PROPOSTA DE REDAÇÃO: Geração canguru e jovens “Nem nem”
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o Tema de redação: Geração canguru e jovens “Nem nem”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa e seu ponto de vista.
Texto 1
Com o aumento da escolaridade, o custo mais alto da moradia em grandes cidades, o casamento tardio e a maternidade em idade mais avançada, os jovens demoram a sair da casa dos pais. São tantos os casos no país que já há um nome para o fenômeno: geração canguru.
Os que fazem parte dela são os jovens de 25 a 34 anos de idade que moram com a família na qual nasceram. De 2002 a 2012, a proporção desse grupo passou de 20% para 24% no Brasil. Cerca de 60% dos jovens nessa condição eram homens e 40% mulheres, segundo o estudo Síntese de Indicadores Sociais, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pelos dados do IBGE, os jovens que ficam mais tempo convivendo com a família de origem estavam menos ocupados, mas tinham uma escolaridade maior. A taxa de ocupação desse grupo era de 91,4%, abaixo da média de 93,7%. Já os jovens que postergaram a saída de casa ganhavam quase um ano de estudo (10,8 anos na escola, contra 9,9 anos da média).
Fonte: gazeta do povo.com.br – jovens saem da casa dos pais cada vez mais tarde
Texto 2
Dizer que “os 30 são os novos 20” já virou lugar-comum. A frase ajuda a definir a Geração Canguru, formada por jovens na faixa etária de 25 a 34 anos que moram com os pais, um fenômeno que cresce em todo o mundo. Uma das características desses jovens é que continuam na casa dos pais por opção, mesmo tendo condições econômicas de se sustentar.
O grupo é numeroso e se multiplica. O total de pessoas entre 25 e 34 anos na população brasileira era de 30,8 milhões, ou 16% da população brasileira, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2008. Desse total, 8,4 milhões, ou aproximadamente 27% dos jovens entre 25 e 34 anos, eram considerados cangurus, sendo 4,7 milhões de homens e 3,6 milhões de mulheres. Onze milhões, ou 34%, eram a pessoa de referência, e por volta de 10 milhões, ou 31%, eram cônjuges. Os dados são de um estudo de 2010 feito pelas pesquisadoras do IBGE Ana Lúcia Sabóia e Barbara Cobo.
O fenômeno possui características comuns em diferentes lugares, como a idade cada vez mais elevada de saída da casa paterna desde os anos 1960-1970 e a permanência maior dos filhos associada à maior expectativa de vida dos pais. No entanto, o fenômeno ainda é recente, e não é possível saber com precisão quais são os motivos que levam os jovens brasileiros a retardar sua independência. O Pnad, por exemplo, não tem perguntas específicas que ajudem a decifrar as razões que levam a isso.
Mas, mesmo sem estatísticas oficiais, o aspecto econômico parece ser o mais importante, já que a esticada na casa dos pais permite formar uma maior poupança em função das despesas reduzidas com moradia. A pesquisadora cita ainda o alto custo habitacional nas grandes cidades como fator fundamental no momento da decisão. “Nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo, está praticamente impossível morar sozinho”, exemplifica a pesquisadora do IBGE Cristiane Soares.
Fonte: jcrs uol – noticia
Texto 3 – Tema de redação: Geração canguru e jovens “Nem nem”
Fonte: Nani
Texto 4
De acordo com os últimos dados da IBGE que fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais, 6,8 milhões de jovens compunham o contingente de “nem, nem, nem” no país em 2014, o que representava 13,9% das pessoas de 15 a 29 anos. Jovens que não encontram espaço no mercado de trabalho, não demonstram interesse em procurar emprego e também não querem saber de continuar a estudar. Um dado alarmante, que revela o tamanho da bomba-relógio que ameaça o futuro do Brasil.
São milhões de jovens desinteressados, os chamados “nem, nem, nem”, que nem estudam, nem trabalham e nem procuram emprego. Num cenário de baixo desemprego e de economia em expansão, esta é uma parcela importante de brasileiros que não está participando do desenvolvimento experimentado nos últimos anos.
Além disso, a escolaridade foi vista como fator primordial para a participação nas atividades econômicas do país, ou seja, quanto maior a escolaridade dos pais, maior a frequência do jovem à escola. Isso explica a falta de interesse, pois o grupo que nem trabalha e nem estuda mora com os pais e acaba tendo como referência alguém que não deu continuidade nos estudos.
O fato é: os jovens precisam ser estimulados e orientados. Como não encontram estímulo em casa, a escola passa a ter o papel crucial de ajudá-los nesta busca por um caminho a seguir. Acontece que ainda não somos exemplos no quesito educação e o grande referencial da sala de aula é o professor.
O professor tem um papel fundamental. É preciso qualificá-lo, dar-lhe condições pedagógicas e melhorar substancialmente sua remuneração. Um professor bem preparado e motivado é meio caminho andado para despertar no aluno o desejo por aprender, participar da sociedade e exercer seu papel de cidadão. Além disso, são necessários investimentos maciços em educação pública como um todo, desde a primeira infância, passando pelo ensino fundamental e médio.
Temos uma juventude sedenta por mudança, com enorme potencial para transformar o país, fazer avançar a democracia e reduzir a desigualdade social. Não podemos permitir que ela se imobilize, se sinta desmotivada por não conseguir visualizar o caminho que deve seguir. Caso contrário, os milhões de jovens “nem, nem” de hoje, serão certamente os profissionais desmotivados e despreparados – “des, des” – de amanhã.
Fonte: cursinho da poli – geracao nem-nem e os profissionais des des
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