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O assédio moral é um dos maiores problemas dentro do ambiente de trabalho que persiste há anos em nossa sociedade. Este problema se agrava ainda mais no contexto de hoje, marcado pela crise econômica, uma vez que muitas vítimas não denunciam por medo de perder o emprego. Agora, o assédio moral também se manifesta de outra forma: no trabalho remoto.
Leia os textos motivadores a seguir e, com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “Assédio moral no ambiente de trabalho”.
Paraíba registra 210 denúncias de assédio moral no trabalho, em 2020, diz MPT
A Paraíba registrou, em 2020, 210 denúncias de assédio moral no trabalho e cinco denúncias de assédio sexual, de acordo com o Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB). Todas as denúncias geraram investigações no MPT e vários procedimentos de apuração, entre eles, 106 inquéritos civis.
As cinco denúncias de assédio sexual foram registradas contra cinco empresas diferentes na Paraíba, entre elas, um banco. Em todo o país, o MPT recebeu aproximadamente 5 mil denúncias de assédio moral em 2020 e cerca de 300 denúncias de assédio sexual.
A procuradora do Trabalho Andressa Lucena Ribeiro Coutinho explica o que caracteriza o assédio moral e sexual no trabalho.
“O assédio moral em organizações, ou o chamado assédio moral organizacional ou institucional é um conjunto sistemático de práticas reiteradas que vêm próprias do método de gestão empresarial, do método de gestão daquela empresa. Ou seja, são práticas que têm por finalidade atingir alguns objetivos empresariais relacionados a aumento de produtividade, diminuição do custo de trabalho, sempre praticados através de pressões, humilhações, constrangimentos e segregações aos trabalhadores de determinada empresa ou organização”, explicou Andressa Coutinho.
Já o assédio sexual no ambiente de trabalho é um tipo de constrangimento praticado com a "conotação sexual" dentro da empresa, ou seja, dentro do ambiente em que a pessoa trabalha.
“No caso do assédio sexual, a pessoa que pratica, geralmente usa sua posição hierárquica superior ou a sua influência dentro da empresa para obter o que deseja. Isso é o chamado assédio sexual dentro do meio ambiente de trabalho, que certamente engloba também, um tipo de assédio moral, uma vez que a vítima é constrangida e é humilhada, muitas vezes ou submetida a situações vexatórias para atender ao desejo sexual da parte que pratica esse assédio”, acrescentou a procuradora.
De acordo com Andressa Lucena, é possível identificar a prática de assédio moral no trabalho a partir da exposição das pessoas a situações vexatórias, humilhantes, constrangedoras, dentro do ambiente de trabalho de forma repetitiva.
A procuradora orientou que “a forma de se evitar essa subnotificação desses casos é justamente a realização de uma denúncia sigilosa ou anônima perante os órgãos competentes: Ministério Público do Trabalho ou a Gerência Regional de Trabalho e Emprego. É muito importante que haja essa denúncia, ainda que de forma anônima ou sigilosa para prevenir a prática do assédio e garantir que não haja exposição do denunciante”.
Casos de assédio moral crescem 10% longe dos escritórios em 2021
O número de processos de assédio moral no ambiente de trabalho cresceu mais de 10% nos primeiros seis meses de 2021.
Entre janeiro e junho, segundo o Tribunal Superior do Trabalho (TST), foram registradas 27.117 novas ações, enquanto no mesmo período do ano passado foram 24.489.
O setor do comércio lidera a lista de novas ações nas Varas de Trabalho de todo Brasil, com 5.746 denúncias.
Serviços gerais, com 3.466 casos; indústria, com 3.221; e comunicações, com 2.047, completam o ranking dos setores que mais registram esse tipo de crime.
Na avaliação do advogado especialista em compliance, André Costa, o trabalho remoto motivou as denúncias.
“Longe do agressor e em um ambiente mais saudável, o funcionário tem uma percepção melhor do quão prejudicial é aquela relação e se sente mais seguro em relatar o que está acontecendo nos canais de denúncia”, afirma.
Costa, que é autor do livro Entrevista Forense Corporativa e especialista em detectar assédio moral nas corporações, aponta que a divulgação de inúmeros casos na mídia tem sido um importante instrumento de conscientização.
“A pessoa que está sofrendo assédio, ao ver nas redes sociais ou na imprensa os casos divulgados, acaba se identificando com a situação e ganha força para denunciar”, diz.
Se, de um lado, a pandemia encorajou as vítimas a denunciarem, por outro, mudou a forma como a agressão acontece.
“O assédio no teletrabalho se manifesta de forma passiva e, muitas vezes, silenciosa. Ao deixar de convocar um colega de trabalho para as reuniões, não responder e-mails, não atender ligações e o excluir de outras atividades a pessoa está cometendo assédio”, explica o advogado.
O especialista, que atua há mais de 10 anos investigando e tratando casos de assédio moral no ambiente corporativo, diz que esse tipo de conduta se tornou muito comum no último ano.
“Desde o início da pandemia, tenho gerenciado muitas crises relacionadas a esse comportamento que gera um enorme desgaste e leva, na maioria dos casos, a vítima a pedir demissão”, pontua.
Os efeitos do assédio moral vão além dos problemas no ambiente de trabalho.
“É uma agressão muito cruel e gera sofrimento ao trabalhador. Já atendi casos em que o funcionário tomava remédios para controlar ansiedade e tinha problemas pessoais provocados pelo assédio”, conta.
