Existem muitos mitos sobre a redação do Enem. Você tem alguma dúvida sobre o que realmente pode ou não fazer na prova? Leia este post!
A prova de redação do Enem costuma preocupar bastante os participantes do exame, e não é para menos. Ela corresponde a 20% da nota e pode elevar a média quando for bem desenvolvida. Assim, é normal que ao longo do tempo apareçam alguns mitos sobre a redação e muita gente acaba acreditando e seguindo por medo de ter pontos descontados na prova. Hoje, vamos conversar sobre alguns desses mitos. Dessa forma, você ficará bem informado(a) e não precisará mais ficar inseguro(a) na hora de escrever o seu texto. Então, vamos lá?
1. É obrigatório ter título na redação
Embora esteja escrito na Cartilha do Participante que o título não é obrigatório, muita gente ainda pensa que precisa colocar para não perder pontos. O participante, se quiser, pode colocar título. Ele, no entanto, não será avaliado em nenhuma das competências. O título vale como linha escrita pelo participante. Então, caso a pessoa escreva um texto de apenas 7 linhas, mas que além disso tenha o título, ela terá seu texto corrigido.
2. Usar palavras difíceis aumenta a nota
É verdade que é importante variar o vocabulário e evitar repetições de palavras em seu texto, porém é mito que você precisa usar palavras difíceis para ter uma nota maior. Pois é, na verdade, o “rebuscamento” prejudica mais que ajuda. Isso porque muitas pessoas usam palavras das quais não conhecem muito bem o significado. Desse modo, sim, podem perder pontos. Deve haver um cuidado na escolha das palavras, haver respeito à modalidade padrão da língua portuguesa, mas não é necessário “escrever difícil”. Lembre-se de que o texto dissertativo-argumentativo preza pela objetividade e clareza. Assim, ele precisa ser fluido, de fácil leitura por qualquer pessoa. Imagine sempre que você está escrevendo para muitas pessoas e não somente para a banca. Então, o texto deve ser compreensível para todos.
3. Só pode escrever com letra cursiva na folha de prova
Não, esse é mais um mito. O participante pode escrever com letra de forma, mas precisa diferenciar as letras maiúsculas e minúsculas. Isso porque é um dos critérios de correção da competência 1 identificar se o participante sabe quando é necessária essa diferenciação (começo de frases e palavras que precisam ser escritas com inicial maiúscula, como nomes próprios, por exemplo).
4. Basta citar algum filósofo para tirar uma boa nota
Não é bem assim que funciona. Nós já mostramos aqui no blog os critérios de correção das 5 competências e você deve lembrar que falamos sobre repertório sociocultural na competência 2. É superimportante que exista fundamentação na sua argumentação, e a citação é uma forma de fazer isso, mas não é a única. Além disso, não basta apenas colocar uma citação solta em seu texto, ela precisa necessariamente ser pertinente ao tema e também ter uso produtivo para que se atinja as notas mais altas na competência 2. Sabemos que existem muitas fórmulas prontas e “esqueletos” de redações que dizem “servir para qualquer tema” e que usam sempre os mesmos filósofos e as mesmas citações batidas. Desapegue desse mito. Receitas de redação podem dar bastante lucro para quem as vende, mas podem ser muito prejudiciais para você se segui-las cegamente.
5. Devo tentar agradar o posicionamento político do avaliador
Isso simplesmente não existe. Trata-se de mais um dos mitos sobre a redação, e muita gente cai nele. O Inep divulgou no ano passado a cartilha de capacitação dos avaliadores e por elas é possível perceber que os critérios são bastante objetivos. Não há margem para esse tipo de avaliação subjetiva nem é o papel do avaliador concordar ou não com as opiniões dos participantes. O texto precisa ter coerência entre o ponto de vista, os argumentos e a proposta de intervenção, respeitando os direitos humanos, seja mais alinhado à direita, à esquerda ou ao centro, isso não importa!
Além disso, é mito também que todos os mais de 5 mil avaliadores que corrigem redações anualmente pensam da mesma forma. E é impossível saber quem vai corrigir a sua, ou seja, essa história não faz o menor sentido. Escreva o texto de acordo com a sua visão de mundo, com bons argumentos e uma proposta de intervenção adequada à situação de prova que vai dar tudo certo!
6. Rasuras tiram pontos da redação
É compreensível que em uma prova manuscrita o participante cometa alguns erros e ele não possa apagá-los da folha de prova. Portanto, jamais alguém será prejudicado por rasurar, desde que não risque a folha inteira, anulando linhas propositalmente e ficando com 7 linhas ou menos de texto. Evite cometer erros, mas, caso aconteçam, não se desespere. Passe um traço simples por cima da palavra ou trecho errado e escreva corretamente ao lado. Caso perceba o erro depois de já ter passado tudo a limpo, tente arrumar escrevendo em cima da rasura, mas lembre-se de que precisa ficar legível. A única coisa que pode prejudicar a nota é o avaliador não compreender o que está escrito se ficar muito pequeno. Então, tenha muita atenção na hora de transcrever o rascunho para a folha oficial.
Então, você conhecia esses mitos sobre a redação do Enem? Sabe de mais algum que queira desvendar? Escreva aqui nos comentários que a gente esclarece a sua dúvida!
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