Você sabia que dá usar mapa mental para a redação? Essa técnica muito utilizada em outras matérias é a queridinha dos studygrams que tanto estudantes seguem e acredite: é eficaz, inclusive, quando se trata da construção de um texto coeso e coerente.
Na verdade, esses esquemas nasceram como uma ferramenta de organização no ambiente corporativo. Hoje, as escolas, procurando novas formas de absorção de conteúdo, começaram a ensinar seus alunos a fazerem mapas mentais nas mais diferentes disciplinas.
Essa técnica só foi ganhando mais e mais espaço com o passar do tempo. Que tal aprender? O Redação Online te conta com clareza o que ela é, sua diferença para os mapas convencionais e, de quebra, ainda te ensina formar de aplicá-lo em sua redação. Continue a leitura!
Mas antes, deixe nosso post com dicas sobre como começar a se preparar para o Enem aberto se você se encontra nessa fase da vida!
Afinal, o que é um mapa mental para redação?
Quem sistematizou o que hoje conhecemos como mapa mental foi Tony Buzan. O psicólogo queria encontrar uma forma de organizar um grande apanhado de informações para que o conteúdo principal fosse destacado. Para isso, ele desenhou um esquema onde o tema central da pesquisa ou estudo ficou no centro de uma folha. Todos os subtemas relacionados foram desenhados como se fossem “ramos” desse tema central.
Anote: para o mapa mental, o assunto principal é a raiz e o tronco da árvore e os assuntos secundários, relacionados a esse assunto principal, são os galhos.
Pensando especificamente nos mapas mentais para redação, é possível utilizá-lo tanto para aprender a estrutura de um gênero textual, quanto na hora da prova. Isso porque diversos vestibulares variam o tipo de texto a cada ano, e fica por meio do mapa mental é bem mais automático relembrar como montar cada gênero textual.
Esse é um processo de resumo guiado por palavras-chave, como espécies de subtópicos. É muito importante que elas realmente mantenham relação direta com o assunto central e ajudem a trazer à memória o conteúdo estudado. Mas, vale lembrar que a memória de cada aluno funciona de uma forma, por isso é completamente possível que esses sub-títulos variem de caso para casa mesmo que o tema principal seja o mesmo.
Por vezes, fazer um resumo eficiente – e assertivo – do tema pode ser muito útil para a construção de um mapa mental.
Uma peculiaridade pauta-se no fato de que, normalmente, os mapas mentais são feitos à mão já que esse próprio processo de escrita é uma ótima estratégia de aquisição de memória. Entretanto, você também pode usar aplicativos criados justamente para essa finalidade.
Frequentemente, também, utilizam-se cores variadas para destacar cada parte desse esquema. Essas cores facilitam a memorização e, inclusive, a memorização por blocos de subtemas. O mapa mental é, portanto, a ferramenta perfeita para alunos de aprendizado visual!
Imaginemos o exemplo de um mapa mental sobre períodos literários brasileiros. Cada período literário pode ser representado por uma cor e por um desenho que lembre a principal característica do período, como uma árvore, para o Arcadismo, ou uma cruz, para o Barroco.
É muito comum que usem esse conceito como sinônimo para os mapas conceituais. Você já ouviu falar sobre eles? A Redação Online te explica!
Mapa mental e mapa conceitual: qual a diferença?
O mapa conceitual tem como principal objetivo relacionar as ideias numa escala do mais importante para o menos importante. Foi sistematizado por Joseph Novak também enquanto ferramenta de organização, porém, ele buscava organizar os conteúdos numa gradação de relevância. Essa é a sua principal diferença com a estratégia que explicamos no tópico anterior.
Geralmente é feito para abordar assuntos mais amplos, que têm muitas relações. Ao contrário do mapa mental, que tem um formato mais livre, o mapa conceitual é frequentemente representado por caixas e flechas/setas. Esse esquema não tem a adição de cores ou desenhos – eles não são proibidos, mas também não são comuns nessa técnica.
Dica para montar um mapa conceitual:
A caixa maior, centralizada e no topo da folha, contém o conceito que será organizado neste mapa. As caixas menores trazem os subconceitos e são ligadas à caixa central e às demais caixas por flechas/setas. Em cima das flechas, são adicionados verbos que fazem a conexão entre as caixas.
Uma coisa é certa: tanto para o mapa mental quanto para o mapa conceitual é imprescindível que você tenha estudado o conteúdo anteriormente, pois tudo o que for colocado na folha precisa fazer o máximo de sentido, senão ele não funcionará enquanto ferramenta de estudos.
