Leia os textos motivadores a seguir e, com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo sobre o tema Êxodo urbano na pandemia.
TEXTO 1 – Êxodo urbano na pandemia
O movimento de êxodo urbano, quando as pessoas deixam de viver nas grande cidades em busca de uma vida no campo, ou em centro menores, não é novidade na história da humanidade. Em tempos de grandes pandemias, há uma tendência dessa movimentação ganhar ainda mais força. A população de Nova York, por exemplo, diminuiu 66% entre 1920 e 1970 após a pandemia da gripe espanhola.
O atual contexto pandêmico do Brasil, um levantamento feito pelo grupo imobiliário ZAP mostrou que de janeiro a maio de 2020 a procura por imóveis com mais de 100 quilômetros de distância de São Paulo, o maior centro urbano do país, cresceu 340%.
Além disso, muitas vezes por questões de sobrevivência, também há uma movimentação de pessoas voltando para suas regiões ou cidades de origem – no interior – pelo fato de perderem sua fonte de renda durante a pandemia e se verem obrigadas a voltarem para perto de suas famílias. Muitas vezes as condições de vida nas grandes cidades colocam essa parcela da população em situações de vulnerabilidade.
Fonte: https://www.hypeness.com.br/2021/04/exodo-urbano-e-pandemia-as-pessoas-estao-mesmo-deixando-as-cidades
TEXTO 2 – Êxodo urbano na pandemia
Quando notou que gastava R$ 2.000 por ano em couve orgânica, Luísa Matsushita começou a repensar sua vida em São Paulo. Pouco tempo depois, em meados de 2017, a artista plástica e vocalista da banda Cansei de Ser Sexy vendeu seu apartamento de 98 metros quadrados em Higienópolis e se mudou para um pequeno barraco que ela mesmo construiu numa região cercada por ruas de terra em Garopaba, Santa Catarina.
“Um vizinho meu é um cavalo, e o outro são várias vacas, um cavalo e umas galinhas. Eu nunca imaginei que seria essa pessoa que acorda às 5h30 e vai surfar. Eu não era a sereia do mar que curtia praia. Eu sempre fui a criança que ficava dentro do quarto desenhando”, conta, numa ligação telefônica com sons de grilo e coaxar de sapos ao fundo.
Trocar o barulho dos carros da metrópole pelo zumbido dos insetos no meio do mato —ou da praia— é um sonho que passou a ser realizado por artistas e milionários de outras profissões nos últimos anos. Impulsionados pela pandemia e em busca de mais isolamento social em oposição à densidade das capitais, eles deram forma ao seu idílio no campo, seja em casas de 12 metros quadrados, como a de Matsushita, ou em mansões de quatro suítes e seis vagas na garagem que valem R$ 8 milhões em condomínios de luxo próximos a São Paulo.
“Com a pandemia, o papel da grande cidade foi ainda mais questionado”, afirma Stefano Arpassy, futurólogo da agência de tendências WGSN. Saturados da lógica da competitividade e da produtividade das metrópoles, que foi o que os atraiu num primeiro momento, devido às oportunidades de trabalho, essas pessoas agora vão em busca de uma vida mais saudável para a mente e o corpo e maior qualidade de vida, acrescenta o pesquisador.
Quem encara essa mudança são aqueles que podem exercer seus trabalhos de forma remota, como artistas e profissionais liberais, e que não dependem integralmente da dinâmica da vida na cidade grande, acrescenta Arpassy. Por não se tratar de um movimento de massas, no entanto, ele acha incorreto definir esse cenário como êxodo urbano.
TEXTO 3
O historiador Laurent-Henri Vignaud, da Universidade de Borgonha, afirma que “uma epidemia sempre é um momento de teste para uma sociedade e uma época”. Podemos concordar com o historiador – e ainda acrescentar – que além de um momento de teste, a pandemia também acarreta importantes mudanças sociais. Assim como as grandes epidemias no passado, o coronavírus tem deixado marcas por todo o planeta, com países em isolamento, fronteiras fechadas e uma economia fragilizada. Ao lembrarmos da gripe espanhola, em 1918, e da peste negra, no século XIV, causadoras de profundas transformações sociais na época, teremos poucos elementos em comum entre a Europa do final da Idade Média ou então da Primeira Guerra Mundial com a nossa sociedade atual, globalizada e super conectada.
