A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o Tema de redação: prostituição no Brasil Sua redação deve apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Atente-se para o número mínimo de 7 linhas e máximo de 30 para desenvolver suas ideias.
Texto 1
De acordo com a Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC), calcula-se que o Brasil tenha cerca de 1,5 milhões de pessoas, entre homens e mulheres que vivem em situação de prostituição. A pesquisa revela que 28% das mulheres estão desempregadas e 55% necessitam ganhar mais para ajudar no sustento da família.
Segundo dados da FUMEC, 59% são chefes de família e devem sustentar sozinhas os filhos, 45,6% tem o primeiro grau de estudos e 24,3% não concluíram o Ensino Médio. Logo, elas apresentam um baixo nível de escolaridade, o que significa que quase 70% das mulheres prostitutas não têm uma profissionalização.
Já outro estudo, feito pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal, apontou que as mulheres brasileiras que se prostituem no país lusitano são maiores de idade, não possuem antecedentes nesta atividade no Brasil, têm um curso médio ou superior, são caucasianas, prostituem-se por motivos financeiros, e chegaram ao país por sua própria conta – e não inseridas em redes de tráfico de pessoas.
Quase todas as mulheres consultadas (98%) não se consideram vítima do tráfico humano. Destas, 80% responderam terem chegado a Portugal por iniciativa própria e 16,8% afirmaram terem sido convidadas ou aliciadas por familiares, amigos ou outros.
Prostituição: “profissão mais antiga do mundo”
Tida como a “profissão mais antiga do mundo”, a prostituição está inserida no contexto de todas as sociedades, ocidentais e orientais desde os tempos mais remotos.
Odiadas, amadas, necessárias, regulamentadas por alguns governos, controlada por outros e seus serviços de saúde, resgatadas por religiões par uma vida digna, perseguidas ou glamourizadas em belas cenas no cinema americano, as prostitutas atravessam os séculos exercendo sua profissão, passando por cima de preconceitos, discriminações, violências e agressões que partem de todos os lados.
Com o advento da Aids nos anos 80, a ira social contra as prostitutas renasceu com força total, e ao lado dos homossexuais masculinos e usuários de drogas, elas foram transformadas em responsáveis pelo alastramento da doença, e por propagar o vírus HIV indiscriminadamente entre os homens que buscavam o “prazer pago”.
Na Europa, os usuários de drogas; nos Estados Unidos, os homens gays; no resto do mundo, e principalmente nos países mais pobres, as prostitutas: rápido como surgiram os primeiros casos, encontrou-se mundo afora os “culpados” pelo que viria a ser uma epidemia.
Muito rapidamente, as estatísticas começaram a dar conta de que estes grupos, longe de ser “de risco”, são os menos atingidos pela epidemia, graças também a terem sido tão culpados e discriminados anos atrás. Assim, o que vemos atualmente são grupos cada vez mais conscientes e auto organizados, buscando seus próprios caminhos para novas relações sociais, em todos os níveis.
Muitos dos mitos acerca da prostituição permanecem e vão permanecer até o fim dos tempos, mas as conquistas adquiridas não tem preço, e estão em crescimento constante, seja com projetos, encontros, novos grupos que surgem, e políticas específicas voltadas para estas populações.
Fonte: ong marias
Texto 2
Há no mundo três sistemas legais sobre prostituição. O Abolicionismo, o Regulamentarismo e o Proibicionismo. A maioria dos países, como o Brasil, adota o Abolicionismo. Por esta visão, a prostituta é uma vítima e só exerce a atividade por coação de um terceiro, o “explorador” ou “agenciador”, que receberia parte dos lucros obtidos pelo profissional do sexo (como se todos os patrões não recebessem). Por isso, a legislação abolicionista pune o dono ou gerente de casa de prostituição e não a prostituta.
Nesse sistema, quem está na ilegalidade é o empresário, ou patrão, e não há qualquer proibição em relação a alguém negociar sexo e fantasia sexual. A corrupção fica facilitada neste caso. O Brasil adota esse sistema desde 1942, quando entrou em vigor o atual e antiquado Código Penal, em reforma há mais de cinco anos.
Fonte: ambito juridico
Texto 3
Fonte: Laerte
Texto 4
Há muito preconceito histórico-cultural contra a prostituição
“A dificuldade de essa profissão ser reconhecida parece girar em torno da questão do preconceito. De acordo com o que vivenciamos ao longo do trabalho, o preconceito está presente em todas as relações: com o cliente, com a sociedade em geral, no meio acadêmico e inclusive partindo das próprias profissionais.
Todas fazem uso de um pseudônimo para se identificar dentro do local de trabalho e esse nome é trocado conforme a casa em que estão exercendo a atividade, facilitando assim o anonimato, que é considerado fundamental no ofício em função do preconceito vivido por elas.
Há ainda o preconceito das próprias “garotas” contra um tipo que chamam de “a puta de paredão”, referindo-se a mulheres que fazem sexo por prazer e com muitos parceiros, em suas palavras: “a mina que vai na balada e transa com qualquer um, acha o cara da balada bonitinho, vai com ele para o motel e não cobra”. Essas não seriam profissionais, mas mulheres promíscuas.
Fonte: jornal ggn
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