prática que é cobrada intensamente na internet. Contudo, há indíviduos que não conseguem manter uma vida saudável devido à falta de tempo e escolha, de acordo com a influenciadora Ellen Valias: uma mulher que luta contra a padronização e as falácias das práticas físicas estarem inteiramente associadas apenas ao esforço pessoal. Nesse contexto, é notório que a meritocracia não consegue se firmar, pois não há equilíbrio entre os indivíduos. Como uma reação em cadeia, só há equilíbrio se houver igualdade e, da mesma forma, só há igualdade se houver inclusão.
Em suma, é evidente, portanto, que a meritocracia deve ser mais analisada para existir. Logo, o Poder Executivo - que administra os interesses públicos - deve rever e impor novas leis rígidas que foquem primeiro na inclusão, juntamente ao Ministério da Educação, por meio de novos projetos. Outrossim, os veículos de mídia - como televisão e internet - devem interromper essa pressão e julgamentos que possuem e incentivar a inclusão, por meio de posts e propagandas. Dessa maneira, é possível usufruir de uma sociedade dentro dos conceitos democráticos de Abraham Lincoln.