Costumeiramente, dizemos que os mapas mentais devem ser feitos no início do processo de aprendizado e os mapas conceituais após amplo período de estudos, pois os mapas conceituais exigem informações mais complexas e completas para serem produzidos.
Independentemente do tipo de mapa que você escolher – mental ou conceitual – ambos funcionam para assimilar e resumir um conteúdo. E é claro que eles também são úteis para, após algum tempo, revisar esse tema.
Qual a importância de fazer um mapa mental para redação?
Como já falamos, eles são uma excelente opção para a memorização e resumo de tópicos. Também são ótimas ferramentas para alunos visualizarem de forma rápida uma grande quantidade de informações. No entanto, sua importância e benefícios ainda vão além. Usar os mapas mentais também possui vantagens como:
- auxilia a fixar estruturas textuais de cada gênero;
- conseguir organizar informações desconexas;
- ajuda em uma sessão de brainstorming;
- facilita a memorização e aprendizagem de matérias;
- durante a prova, permite a separação das ideias para cada parte da redação;
- permite seu organizar melhor para construir a argumentação de seu texto;
Agora que sabe como essa estratégia pode ser uma grande adição para sua rotina de estudos, está na hora de aprender a montar seu próprio mapa mental para redação. Nossas dicas também servirão para aplicar em outros tipos de conteúdos!
Mapa mental para redação: Aprenda como fazer em 5 passos!
Não há muito segredo para montar seu mapa mental, ele não precisa ficar esteticamente perfeito para ser funcional. Apesar do capricho ser importante, não se esqueça que o principal motivo de construir esse tipo de esquema é uma organizar as informações de forma que elas façam sentido.
Existem aplicativos como o Coggle e o Mindmeister que podem ser utilizados, mas nossas dicas são úteis também para a forma mais simples – e eficaz – de criar esses esquemas. Por isso, pegue uma folha em branco e seus materiais para começar a montar o seu!
1. Revise a matéria que deseja resumir
Anteriormente já comentamos sobre esse passo. Não há como resumir um conteúdo com clareza e precisão se ele não estiver fresco em sua memória. Por isso, revise a estrutura de redação que quer como o tema central de seu mapa mental. Atente-se aos pontos principais de parágrafos, inclusão ou não de título, e características que identificam aquele gênero textual – como a saudação e despedida das cartas pessoais, por exemplo.
2. Separe os subtópicos
Ao revisar seu conteúdo, irá perceber quais são as palavras-chaves mais importantes. Esses subtópicos serão as ramificações que saem do tema central e precisam estar intimamente relacionados com ele. Um bom exemplo a se pensar é um mapa mental sobre a dissertação do Enem. Bons tópicos seriam:
- introdução;
- desenvolvimento 1;
- desenvolvimento 2;
- conclusão.
Ainda seria possível adicionar uma seção sobre linguagem que deve ser usada, o que não pode ter no texto, entre outros.
3. Comece a montagem pelo tema central
Para manter a organização das informações, função principal dessa ferramenta, é importante começar a montar a estrutura pelo tema do resumo. Coloque o título destacado no centro da página, escrito de forma que fique saber do que o mapa se trata apenas de passar o olho pela folha. Seguindo o exemplo do tópico anterior, seu mapa teria “Dissertação ENEM” bem no centro da imagem.
Depois é só adicionar as subdivisões conforme o necessário, deixe sempre um espaço para as anotações de cada ponto. Lembre-se de considerar quantas informações existem em cada separação para saber quanto da página é necessário deixar para cada uma delas.
4. Faça suas anotações de forma direta
O mapa mental é um resumo do resumo, ou seja, ele não possui frases longas. Acrescente as anotações necessárias de forma direta e sucinta. No entanto, cuide para não exagerar a ponto de omitir informações importantes para a compreensão da matéria. Esse esquema precisa ser prático, mas bem completo.
5. Adicione os complementos
Com todos os dados já escritos, é o momento de adicionar os complementos visuais como setas, desenhos e cores. Eles ajudarão a compreender a separação de cada uma das categorias, entender as relações entre uma informação e outra, e fixar ainda mais tudo há de importante sobre o tema.
É claro que essas dicas de cores e desenhos servem para estudos antes do vestibular. Se estiver montando seu mapa mental para redação durante a prova, revise as informações dos textos de apoio e monte conforme as ideias presentes em cada parágrafo. Esse detalhe fará toda a diferença na sua nota!
Agora que já sabe tudo o que precisa para começar a usar os mapas mentais como uma ferramenta, confira o conteúdo sobre como montar seu cronograma de estudos! Nosso blog tem uma variedade de posts com as melhores dicas para estudantes garantirem notas altas na redação, não deixe de acompanhar!
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