Já viu alguma imagem na mídia mostrando a quantidade de plástico nos oceanos? Assustador, não é? Como tanto lixo vai parar lá? Você vai descobrir hoje que parte da poluição de plástico nos oceanos é de responsabilidade do Brasil, e por isso é tema que pode cair na redação Enem.
Sendo assim, esta semana você vai explorar o seguinte tema: “Combate à poluição de plástico nos oceanos”. Então, queremos que escreva uma dissertação argumentativa sobre ele, dando sua opinião e incluindo propostas de intervenção. Escolhemos a dedo os textos abaixo para ajudá-lo.
TEXTO 1
Alternativas para o mar de plástico
A poluição do oceano por plástico é o resultado de um sistema profundamente mal estruturado, em que a fabricação de um produto não biodegradável pode continuar sendo feita sem controle. Ainda que seja possível reciclar, não há segurança de que os resíduos serão reciclados.
Para reduzir a quantidade de lixo plástico no mundo, são necessárias campanhas contínuas sobre consumo que eduquem as pessoas a respeito do impacto do plástico descartável nos oceanos. Além disso, é preciso evitar produtos com embalagens desnecessárias, cobrar para que empresas mudem suas posturas e apostar na reutilização.
Fonte: https://www.ecycle.com.br/mar-de-plastico/
TEXTO 2
Poluição por plásticos no oceano pode quadruplicar até 2050
De acordo com a diretora do Programa Marinho da WWF Alemanha, Heike Vesper, as evidências sugerem que a contaminação plástica do oceano é irreversível. “Uma vez distribuído no oceano, é quase impossível de recuperar o lixo plástico. Ele se degrada constantemente e, portanto, a concentração de micro e nanoplásticos continuará a aumentar por décadas. Agir sobre as causas da poluição plástica é muito mais eficaz do que limpar depois. Se governos, indústria e sociedade agirem em uníssono agora, eles ainda podem limitar a crise do plástico”, explicou.
Os dados sobre a poluição são alarmantes:
2.144 espécies encontraram poluição plástica em seus ambientes naturais; 88% das espécies marinhas estudadas foram impactadas negativamente pelo plástico; estima-se que até 90% de todas as aves marinhas e 52% de todas as tartarugas marinhas ingerem plástico; os recifes de coral em todo o mundo estão em grave crise devido às mudanças climáticas, e a ameaça adicional aos corais pela poluição plástica atingiu níveis alarmantes.
Além da poluição fora de controle, há outras práticas que colocam os ambientes marinhos em risco. A pesca excessiva, poluição por falta de saneamento básico, o transporte marinho e os efeitos do próprio aquecimento global são algumas das ameaças que atingem o oceano. Quando todo o ecossistema está em desequilíbrio, as espécies sofrem mais com os impactos das ações humanas.
As conclusões foram publicadas dias antes da Assembleia 5.2 da ONU para o Meio Ambiente, que será realizada entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março. O evento será uma oportunidade para debater um tratado internacional com soluções globais e sistêmicas.
Fonte: https://veja.abril.com.br/agenda-verde/poluicao-por-plasticos-no-oceano-pode-quadruplicar-ate-2050/
TEXTO 3
O Brasil está entre os 20 países que mais contribuem para a poluição nos oceanos
Segundo pesquisa da rede Blue Keepers, programa desenvolvido para combater a poluição do plástico em rios e oceanos, uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil está entre os 20 países no mundo que mais contribuem para a poluição plástica nos oceanos. Ademais, um estudo inédito, disponibilizado pelo projeto, aponta que cada brasileiro pode ser responsável por 16 quilogramas de resíduos no mar por ano. Assim, os dados recolhidos são disponibilizados em uma plataforma de livre acesso com o intuito de conscientizar a população do panorama emergencial em que se encontram as águas.
Ademais, apesar de políticas ligadas aos resíduos sólidos e ao saneamento, o planejamento e a execução de ações contra o plástico no ambiente são beneficiados pelos dados da Blue Keepers. Por meio do relacionamento com as prefeituras, as responsáveis pela limpeza urbana, “precisamos deixar esse legado de trabalhar com essas municipalidades em capacitações técnicas, mas também em prototipagem de soluções”, explica o professor Alexander Turra, do Instituto Oceanográfico da USP (IO) e coordenador da Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano do Instituto de Energia e Ambiente da USP (IEA).
(…)
Além disso, os pontos de entrada de poluição plástica nos mares brasileiros são as fozes dos principais rios das bacias hidrográficas, como o Rio Amazonas. “O que nos chamou a atenção é que o Brasil é um país com muitas barragens, e há um miolinho onde essas barragens acabam impedindo que esses resíduos do interior tomem o caminho direto ao oceano”, explica Gabriela. Contudo, o alto potencial de plástico disponível nas grandes capitais pode se tornar resíduos encaminhados ao oceano, sendo a população a causadora direta desse despejo de lixo.
Fonte: https://jornal.usp.br/atualidades/o-brasil-esta-entre-os-20-paises-que-mais-contribuem-para-a-poluicao-nos-oceanos/ (Adaptado)
Repertórios socioculturais relacionados ao tema “Combate à poluição de plástico nos oceanos”
reportagem – se você quer entender melhor a origem desse plástico, este informativo da National Geographic é completo.
notícia – dos mares italianos, vem este experimento otimista de um equipamento que retira plástico dos mares.
documentário – “Oceanos de Plástico”, de 2016, mostra o trabalho de um jornalista e uma mergulhadora mostrando o estado frágil de nossos oceanos hoje.
notícia – é possível reutilizar o plástico dos oceanos, e leia aqui como uma boneca Barbie prova isso.
Informativo – este é um alerta da ONU sobre dificuldades políticas a serem enfrentadas por trás de soluções para a eliminação do plástico dos oceanos.
Informativo – neste artigo do Share América você vai encontrar soluções que países e empresas estão dando ao plástico dos oceanos.
notícia – aqui vão soluções que já estão sendo usadas para retirar lixo dos oceanos, algumas delas no Brasil.
Preparado para escrever sobre o combate à poluição de plásticos nos oceanos? Então, capriche e faça como milhares de vestibulandos estão fazendo: envie sua redação para nossos corretores analisarem – porque professores descobrem falhas que você não vê!