De acordo com Simone de Beauvoir, filósofa francesa, a humanidade é masculina, e o homem define a mulher como algo relativo a ele, não sendo um ser autônomo, o que também gera uma inferiorização da mulher e então, dos problemas enfrentados por ela. Similarmente, à questão da pobreza menstrual no Brasil, causada não só por causa do capitalismo, mas, também, pela negligência do Poder Público.
Primeiramente, conforme os estudos sociológicos em torno do Sistema Capitalista, uma sociedade essencialmente capitalista só investe naquilo que trará lucro, de preferência, imediato. Visto que, os investimentos para as questões relacionadas à saúde da mulher não geram um rendimento financeiro instantâneo, a desatenção dada à possíveis soluções é notória e a realidade, dilaceradora. Assim sendo, a falta de aplicação de dinheiro no setor da saúde feminina é um desafio para combater a problemática da pobreza menstrual.
Em segundo lugar, o presidente Jair Bolsonaro vetou o Projeto de Lei que propunha a distribuição gratuita de absorventes, em 2021. Nesse sentido, é inegável a imprudência do Poder Público em relação à pobreza menstrual no Brasil, a qual faz necessitar, urgentemente, alternativas para superá-las. Logo, a falta de implementações de leis que permitam a distribuição gratuita de kits menstruais é preocupante.
Destarte, é necessário que o Poder Público, através do Poder Legislativo, implemente leis que obriguem a distribuição de kits menstruais e, além disso, realize uma pesquisa a respeito das necessidades das mulheres carentes de ajuda para que as leis sejam elaboradas de acordo com suas carências, o que possibilita que a parcela da sociedade que vive o problema consiga viver de uma forma mais confortável. Assim, a inferiorização feminina citada por Simone de Beauvoir poderá ser diminuída gradualmente.