Memórias Póstumas de Brás Cubas: resumo, críticas, frases e aplicação na redação

Memórias Póstumas de Brás Cubas: resumo, críticas, frases e aplicação na redação

Ao falar sobre os clássicos da literatura brasileira, poucas obras alcançam tanta relevância quanto Memórias Póstumas de Brás Cubas. Publicado em 1881 por Machado de Assis, o livro não apenas inaugurou o Realismo no Brasil, como também se tornou leitura obrigatória em vestibulares como a UFSC.

Além disso, a obra voltou aos holofotes em 2024, quando viralizou no TikTok. A escritora americana Courtney Novak, em seu projeto Read Around the World, classificou a narrativa como “o melhor livro já escrito”. A repercussão levou o romance ao topo da Amazon nos Estados Unidos e reacendeu o interesse pelo humor ácido e pela crítica social de Machado de Assis.Portanto, compreender Memórias Póstumas de Brás Cubas não é apenas requisito escolar: é uma forma estratégica de construir repertório sólido para o ENEM e para vestibulares de alto nível.

O que fala o livro Memórias Póstumas de Brás Cubas?

Em primeiro lugar, é importante destacar que o romance é narrado por um “defunto autor”. Brás Cubas, já falecido, revisita sua vida em tom irônico e sarcástico. Ao longo de 160 capítulos curtos, ele expõe seus fracassos, suas paixões frustradas e a hipocrisia da elite brasileira do século XIX.

Esse formato inovador rompeu com a tradição linear e se adaptou perfeitamente ao consumo contemporâneo. Não por acaso, em 2024, a obra viralizou novamente, já que sua estrutura fragmentada e suas reflexões rápidas dialogam com a forma como os leitores hoje consomem conteúdo.

Qual a principal crítica feita em Memórias Póstumas de Brás Cubas?

Ao narrar sua vida, Brás Cubas não poupa a elite de seu tempo. A crítica central é ao egoísmo humano, à indiferença diante do sofrimento dos outros e à vaidade vazia que norteia a busca por poder e status.

Nesse sentido, a obra antecipa uma crítica social que continua atual. Se antes denunciava os vícios da sociedade imperial, hoje pode ser associada a temas como desigualdade social, consumismo e individualismo contemporâneo. Assim, o livro funciona como ponte entre passado e presente, oferecendo material riquíssimo para a redação.

Qual a mensagem de Memórias Póstumas de Brás Cubas?

De modo geral, a mensagem transmitida é a de que a vida é marcada por ilusões e projetos fracassados. Não por acaso, o narrador dedica a obra “ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver”, estabelecendo o tom de pessimismo que percorre todo o texto.

Com isso, Machado sugere que, apesar da busca incessante por grandeza, o destino humano está sempre condicionado à morte e à inutilidade das vaidades. Essa mensagem atravessa gerações e permite aplicar a obra em debates atuais sobre ética, cidadania e coletividade.

Qual era a ideia de Brás Cubas?

Entre as passagens mais famosas, destaca-se o emplasto contra a melancolia, uma invenção que nunca saiu do papel. Essa ideia irrealizável simboliza promessas políticas e sociais que não se concretizam, reforçando a crítica de Machado às estruturas de poder.

Assim, a figura do emplasto continua sendo metáfora útil para discutir, por exemplo, políticas públicas ineficazes, falhas na gestão governamental ou promessas eleitorais que não saem do discurso.

Memórias Póstumas de Brás Cubas: resumo detalhado

Para compreender melhor, veja os principais pontos da obra:

  • Narrador: Brás Cubas, um defunto que conta sua história após a morte.
  • Estrutura: 160 capítulos curtos, fragmentados e muitas vezes com intervenção direta ao leitor.
  • Estilo: ironia, sarcasmo, filosofia pessimista e crítica social.
  • Temas centrais: desigualdade, egoísmo, futilidade da vida, crítica à elite política e econômica.

Além disso, a obra deu origem a adaptações, como o filme Memórias Póstumas de Brás Cubas (2001), e continua disponível em várias edições, inclusive em PDF para download completo, o que facilita o acesso dos estudantes.

Frases e trechos de Memórias Póstumas de Brás Cubas

Ao longo do romance, surgem frases que se tornaram célebres e podem ser usadas como repertório em redações:

  • “Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico com saudosa lembrança estas Memórias Póstumas.”
  • “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.”
  • “Aos tristes, basta a tristeza, sem a ironia do riso.”

Esses trechos de Memórias Póstumas de Brás Cubas reforçam a crítica social e a reflexão filosófica, sendo ótimos recursos para enriquecer a argumentação.

Como usar Memórias Póstumas de Brás Cubas na redação?

Mais do que leitura obrigatória, o livro é um repertório coringa para argumentação. Ele pode ser usado em temas como:

  • Desigualdade social e exclusão
  • Consumismo e vaidade
  • Individualismo e falta de coletividade
  • Crítica à elite política e econômica
  • Sentido da vida e limites da existência

Exemplo de introdução

Tema: O impacto do individualismo na sociedade contemporânea

Na obra Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), o escritor Machado de Assis, pioneiro do Realismo brasileiro, apresenta um narrador pós-morte que ironiza o egoísmo humano e a futilidade da vida social. Esse olhar crítico, ainda atual, permite refletir sobre como o individualismo contemporâneo compromete práticas coletivas e amplia desigualdades.

Memórias Póstumas de Brás Cubas: resumo por capítulos

A obra é composta por 160 capítulos curtos. A seguir, um panorama dividido em blocos para facilitar a compreensão:

Capítulos 1 a 20

Brás Cubas se apresenta como narrador após a morte. Ele ironiza sua condição de “defunto autor”, dedica o livro ao verme que roeu sua carne e começa a narrar lembranças da infância e da juventude.

Capítulos 21 a 50

O narrador descreve suas primeiras paixões e frustrações, além de expor críticas à educação, à religião e às convenções sociais. Surge o famoso “emplasto Brás Cubas”, metáfora das promessas grandiosas e irrealizadas.

Capítulos 51 a 90

A narrativa aborda a vida adulta de Brás Cubas, suas relações amorosas, interesses políticos e ambições frustradas. Aqui a ironia sobre a elite e a hipocrisia social ganha força.

Capítulos 91 a 120

O personagem narra episódios de amizades, traições e fracassos pessoais. Destacam-se reflexões filosóficas sobre a vida, a morte e a futilidade das relações humanas.

Capítulos 121 a 160

Os últimos capítulos reforçam a ausência de conquistas do narrador. No desfecho, Brás Cubas declara não ter deixado herança nem filhos, concluindo sua vida com um “legado da nossa miséria”, uma síntese pessimista e irônica da existência.

Quem foi Machado de Assis?

Para compreender a força da obra, é necessário conhecer seu autor. Machado de Assis (1839-1908) nasceu no Morro do Livramento, no Rio de Janeiro, em uma família pobre. Apesar das dificuldades, tornou-se o maior escritor brasileiro, fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.

Entre suas principais obras estão Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, Quincas Borba, Esaú e Jacó e Memorial de Aires. Suas marcas são a ironia, a inovação narrativa e a crítica social.

Conclusão

Portanto, estudar Memórias Póstumas de Brás Cubas é compreender a crítica de Machado de Assis à sociedade brasileira e, ao mesmo tempo, adquirir repertório sólido para a redação. Seja pelas frases impactantes, pelo pessimismo filosófico ou pela denúncia do egoísmo humano, a obra se mantém viva e atual.

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