Fonte: https://www.jornalcontabil.com.br/casos-de-assedio-moral-crescem-10-longe-dos-escritorios-em-2021/
Nove em cada 10 vítimas de assédio moral no trabalho não denunciam
“Em 2020, o Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu quase 50 mil denúncias de assédio moral em todo país. Além disso, segundo pesquisa feita por um site de vagas de emprego, 52% dos entrevistados alegaram já ter sofrido algum tipo de assédio moral no meio corporativo. No entanto, 87% não denunciaram por vergonha, medo ou receio de perder o emprego.”
Fonte: https://olivre.com.br/nove-em-cada-10-vitimas-de-assedio-moral-no-trabalho-nao-denunciam
Confira a lista de repertórios sobre o tema “Assédio moral no ambiente de trabalho”.
O assédio moral no trabalho mostra o abuso de poder por parte de superiores. Isso porque, há um desafio em se diferenciar a cobrança usual e o assédio moral por parte de superiores. Neste viés, a vítima sofre calada por medo de perder o emprego. Assim, é essencial superar esses conflitos. De certa forma, as causas do quanto a violação moral é causada pelo abuso de poder, podem ser vistas sob a ótica de Michel Foucault por meio do “Efeito Panóptico”. O Panoptismo dialoga sobre o ser humano impor um poder de coerção e dominação sobre o outro. Logo, por haver certa hierarquia dentro do trabalho, o ser humano se aproveita disso, e através de pequenas brincadeiras de mal gosto, cobranças excessivas e de ameaças “disfarçadas”, o superior acaba por assediar moralmente seu subordinado, muitas vezes pela falta de conhecimento de como se portar. Dessa forma, um bom exemplo é capaz de se perceber por meio dos chamados: “vendedores comissionados”, onde em época de pandemia, a cobrança para se ter um salário no final do mês, se torna assédio em muitos casos. Por outro lado, por meio de Machado de Assis pode-se entender como o assédio moral demonstra grande abuso de poder e acaba por calar a vítima. Segundo o escrito, muitas coisas são melhor ditas quando se fica calado. Neste viés, quando uma pessoa é vítima de assédio moral se cala por medo de perder o emprego, e tal silencio é intimamente um pedido de socorro por sua sobrevivência. Ademais, em algumas escolas em período de vestibular, professores são pressionados e as vezes assediados a se esforçarem para tentar garantir de forma indireta a aprovação de seus alunos, e acabam por sofre em silencio pelo medo de não estar escola no próximo ano. Em suma, como elemento de superação do quanto o abuso de poder motiva o assédio moral e consequentemente o sofrimento calado de suas vítimas, espera-se uma ação do governo. Isso porque, tal instituição pode criar programas como: “não a violação”, a qual visem a orientação dos chefes de empresas sobre como se dever tratar seus funcionários, através de palestras motivacionais e da demonstração de estatísticas de felicidade de funcionários em grandes empresas como o “Google”, e assim visar um sociedade menos calada e coagida frente a seus superiores.
Ver redaçãoO ditado popular “manda quem pode obedece quem tem juízo” é usado há muito tempo para demonstrar quem detém o poder e quem deve ser submisso a ele, podendo ser aplicado em diversas situações, especialmente no ambiente de trabalho. Pensamento este que delimita linhas entre chefe e empregado, onde muitas vezes são extrapolados de maneiras hostis pelos contratantes para com os contratados. Primeiramente, é preciso apontar que ainda vivemos em uma sociedade divida por classes, essa idéia de hierarquia urbana reflete também nos relacionamentos ligados ao trabalho, e corrobora para as intimidações e humilhações sofridas por funcionários cometidas por pessoas de cargos e patamares mais altos dentro do serviço. Muitas das vezes, são situações que acabam passando despercebidas, não havendo as devidas soluções cabíveis sendo tomadas, devido à ignorância a respeito dos direitos trabalhistas e a despretensão perante atitudes que ferem a integridade. Isso por causa de um sistema que guia as nossas ações de acordo com a posição social que nos encontramos. Outrossim, é também necessário destacar como acontecimentos de momentos históricos ocorridos já a muito tempo, deixaram alguns resquícios impregnados na gestão de instituições de trabalho. Pode-se citar, por exemplo: As explorações exercidas pelos senhores feudais sobre os seus servos camponeses na idade média e a revolução industrial no século XVIII com as insalubres condições de desempenho do ofício, além dos maus tratos frequentes por parte dos empregadores incididos nos seus empregados. Apesar dos milhares de anos que se passaram, não é raro de se observar casos de certa maneira análogos aos daquela época de assédio e humilhação dentro de empresas. É possível notar uma situação parecida no filme “O Diabo Veste Prada” do diretor norte-americano David Frankel, onde uma jovem mulher formada em jornalismo consegue um emprego em uma revista na função de ser assistente da rigorosa editora que a todo o momento lhe trata mal e a faz questionar sua capacidade ou se deveria realmente estar ali. Portanto, seria de suma importância por parte do Ministério do Trabalho juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores de cada cidade do país, que promovessem frequentes vigilâncias em instituições de sistema corporativo, onde seriam feitas pesquisas com os funcionários analisando suas perspectivas sobre o modo como vem sendo tratados pelos chefes, e as condições que são dadas a eles para a realização de seus serviços, desta forma atentando-se a possíveis incoerências e informando os serventes sobre os seus direitos como trabalhador. Visando uma relação ética e humanam dentro do ambiente de trabalho.
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