O consumo abusivo de bebidas alcoólicas, embora normalizado em grande parte das interações sociais, traz consequências severas para a saúde pública, para as famílias e para a sociedade em geral. Dados da 7ª edição do anuário Álcool e a Saúde dos Brasileiros: Panorama 2025, elaborado pelo CISA com base em informações do Datasus e do IBGE, apontam que quatro pessoas são hospitalizadas por hora em razão do alcoolismo e que o transtorno está associado a 10,5% das mortes registradas no país. Ainda que a maior parte das vítimas fatais seja composta por homens (90,9%), observa-se também o crescimento da participação feminina nos casos de internações.
Além do impacto direto na saúde, o uso nocivo do álcool desencadeia problemas familiares e sociais, como o aumento de casos de violência doméstica, acidentes de trânsito e abandono de vínculos afetivos. Nesse sentido, compreender os efeitos sociais e familiares dessa prática é indispensável para a construção de políticas públicas eficazes e para debates em provas como o ENEM, vestibulares e concursos, que frequentemente abordam temas ligados à saúde coletiva e cidadania.
Texto Motivador I
Internações por alcoolismo crescem no país: 4 pessoas são hospitalizadas por hora
O alcoolismo, também chamado de transtorno por uso de álcool, é responsável por 10,5% das mortes associadas ao uso de álcool no Brasil e faz 21 vítimas fatais por dia. Entre 2022 e 2023, houve um aumento de 2,8% no número de hospitalizações — quatro pessoas são hospitalizadas por hora no país por esta causa.
Homens representam 86,4% dos hospitalizados, mas observa-se um aumento gradual de mulheres internadas. A pesquisa ainda aponta que os efeitos do uso nocivo de álcool vão desde acidentes de trânsito e violência até doenças crônicas agravadas em faixas etárias mais avançadas.

Fonte adaptada: g1
Texto Motivador II
Beber álcool aumenta risco de demência mesmo quando o consumo é pequeno, aponta estudo de Oxford
Um estudo internacional conduzido pela Universidade de Oxford e publicado na revista BMJ Evidence Based Medicine revelou que não existe nível seguro de consumo de álcool para o cérebro. Analisando dados de mais de 2,4 milhões de pessoas nos EUA e Reino Unido, os pesquisadores demonstraram que mesmo pequenas doses aumentam gradativamente o risco de desenvolver demência.
Durante anos, acreditava-se que o consumo moderado poderia proteger a saúde cerebral. No entanto, os cientistas identificaram que essa impressão se devia a um engano estatístico conhecido como “causalidade reversa”, já que indivíduos com início de sintomas de demência tendem a reduzir espontaneamente o consumo de álcool.
Os dados mostram que:
- Beber mais de 40 doses por semana eleva em 41% o risco de demência;
- Pessoas com diagnóstico de dependência apresentam risco 51% maior;
- Cada incremento de 1 a 3 doses semanais está ligado a um aumento de 15% no risco.
Para os pesquisadores, a conclusão é clara: reduzir o consumo de álcool é uma medida fundamental de prevenção contra doenças neurodegenerativas, o que reforça a necessidade de políticas públicas de conscientização.
Fonte adaptada: g1
Texto Motivador III
Viva melhor, beba menos
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o uso nocivo do álcool é um problema de saúde pública global que impacta diretamente a vida individual, familiar e social. Estima-se que 3 milhões de mortes por ano estejam relacionadas ao consumo abusivo de bebidas alcoólicas, o que representa 5,3% de todas as mortes no mundo.
Os efeitos vão muito além da dependência: o álcool está associado a mais de 200 doenças e lesões, incluindo cirrose hepática, diversos tipos de câncer, transtornos mentais e cardiovasculares, além de acidentes de trânsito, suicídios e episódios de violência.
Entre os jovens de 20 a 39 anos, cerca de 13,5% das mortes estão relacionadas ao consumo de álcool, revelando que o impacto atinge principalmente a população em idade produtiva. Também existem efeitos sobre terceiros, como familiares, amigos e até desconhecidos, que sofrem com as consequências da violência e da desestruturação familiar causadas pelo abuso da substância.
A OMS reforça que medidas como tributação de bebidas, restrição de marketing, limitação da disponibilidade de álcool e ampliação do acesso a tratamento para dependentes são estratégias eficazes para reduzir o problema.
Fonte adaptada: OPAS/OMS
Texto Motivador IV
Conheça os riscos do consumo abusivo de álcool e drogas
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 6% de todas as mortes no mundo estão relacionadas ao uso nocivo do álcool. No Brasil, a taxa de abuso chega a 5,6% da população, evidenciando um problema de saúde pública grave.
O consumo excessivo de álcool pode causar danos ao fígado, problemas cardíacos, comprometimento do sistema nervoso e aumento do risco de acidentes. As drogas ilícitas, por sua vez, afetam diretamente o sistema nervoso central, podendo gerar danos cerebrais irreversíveis, transtornos mentais e dependência química.
Além dos impactos individuais, o abuso de álcool e drogas compromete a convivência social e familiar, aumentando casos de violência, acidentes de trânsito e custos para o sistema de saúde. Programas de prevenção, apoio psicológico e redes de reabilitação são apontados como fundamentais para reduzir esse impacto.
Fonte adaptada: Hospital Sírio-Libanês
Repertórios para usar no tema O impacto social e familiar do uso nocivo de álcool na sociedade brasileira
Ao abordar esse tema em vestibulares ou concursos, é essencial utilizar repertórios variados que dialoguem com a realidade brasileira e global. Eles servem como comprovação crítica para a sua tese, mostrando conhecimento cultural, jurídico e histórico. Abaixo estão algumas sugestões de livros, filmes, séries, legislações e fatos históricos que podem enriquecer sua redação.