Analisemos dois cenários sociais distintos causados – e incrementados – pela pandemia da Covid-19. O primeiro deles é a observação de um êxodo urbano, de características centradas na busca por melhor qualidade de vida; e o segundo aspecto define a aceleração do e-commerce, em constante incremento como opção pessoal – e até como sobrevivência dos usuários em reclusão – para abastecimento de bens de consumo.
Já não é de hoje que a turbulência das grandes cidades causa problemas significativos de ansiedade e estresse. Seja pelo efeito nocivo de horas e horas no rush do trânsito de início e fim de expediente, seja pela aglomeração em espaços de compras, falta de tempo para atividades recreativas ou insegurança. Um número significativo de famílias impactadas pelo estresse – que aumenta concomitantemente com o número de casos da doença – contribui para um aumento à procura de moradas maiores e com área verde, longe dos grandes centros, em cidades de porte médio ou mesmo pequenas e até em zonas rurais. Assim se verifica em alguns países como Estados Unidos, França e Canadá, dentre outros.
Em Nova York, uma das cidades mais atingidas pelo novo coronavírus, observa-se uma tendência de êxodo urbano determinando uma demanda por cidades mais baratas, menores e mais seguras, uma vez que o vírus torna os grandes centros urbanos bem mais vulneráveis pela maior densidade populacional. Em Montreal e Toronto, no Canadá, cidades atingidas duramente pela crise sanitária e – onde o dia a dia é rápido e envolvente – as inseguranças e restrições tornaram a vida insuportável para alguns moradores. A possibilidade do teletrabalho impulsionou e incentivou muitos deles a trocar a vida turbulenta das grandes metrópoles pela tranquilidade do campo.
Fonte: https://www.uninter.com/noticias/desafios-sociais-da-covid-19-o-exodo-urbano-e-o-e-commerce
Exemplo
O Êxodo Urbano é um movimento populacional, em que habitantes de grandes cidades migram para regiões afastadas em busca de segurança e qualidade de vida. No Brasil, ademais, foi possível observar durante a pandemia da Covid-19 que esse fenômeno ocorreu bastante. Nesse sentindo, convém analisarmos as principais causas, consequências e possível medida para tal problemática.
Com a chegada da pandemia a da Covid-19 no Brasil, muitas pessoas decidiram se mudar para áreas isoladas e distantes dos grandes centros urbanos. Umas das causas para tal fato, é o grande número de pessoas vindas de outros locais para essas regiões, ocorrendo uma maior exposição do vírus, além do fato de que muitos universitários, por questões até mesmo de sobrevivência, voltaram para suas cidades interioranas logo no começo do isolamento social. Tal fato é confirmado por meio do levantamento realizado pelo grupo ZAP, que mostrou que de janeiro a maio de 2020 a procura por imóveis com mais de 100 km de distância de São Paulo cresceu 340%.
Além disso, grande parte das pessoas que migraram para regiões afastadas, não possuem condições financeiras de se sustentarem, já que muitas famílias perderam seus empregos durante a pandemia, e não podem trabalhar por meio das plataformas digitais, pois nem todos tem acesso à aparelhos eletrônicos e internet em suas casas. Desse modo, esse fato é confirmado pelo chefe de pesquisa e inovação da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) Eduardo Zylbertajn, que diz que tal movimentação é restrita à pessoas que têm a possibilidade de trabalhar em ‘’home officce’’ e não precisam estar fisicamente presente em seus trabalhos.
Ante o exposto, é evidente que o êxodo urbano está acontecendo e vem aumentando no período crítico atual. Logo, medidas devem ser tomadas para que as consequências dessa problemática sejam reduzidas e erradicadas. Cabe, então, ao Governo Federal dar continuidade ao Auxílio Emergencial para famílias de baixa renda, e por meio também de um Auxílio Digital para pessoas sem acesso á computadores ou aparelhos digitais, em que a partir do cadastro no CadÚnico, seriam contempladas com esses dispositivos ou receberiam um valor estimado para adquiri-lo. Para que assim, esse fenômeno não fosse algo ruim, mas se adaptasse ao ‘’novo normal’’ que está acontecendo.