DeepSeek: os impactos da disputa geopolítica pela supremacia tecnológica no consumo de informação na era da inteligência artificial | Tema de redação

DeepSeek: os impactos da disputa geopolítica pela supremacia tecnológica no consumo de informação na era da inteligência artificial

Você já ouviu falar sobre a DeepSeek? Esse nome pode parecer novo para muitos, mas, sem dúvida, já está causando impactos massivos na economia e na disputa geopolítica pela inteligência artificial. A startup chinesa surgiu com a proposta de oferecer uma IA mais acessível e eficiente do que as gigantes ocidentais, como OpenAI (ChatGPT) e Google (Gemini). Como resultado, vem provocando instabilidade nos mercados financeiros e acirrando a rivalidade entre China e Estados Unidos.

Além disso, você sabia que esse tema pode aparecer na sua redação do ENEM ou de outros vestibulares? O avanço tecnológico, a disseminação de informações e os impactos geopolíticos da inteligência artificial são questões cada vez mais discutidas e analisadas no cenário global.

Por isso, neste artigo, vamos explorar como a DeepSeek está mudando a corrida pela supremacia da IA, quais são os impactos disso no consumo de informação e na economia digital e, por fim, como você pode abordar esse tema de forma aprofundada em sua redação.

Proposta de Redação

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema “DeepSeek: os impactos da disputa geopolítica pela supremacia tecnológica no consumo de informação na era da inteligência artificial”, apresentando uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.

Textos motivadores sobre DeepSeek

TEXTO I – A ascensão da DeepSeek e seus impactos na economia digital

A empresa chinesa DeepSeek abalou os mercados financeiros ao lançar um modelo de inteligência artificial altamente eficiente e acessível, desafiando gigantes como OpenAI, Microsoft e Google. Fundada por Liang Wenfeng, um investidor do setor financeiro, a startup tem uma abordagem inovadora: oferecer modelos de IA de alta qualidade a preços extremamente reduzidos.

Ademais, na última semana, a DeepSeek ultrapassou o ChatGPT em número de downloads na App Store. Como consequência, surgiram questionamentos sobre a sustentabilidade financeira das grandes corporações de tecnologia no Ocidente. Empresas como Nvidia e Oracle sofreram grandes quedas na bolsa de valores, indicando que a IA chinesa pode estar redefinindo o equilíbrio do setor.

Além disso, a DeepSeek destaca-se por utilizar um modelo mais eficiente e econômico, capaz de processar informações com menor consumo de energia e de maneira mais ágil. Isso, por sua vez, desperta preocupações em países como os Estados Unidos, que veem a China ganhando terreno na disputa tecnológica.

Dessa forma, surge uma questão: será que essa revolução na IA pode realmente democratizar o acesso à informação ou estamos caminhando para um novo monopólio sob domínio chinês?

Fonte: CNN Brasil

TEXTO II – O que a DeepSeek significa para a supremacia tecnológica global?

O surgimento da DeepSeek não é apenas um avanço tecnológico – ele marca um ponto de inflexão na disputa global entre Estados Unidos e China pelo domínio da inteligência artificial.

Durante anos, o Vale do Silício foi o epicentro da inovação em IA, com empresas como Google, Meta, OpenAI e Microsoft liderando o setor. No entanto, a DeepSeek mostrou que a China não só alcançou esse patamar, mas pode superá-lo, oferecendo alternativas mais baratas e eficazes.

A corrida tecnológica entre esses dois países já se intensificava em setores como 5G, semicondutores e cibersegurança, mas a IA representa um novo campo de batalha, onde a informação e a automação podem definir o futuro da economia global.

Dessa forma, analistas comparam essa disputa ao “Momento Sputnik”, referindo-se à corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética na década de 1950. Na época, o lançamento do satélite Sputnik pela URSS deixou os EUA em estado de alerta, motivando investimentos massivos na tecnologia espacial. Agora, a DeepSeek pode estar desempenhando um papel semelhante ao desafiar o domínio ocidental na IA.

Fonte: Money News

TEXTO III – Os riscos da inteligência artificial na geopolítica e na sociedade

Apesar de seus benefícios, a inteligência artificial também apresenta desafios significativos, especialmente no contexto geopolítico. A rápida evolução da IA levanta questões sobre segurança digital, concentração de poder e manipulação da informação.

Um dos principais riscos associados ao avanço da IA é a desinformação. Modelos de IA são capazes de gerar conteúdos extremamente realistas, incluindo deepfakes e textos automatizados, que podem ser usados para influenciar eleições, espalhar fake news e manipular a opinião pública.

Além disso, a dependência crescente da IA pode gerar desemprego em massa, uma vez que muitas profissões estão sendo automatizadas. Esse fenômeno pode agravar desigualdades sociais e econômicas, especialmente em países que não têm infraestrutura para adaptar suas economias a essa nova realidade.

Outrossim, um aspecto preocupante é o desenvolvimento de IA militar, com países investindo em algoritmos capazes de tomar decisões em cenários de guerra. A ausência de regulamentação internacional pode levar a uma corrida armamentista digital, aumentando os riscos de conflitos cibernéticos.

