A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “Roupa tem gênero?”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa e seu ponto de vista.
Texto 01
Muito tem se falado sobre a questão da Identidade de Gênero – ou a falta dela – no mundo da moda, onde estilistas e marcas têm pregado a questão da roupa não ter um gênero definido, podendo ser usada por homens e mulheres. A discussão é necessária, pois a questão da identidade de gênero vai além das preferências sexuais e relacionamentos, e como o foco aqui é moda, vamos falar um pouco sobre como isso vem sendo e precisa ser abordado.
(Roupa tem gênero? A relação da moda com a identidade de gênero. Extraído e adaptado de o cara fashion)
Texto 02
A moda está cada vez mais sem gênero, afinal, roupa não tem sexo e as marcas estão cada vez mais atentas a isso. Apesar das diferenças de seus significados, a moda unissex, genderless ou sem gênero veio para quebrar barreiras, majoritariamente sociais, que ditam quais cores e formas são femininas e quais são masculinas.
Nós não vamos entrar nos debates filosóficos e antropológicos das questões de gênero, mas antes de falar sobre moda sem gênero é importante entender o que significa e define gênero. Para isso, vamos utilizar um conceito bem simples e direto de Raewyn Connel e Rebecca Pearse, retirado do livro Gênero – Uma Perspectiva Global:
“De maneira geral, gênero diz respeito ao jeito com que as sociedades humanas lidam com os corpos humanos e sua continuidade e com as consequências desse “lidar” para nossas vidas pessoais e nosso destino coletivo”
Colocando de maneira simplista, as questões de gênero na moda questionam a imposição de formas, modelagens, cores e estruturas para os sexos. Quais características biológicas definem que só pessoas com vagina podem usar saias? Nenhuma.
O debate de uma moda sem gênero está aceso há algum tempo, mas já esse ano, a nova campanha da Louis Vuitton com o filho de Will Smith, Jaden Smith, conhecido por ser um menino que transita livremente entre as normas de gênero, chamou ainda mais atenção para esse movimento. Jaden apareceu ao lado de quatro modelos na campanha de moda feminina da marca, usando peças desfiladas nas passarelas por mulheres.
(Está na hora de entender [e aceitar] a moda sem gênero. Extraído e adaptado de insecta shoes)
Texto 03
A cantora gospel Ana Paula Valadão usou as redes sociais para criticar a campanha publicitária da C&A que divulga coleção sem distinção de gênero. Em texto compartilhado no Facebook, nesta sexta-feira (20), a artista manifesta sua “santa indignação” com a campanha do Dia dos Namorados da rede de multimarcas. Ela denuncia a imposição da ideologia de gênero e pede boicote à loja.
“Nós que conhecemos a Verdade imutável da Palavra de Deus não podemos ficar calados. Temos que boicotar essa loja e mostrar nosso repúdio”, escreve a pastora evangélica e fundadora da banda Diante do Trono. Valadão usa as hashtags “SouFemininaVistoComoMulher”, “HomemVesteComoHomem”, “UnisexNãoExiste” e “DeusFezHomemEMulher”.
Em uma hora, a postagem ultrapassou 7 mil compartilhamentos. Os internautas que discordaram da opinião da cantora fizeram um “vomitaço” nos comentários. “Não chame de santa sua indignação cheia de ódio! Pare de usar a bíblia pra justificar seu pensamento doentio!”, escreveu uma delas.
(Ana Paula Valadão pede boicote a uma marca de roupas por coleção sem gênero. Extraído e adaptado de correio braziliense