TEMA DE REDAÇÃO – Ansiedade e depressão em tempos de pandemia

Ansiedade e depressão em tempos de pandemia

Leia os textos motivadores que se seguem para desenvolver a proposta de redação relacionada ao tema  Ansiedade e depressão em tempos de pandemia sugerida abaixo.

Texto 1 – Como lidar com estresse e ansiedade em tempos de pandemia

Levantamento preliminar junto à Central 160 revela quadros de estresse agudo e ansiedade relacionados à pandemia O contexto de incertezas da pandemia pelo novo coronavírus tem provocado reações de estresse agudo e ansiedade na população fluminense, segundo levantamento preliminar da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) junto à Central 160, serviço gratuito do estado do Rio de Janeiro para tirar dúvidas por telefone.

A psiquiatra Sandra Fortes, professora associada de Saúde Mental e Psicologia Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), atualmente consultora da Superintendência de Atenção Psicossocial e Populações Vulneráveis (SAPV) da SES-RJ, alerta que a falta de ar e a dificuldade para respirar que caracterizam esses quadros podem ser confundidas com sintomas de Covid-19. “É importante observar essas sensações para saber se o que está ocorrendo é um quadro de estresse agudo, uma crise de ansiedade ou uma síndrome gripal, que pode indicar suspeita de infecção pelo novo coronavírus”, orienta.

As reações ao estresse agudo e os quadros de ansiedade se manifestam por sentimentos de angústia, sensação de tensão e de “nervoso” e por muitos sintomas físicos, como coração disparado (taquicardia), contração muscular (que pode levar a dor de cabeça), falta de ar (geralmente uma sensação de “prender o ar” ou não conseguir respirar direito), tremedeiras (tremores, sensação de estar com a “carne tremendo”) e fadiga.

A ansiedade também pode levar a alterações de sono e apetite, a pensamentos repetitivos e à sensação de haver mais problemas além dos já existentes, além de provocar impaciência, irritação e mudanças repentinas de humor, com presença de rompantes de agressividade, em alguns casos.

“Crises de ansiedade estão ligadas ao medo, à sensação de impotência e perda de controle sobre a vida. Também pode ser provocada pela ausência de informação ou por dados incorretos e alarmistas; pela forma como encaramos os problemas e as fantasias em nossa mente”, complementa Sandra.

A evolução do quadro de ansiedade pode levar à ocorrência de crise de pânico, uma manifestação psíquica mais grave, que provoca sensações angustiantes associadas ao risco de morte iminente, com sinais físicos como taquicardia, falta de ar, aperto no peito e até um pequeno grau de hipertensão.

“A crise de pânico costuma acontecer em pessoas que já têm quadros ansiosos e depressivos anteriores. Nesses casos, é recomendado atendimento médico, pois o tratamento envolve a prescrição de medicação psicotrópica. Em casos mais graves, é necessário atendimento especializado, com acompanhamento psicoterapêutico, que pode ser on-line”, esclarece a psiquiatra.

Como parte integrante da Rede de Atenção Psicossocial, a Atenção Primária à Saúde pode realizar o cuidado ao estresse agudo e às crises de ansiedade, recorrendo ao processo de apoio de saúde mental e matriciamento das equipes. “É necessário haver escuta diferenciada, empática, atenta e sem julgamentos, a fim de compreender o paciente. Deve-se agir não só para excluir o diagnóstico de Covid-19, mas também para confirmar o quadro de ansiedade, que pode demandar intervenções terapêuticas”, destaca Sandra. […]

Fonte: www.saude.rj.gov.br Acesso em 14/06/2020

Exemplo

No filme americano “As Vantagens de ser invisível´´, é possível observar o personagem principal, Charlie, um jovem que luta contra a depressão. Apesar de o personagem passar quase a narrativa inteira reprimindo suas lembranças relacionadas ao abuso sexual que sofria, esse trauma mantém sequelas profundas. Fora da ficção, a depressão pode ser intensificada ou gerada por dois principais tópicos: a ausência de incentivo, por parte da família, amigos e colegas em darem apoio ao indivíduo e a negligencia estatal, pela carência de auxílio à população.

A princípio, vale ressaltar que a ausência de incentivo agrava a situação de depressão no Brasil. Nesse sentido, o fato de o assunto ser abordado como um ´´tabu´´ em muitos grupos gera um preconceito com o individuo que possui tal patologia. Nesta análise, conforme o site ´´VYA estelar´´, o fato de muitos brasileiros considerarem a depressão como uma mera ´´frescura´´ ou ´´preguiça´´ do indivíduo só piora a doença mental, uma vez que, sem o apoio de alguém, o indivíduo com depressão pode prejudicar e arriscar até sua própria vida. Desse modo, como desdobramento disso, tem-se, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 25 suicídios por dia.

Além disso, é primordial notar que a negligencia estatal intensifica a depressão pelo cenário brasileiro. Desse modo, de acordo com Charles Wright, escritor americano, ´ ´Muitos dos problemas mentais devem serem entendidos como termos de questões públicas ´´. Nessa óptica, o autor acredita que é responsabilidade do governo garantir o bem-estar dos indivíduos, ação que não está ocorrendo no Brasil de forma adequada. Desse modo, como desdobramento disso, tem-se, de acordo com o ´´Folhape´´, um índice de 5,8% de brasileiros com depressão.

Portanto, espera-se que os impactos gerados pelos padrões de beleza da sociedade sejam minimizados com o auxílio de todos. Para tal, cabe ao Ministério da Educação, órgão que conscientiza a população desde muito jovem, efetuar campanhas e, acima de tudo, contratar profissionais qualificados, para que, desta forma, seja possível notar e tratar a patologia de forma rápida e sem muitas sequelas. Além disso, compete ao Governo Federal, responsável pelo bem estar do brasileiro, permitir a população o acesso a psicólogos e psiquiatras de forma gratuita pelo SUS (Sistema de Saúde) e incentivar a inclusão social, para, assim, o indivíduo possa conviver em harmonia consigo mesmo e com toda a comunidade. Em suma, evitando ações como a sofrida no filme “ As vantagens de ser invisível´´. Alcançando o “Brasil melhor´´ proposto na Constituição Cidadã.