Dessa maneira, a regulação da IA e o debate sobre seus impactos tornam-se cada vez mais urgentes.

Fonte: Forbes

Repertórios para fundamentar sua redação

1. Filmes/Séries/Documentários

  • “O Dilema das Redes” (Netflix) – analisa como algoritmos influenciam o consumo de informação e podem ser usados para manipulação digital.
  • “AlphaGo” – documentário sobre inteligência artificial que destaca a supremacia tecnológica da IA sobre a cognição humana.
  • “Privacidade Hackeada” – explora o uso de dados para manipulação política e econômica, evidenciando os riscos da concentração tecnológica.
  • “Ex Machina” – debate os perigos do avanço descontrolado da inteligência artificial e a falta de regulamentação nesse setor.
  • “Black Mirror” (episódio “Hated in the Nation”) – discute o impacto da IA na sociedade e a influência da tecnologia no comportamento humano.

2. Livros/Pensadores

  • “1984” – George Orwell – trata do controle da informação e da manipulação da verdade pelo Estado, conceito aplicável à disputa pela IA.
  • “O Admirável Mundo Novo” – Aldous Huxley – reflete sobre uma sociedade dominada pelo controle tecnológico e a padronização do pensamento.
  • Yuval Noah Harari – destaca o impacto da IA na economia e na geopolítica, prevendo que o domínio da tecnologia definirá o poder global.
  • Zygmunt Bauman – explora a “modernidade líquida” e como a era digital afeta a privacidade, segurança e controle da informação.
  • Shoshana Zuboff – “A Era do Capitalismo de Vigilância” – investiga o uso dos dados como ferramenta de dominação econômica e política.

3. Legislação

Constituição Federal de 1988 – Art. 5º – garante o direito à privacidade e acesso à informação, ameaçados pela concentração do poder tecnológico.
📋 Agenda 2030 – ODS 9 – incentiva a inovação sustentável e o desenvolvimento tecnológico responsável.
📜 Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD – Lei nº 13.709/2018) – regula o uso de dados no Brasil e busca proteger a privacidade dos usuários.

Argumentos sobre os impactos da disputa geopolítica na IA

Argumento 1: Monopólio tecnológico e manipulação da informação

Sinônimos: concentração de poder, dominação digital, oligopólio da IA, hegemonia tecnológica, viés algorítmico

  • Causa: a inteligência artificial se tornou uma ferramenta estratégica para grandes empresas e governos, que controlam o fluxo de informações e influenciam decisões políticas e econômicas.
  • Consequência: o monopólio da IA pode levar à manipulação de dados, censura digital e limitação do acesso a informações confiáveis, comprometendo a democracia e a liberdade de expressão.
  • Possível solução: regulamentação internacional sobre inteligência artificial, garantindo transparência nos algoritmos e descentralização do poder tecnológico.

Repertório para comprovar
📚 Pensador: Manuel Castells
Castells, sociólogo espanhol, analisa o impacto da tecnologia na sociedade. Ele afirma que o controle da informação define as relações de poder na era digital, logo se aplica diretamente à disputa entre DeepSeek, OpenAI e outras gigantes da tecnologia.

Argumento 2: dependência tecnológica e vulnerabilidade econômica

Sinônimos: fragilidade digital, desigualdade tecnológica, dependência cibernética, risco econômico, dominação estratégica

  • Causa: a supremacia da IA está concentrada em poucas nações, tornando outros países vulneráveis ao avanço tecnológico de potências como EUA e China.
  • Consequência: países sem desenvolvimento próprio em IA podem sofrer impactos econômicos, ficando dependentes de tecnologias estrangeiras, o que pode aumentar desigualdades e dificultar o crescimento digital global.
  • Possível solução: investimento em pesquisa e inovação tecnológica nos países emergentes, reduzindo a dependência externa.

Repertório para comprovar
📚 Pensador: Joseph Nye
Nye, teórico das relações internacionais, desenvolveu o conceito de “poder cibernético”, destacando que países que dominam a tecnologia têm maior influência global. Dessa forma, esse aspecto reflete a disputa entre EUA e China pela liderança em inteligência artificial.

Por fim, a crescente disputa geopolítica entre China e Estados Unidos pela supremacia da inteligência artificial, evidenciada pela ascensão da DeepSeek, demonstra que o avanço tecnológico não é apenas um marco da inovação, mas um fator determinante para o equilíbrio global. A dependência da IA no consumo de informações pode intensificar a manipulação digital e restringir o acesso a diferentes narrativas, enquanto a corrida tecnológica entre potências ameaça a estabilidade econômica e política mundial.

Portanto, é essencial que haja regulamentações internacionais para garantir que a IA seja desenvolvida e utilizada de maneira ética e transparente, evitando monopólios e protegendo o direito à informação. Além disso, é fundamental que países invistam em inovação tecnológica para reduzir sua dependência de grandes potências.

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