TEXTO 1
As mulheres têm aumentado sua representatividade e inovado nas formas de trabalho. Com elas, surgem também novos desafios e oportunidades para serem exploradas nos negócios. Na mesma medida em que as empreendedoras contribuem para o desenvolvimento do país, elas também investem na educação de suas famílias e, assim, possibilitam o crescimento de mais pessoas. O empreendedorismo feminino tem toda essa força. E é também expressivo em termos numéricos.
De acordo com o levantamento mundial Global Entrepreneurship Monitor 2017, que no Brasil é realizado em parceria com o Sebrae, mais de metade dos novos negócios abertos em 2016 foi fundada por mulheres. Elas são mais escolarizadas do que os homens empreendedores e atuam, principalmente, no setor de serviços.
“A taxa de empreendimentos iniciados no país, desde 2007, oscila entre 47% e 54% para homens e mulheres. Em 2016, a taxa foi de 48,5% para homens e 51,5 % para mulheres”, afirma a especialista em empreendedorismo Hilka Machado, professora da Universidade do Oeste de Santa Catarina. Sinal de que o número de homens e mulheres interessados em empreender é proporcional há anos.
Esse é um caminho de desafios. Mesmo com todo o potencial econômico e empreendedor, as mulheres ainda precisam superar algumas barreiras. As empresas abertas por elas tendem a ter a vida mais curta. As empresárias têm menos redes de contato e nem sempre participam de negócios maiores ou inovadores.
FONTE: exame abril – o cenário do empreendedorismo feminino no brasil
TEXTO 2
Quando as norte-americanas Kate Dwyer e Penelope Gazin decidiram empreender, elas encontraram, assim como muitos, dificuldades pelo meio do caminho. No caso delas, o problema não foi escolher o nicho de mercado: elas sabiam muito bem que queriam criar um marketplace que reunisse produtos de arte e design de diversos produtores.
Ter o dinheiro para alavancar a ideia do negócio, por sua vez, não foi algo simples e elas tiveram que tirar o investimento inicial do próprio bolso. No entanto, a principal complicação que enfrentaram no processo de criação da Witchsy foi o machismo e o sexismo por serem duas mulheres a liderar um negócio.
As facetas do machismo apareceram logo cedo, ainda quando as duas fundadoras criavam o que seria o site da Witchsy. Na ocasião, elas contavam com um desenvolvedor responsável para criar a plataforma, o qual ficou frustrado após Penelope não aceitar sair com ele e tentou deletar todo o trabalho que já estava sendo feito pelas empreendedoras.
Esse caso inicial não foi a única situação desconfortável que Penelope e Kate tiveram de enfrentar. Em outros casos, desenvolvedores externos e designers gráficos que se candidatavam para trabalhar na plataforma as contatavam, via email, com mensagens em tom de superioridade e arrogância. Em sua maior parte homens, as respostas que eles davam às criadoras do Witchsy eram, quase sempre, curtas, demoradas, vagas e desrespeitosas.
Foi a partir desse cenário sexista que as duas empreendedoras tiveram a ideia de criar um terceiro fundador, o qual seria do sexo masculino: Keith Mann. O fictício Mann passou, então, a trocar emails com os desenvolvedores.
“Foi instantâneo. Os desenvolvedores demoravam dias para me responder, mas, para Mann, vinham respostas, atualizações de status e até solicitações se ele queria alguma coisa ou havia algo com o que ele precisasse de ajuda”, diz Kate.
Em um caso particular, um desenvolver estabelecia mais interações humanas com Keith do que com as duas criadoras da plataforma. “Quando ele falava com Keith, ele sempre usava o nome dele. Quando era com nós duas, nunca usava nossos nomes”, afirma Kate.
“Acredito que nós poderíamos ter ficado muito chocadas com esse fato. ‘Sério, as pessoas irão falar com mais respeito com esse homem imaginário do que com nós mesmas?’ Mas, sabe, isso é só uma demonstração do mundo no qual estamos inseridos agora”, diz Kate.
Fonte: revista pegn globo – empreendedoras criam um sócio de mentira para comprovar machismo nos negócios
TEXTO 3
Fonte: matéria incógnita – brasil tem 6 milhões de mulheres empreendedoras formais
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios do empreendedorismo feminino”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Tema de Redação: Ações para alcançar a igualdade de gênero no Brasil
Tema de redação: A autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação