Sabe aquele seu medo de ficar sem celular? Você não está sozinho – o nome disso é nomofobia, e não é brincadeira não: cria problemas psicológicos e físicos. Como esse tema ainda não caiu na redação do Enem, saímos na frente para preparar você. Vai que…
Pegue lápis e caderno e escreva uma redação no formato Enem: argumente sobre “o problema da nomofobia (vício em redes sociais) no cotidiano”. Aproveite o material escolhido a dedo pela nossa equipe para dar suas propostas de intervenção.
Texto 1
Nomofobia: o medo de ficar sem o telefone
Se você acha que tem nomofobia ou sente que está gastando muito tempo no telefone, há coisas que você pode fazer para gerenciar melhor o uso do dispositivo.
Definir limites. Estabeleça regras para o uso do seu dispositivo pessoal. Isso pode significar evitar seu dispositivo móvel em determinados momentos do dia, como durante as refeições ou na hora de dormir.
Encontrar um equilíbrio. Pode ser muito fácil usar o telefone para evitar o contato cara a cara com outras pessoas. Concentre-se em obter alguma interação pessoal com outras pessoas todos os dias.
Fazer pausas curtas. Pode ser difícil quebrar o hábito do telefone celular, mas começar pequeno pode tornar a transição mais fácil. Comece fazendo pequenas coisas, como deixar o telefone em outro cômodo durante as refeições ou quando estiver envolvido em outra atividade.
Encontrar outras maneiras de ocupar seu tempo. Se você achar que está usando o telefone excessivamente por tédio, tente procurar outras atividades para distraí-lo do dispositivo. Tente ler um livro, dar um passeio, praticar um esporte ou praticar um hobby de que goste.
traduzido livremente de very well mind – nomophobia the fear of being without your phone.
Texto 2
Principais sintomas da nomofobia
- Dificuldade de concentração no trabalho, na escola ou em atividades que exijam atenção contínua.
- Uso do smartphone durante conversas presenciais com amigos e familiares.
- Uso “escondido” do smartphone durante uma situação na qual o aparelho não é permitido.
- FOMO: medo de perder alguma novidade ou informação enquanto está sem o celular.
- Irritação ou ansiedade quando está sem o celular.
- Insônia.
fonte: seleções – nomofobia principais sintomas e tratamentos para o vício em celular
Texto 3
Apaixonados por tecnologia ficam 48h sem celulares em ‘praia detox’
A viagem para a praia do detox digital, do início dessa reportagem, teve o mesmo objetivo: estimular o uso mais consciente e equilibrado da tecnologia. Depois dos celulares confiscados, cada um reagiu de um jeito.
“Para te falar a verdade, eu não lembro de ter ficado tanto tempo sem celular”, assume José Gustavo Cal, publicitário
“Eu estou com crise de riso nervoso, olha minha unha como é que tá, sem nada para fazer, eu estou estragando minha unha”, conta a supervisora comercial Sandra Resende.
Todos da viagem achavam que faziam uso normal da tecnologia. Depois de um tempo sem o celular, começaram a refletir.
“E fica ali (imitando estar no telefone), quando você vê, olha pra hora e diz: ‘Meu Deus! Já se passaram três horas, eu poderia ter andado de bicicleta, ter feito yoga, muitas coisas’”, conta Adriana Carvalho, atriz.
“Toda hora você pega ele no bolso, olha para ver se alguém te mandou mensagem, passa 20 minutos, você olha ele outra vez. Aí ninguém te mandou mensagem e você já fica encucado: ‘Será que eu estou sem sinal? Por que ninguém me mandou mensagem tem 40 minutos já’”, diz Carlos Alberto, assistente financeiro.
fonte: g1 globo – apaixonados por tecnologia ficam 48h sem celulares em praia detox
Texto 4
Por que você não deve confundir ‘nomofobia’ com um vício real em smartphones
O que torna a nomofobia um conceito tão atraente é que às vezes parece que a maioria de nós sofre disso. Os EUA estão tão conectados a dispositivos móveis que navegar na sociedade sem um pode ser um sério desafio. Quando foi a última vez que você pegou um mapa físico?
Sabemos que a exposição constante aos nossos dispositivos pode atrapalhar nosso sono e influenciar a forma como dirigimos. Talvez isso signifique que toda a pesquisa sobre nomofobia está ligada a alguma coisa. Para muitas pessoas, isso pode ser assustador (a sociedade tem um problema real!) ou comprovado (se eu tiver, pelo menos é um fenômeno reconhecido!).
Mas talvez o maior risco de todos esteja em decidir que a nomofobia representa uma condição médica real. Na verdade, dizem os críticos, toda a pesquisa sobre nomofobia obscurece o que é, em última análise, um processo natural e recorrente: a antiga luta que todas as sociedades tiveram para se adaptar às novas tecnologias.
fonte: washington post – why you shouldnt confuse nomophobia with an actual addiction to smartphones
Repertórios socioculturais relacionados ao tema “O problema da nomofobia (vício em redes sociais) no cotidiano”
vídeo – Ana Beatriz Barbosa é uma conhecida psiquiatra e nada melhor que uma médica dessa área para explicar o mal que a nomofobia pode fazer na nossa saúde.
novela – “Travessia”, da Rede Globo, tem alguns temas centrais, e a nomofobia é um deles – a novela está no ar em 2023!
estatística – nada como números para você incluir na sua redação do Enem, e aqui você encontra vários de uma pesquisa com quem tem nomofobia.
caso real – bem interessante este relato de um jovem que ficou sem celular por 7 dias! sim, ele sobreviveu e conta aqui como se sentiu.
artigo – “efeito google”, “invisibilidade social”, “síndrome do toque fantasma”… você precisa conhecer esses termos ligados à nomofobia (e descobrir se já passa por algum desses sintomas) – leia aqui.
filme – boa parte dos que sofrem de nomofobia se sentem dependentes de ver as postagens em redes sociais; o filme “O dilema das redes sociais”, de 2020, é sobre esse problema, e é um ótimo repertório para sua redação.
artigo – se você está pensando que é só desconectar-se da internet para acabar com sua dependência do celular, pode estar totalmente enganado; veja o que diz a professora de psicologia da USP, Henriette Morato.
casos reais – conheça alguns casos impressionantes de quem não está conseguindo viver sem o celular na mão!
artigo – se você não tem ideia para sua proposta de intervenção, inspire-se no que os psicólogos acham ser formas de ajudar o nomofóbico.
Como é?! O problema da nomofobia no cotidiano é seu também? Veja que coincidência… É bom treinar para a redação do Enem e aprender a controlar esse vício ao mesmo tempo! E se nós pudermos mostrar a você o que precisa, urgentemente, melhorar na sua redação, será melhor ainda!