Quais livros podem ser usados para abordar o tema?
- “O Cortiço” (Aluísio Azevedo) – retrata a degradação social causada pelo vício em álcool e outras práticas, conectando desigualdade social ao consumo nocivo.
- “Vidas Secas” (Graciliano Ramos) – mostra como a ausência de perspectivas e o ciclo de miséria podem levar ao vício como forma de escape.
- “Admirável Mundo Novo” (Aldous Huxley) – embora seja ficção, denuncia o uso de substâncias químicas para controlar indivíduos, o que pode ser comparado à alienação causada pelo álcool.
Quais filmes ajudam a refletir sobre os efeitos do alcoolismo?
- “Quando um Homem Ama uma Mulher” (1994) – drama sobre o alcoolismo e seus efeitos devastadores nos laços familiares.
- “Baco: A História de um Alcoólatra” – documentário sobre os impactos sociais e psicológicos do vício em álcool.
- “Álcool – Crônicas de um Vício” – traz relatos reais que evidenciam o peso social do alcoolismo.
Quais séries podem ser relacionadas ao tema?
- “Euphoria” (HBO) – retrata jovens em contato constante com álcool e drogas, mostrando os impactos em saúde mental, família e sociedade.
- “BoJack Horseman” (Netflix) – utiliza o humor ácido para discutir alcoolismo, depressão e autodestruição.
- “Breaking Bad” (AMC) – ainda que centrada em drogas ilícitas, pode ser usada para refletir sobre como o vício corrói famílias e comunidades.
Quais legislações brasileiras dialogam com o tema?
- Constituição Federal de 1988 (art. 196) – saúde como direito universal, reforçando a responsabilidade do Estado em prevenir dependências.
- Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990) – proíbe a venda de bebidas alcoólicas para menores, protegendo-os da iniciação precoce.
- Lei Seca (Lei 11.705/2008) – marco no combate à associação entre álcool e acidentes de trânsito.
- Política Nacional sobre Drogas (2019) – prevê ações de prevenção, acolhimento e reinserção social para dependentes.
Quais fatos históricos podem ser usados como repertório?
- Lei Seca nos EUA (1920-1933) – mostra os efeitos da proibição total do álcool, gerando contrabando e máfias, mas também debates sobre políticas públicas.
- Fundação dos Alcoólicos Anônimos (1935) – exemplo de apoio comunitário que mudou a forma de enfrentar a dependência.
- Pandemia da Covid-19 (2020-2022) – período marcado pelo aumento no consumo de álcool como fuga emocional, gerando reflexões sobre saúde pública.
- Campanhas da OMS e OPAS – estratégias internacionais para reduzir o consumo nocivo de álcool, usadas como referência para o Brasil.
Nocivo de álcool na sociedade brasileira?
Ao desenvolver os parágrafos de desenvolvimento, é importante estruturar seus argumentos de forma lógica, conectando causa, consequência, repertório e uma possível solução. Veja alguns exemplos que podem fortalecer sua redação:
Argumento 1 – A ausência de políticas públicas eficazes no combate ao alcoolismo
- Causa: falta de campanhas educativas contínuas e insuficiência de políticas de prevenção e tratamento da dependência.
- Consequência: aumento de hospitalizações, sobrecarga no SUS e fragilização das relações familiares.
- Repertório: o sociólogo Émile Durkheim, em O Suicídio, explica como a ausência de regulação social pode gerar comportamentos nocivos para o indivíduo e a coletividade, o que pode ser aplicado ao consumo desregulado de álcool.
- Solução: ampliar campanhas públicas de conscientização, investir em centros de tratamento acessíveis e incluir programas preventivos nas escolas.
Argumento 2 – A banalização do consumo de álcool na sociedade brasileira
- Causa: normalização do consumo em festas, publicidade e redes sociais, muitas vezes direcionadas a jovens.
- Consequência: crescimento da iniciação precoce ao álcool, fragilização dos vínculos familiares e aumento da violência doméstica.
- Repertório: o filósofo Zygmunt Bauman, em Vida para Consumo, analisa como a lógica consumista transforma até práticas nocivas em símbolos de status, o que ajuda a entender a naturalização do álcool no Brasil.
- Solução: regulamentar a publicidade de bebidas alcoólicas, estimular o debate crítico em sala de aula e promover espaços de lazer alternativos para os jovens.
Conclusão sobre o tema O impacto social e familiar do uso nocivo de álcool na sociedade brasileira
Diante do exposto, percebe-se que o uso nocivo do álcool ultrapassa a esfera individual, afetando tanto a saúde pública quanto a estrutura familiar. A ausência de políticas públicas eficazes contribui para a manutenção desse quadro, enquanto a banalização do consumo reforça a iniciação precoce e a naturalização do problema.
Nesse sentido, é necessário que o Ministério da Saúde, em parceria com as escolas públicas e privadas, promova campanhas educativas permanentes e implemente programas de prevenção e tratamento acessíveis, utilizando meios de comunicação de massa como TV, rádio e internet. O efeito esperado é a redução do consumo precoce, a diminuição de hospitalizações e a fortalecimento dos vínculos familiares, favorecendo uma sociedade mais saudável e consciente.
👉 Agora é a sua vez: treine esse e mais de 1.200 temas de redação na nossa plataforma.