Leia os textos motivadores a seguir e, com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “Impactos da ganância humana ao meio ambiente”.
TEXTO 1
Art. 1º – Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I – a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II – as atividades sociais e econômicas;
III – a biota;
IV – as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V – a qualidade dos recursos ambientais.
Fonte: Resolução CONAMA nº 1, de 23 de janeiro de 1986. Disponível em: https://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=8902
TEXTO 2
“A civilização capitalista contemporânea está em crise. A acumulação ilimitada de capital, a mercantilização de tudo, a exploração implacável do trabalho e da natureza e a catástrofe ecológica daí resultante comprometem as bases de um futuro sustentável, pondo em perigo, assim, a própria sobrevivência da espécie humana.
O sistema capitalista, uma máquina de crescimento econômico movida por combustíveis fósseis desde a Revolução Industrial, é responsável pelas mudanças climáticas e pela mais ampla crise ecológica do planeta. Sua lógica irracional de expansão e acumulação sem fim leva o planeta à beira do abismo.”
Fonte: https://racismoambiental.net.br/2021/12/22/ecossocialismo-por-michael-lowy/
TEXTO 3
“Para as cidades brasileiras, morar de frente para o mar é um privilégio caro. Isso para o mercado tem um valor imenso que gera edifícios de alto padrão e de gabarito muito alto. Ao mesmo tempo que você vende aquela paisagem, você a destrói”, afirma o professor Mariz. Para ele, está cada vez mais difícil alinhar o desenvolvimento sustentável de cidades aos interesses do mercado imobiliário.”
TEXTO 4
O Rio? É doce.
A Vale? Amarga.
Ai, antes fosse
Mais leve a carga.
Entre estatais
E multinacionais,
Quantos ais!
A dívida interna.
A dívida externa
A dívida eterna.
Quantas toneladas exportamos
De ferro?
Quantas lágrimas disfarçamos
Sem berro?
Fonte: “Lira Itabirana”, por Carlos Drummond de Andrade (1984). Disponível em: https://movimentorevista.com.br/2019/08/lira-itabirana/
Exemplo
Promulgada pela Organização das Nações Unidas, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) garante a todos os indivíduos o direito à saúde e ao bem-estar social. Entretanto, com a ampliação dos interesses capitalistas, responsáveis pela exploração do meio ambiente, as seguridades das populações estão amplamente prejudicadas. Nesse sentido, há fatores que impulsionam essa problemática, como a destruição ambiental e a indiferença perante ao tema.
Primeiramente, a natureza é fundamental para todos os seres vivos, sendo responsável pelo equilíbrio de toda a vida terrestre. Entretanto, atitudes gananciosas dos humanos devastam extremamente a natureza, por exemplo, segundo a Folha de São Paulo, nos três primeiros meses de 2022, a Amazônia já soma mais de 941 km² de perda florestal. Consequentemente, com o avançar predatório do capitalismo, os recursos naturais como o petróleo esgotam-se rapidamente, material que demora milhares de anos para se formar e na sua queima ainda polui o ar; desmatamentos desenfreados acontecem e poluições de corpos hídricos ampliam a eutrofização, processo que retira o oxigênio da água. Por fim, é preciso direcionar esforços para mudar o quadro atual, aliando governo e comunidade na busca por ações efetivas.
Paralelamente, o exposto, “O mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a ele”, atribuído à filósofa francesa Simone de Beauvoir, pode ser aplicado à devastação ambiental, visto que tão preocupante quanto a ocorrência dessa questão, é o fato da população habituar-se a essa realidade. Nessa perspectiva, observa-se que parte da sociedade vive indiferente em meio a esse problema, sobretudo, devido ao individualismo presente na contemporaneidade, dificultando, assim, na união social para erradicar a problemática. Dessa forma, a inércia em relação a esse fenômeno provoca a persistência desse cenário, ampliando os desafios da promoção do bem-estar à natureza e ao ser humano.
Fica evidente, portanto, a necessidade de amenizar esse obstáculo no Brasil. Em virtude disso, urge que o governo atual, por meio de parceria com o Twitter, realize publicações, nas redes sociais, demonstrando a importância da integridade ambiental e incentivando a realização de denúncias contra qualquer atividade destruidora. Tal atitude deverá ser realizada mensalmente para promover o combate ao tema. Espera-se, com isso, levar a conhecimento da população o quanto é fundamental essa ação, visando garantir o equilíbrio do planeta Terra e os direitos previstos na DUDH.