Se tem uma técnica de estudo clássica das clássicas e que todo estudante já usou pelo menos uma vez na vida é o resumo. Nas suas mais variadas formas, o resumo sempre está aí para nos ajudar a organizar os conteúdos.
Aliás, você sabe que há várias formas de se fazer um resumo, certo? O resumo em parágrafos, listas (ou tópicos), mapas mentais e resenhas são versões de uma mesma atividade.
A definição de qual forma é a melhor depende muito da sua personalidade, de como você aprende e de como lembra das coisas. Por exemplo, há muitas pessoas que se lembram melhor de algo quando ouvem aquele conteúdo, já outras, quando veem, outras, quando reescrevem.
Se você ainda tem dúvidas de qual forma de aprendizado e memória funciona melhor no seu caso, é hora de testar as técnicas existentes e concluir qual delas te trouxe mais resultados.
Caso você vá fazer esse teste, não se esqueça de selecionar o mesmo conteúdo a ser testado em todas as técnicas, assim não há influência de afinidade ou não com o tema.
Nas próximas postagens aqui do blog, falaremos dos mapas mentais e das resenhas. Hoje, vamos nos dedicar ao resumo clássico em organização por parágrafos e nas listas ou resumos por tópicos.
Antes de começar a fazer o seu resumo, você precisará responder a duas questões:
1- O que será resumido?
Materiais de áreas diferentes exigem técnicas de resumo também diferentes e isso será essencial para que você escolha qual a melhor maneira de resumir.
Resumir fórmulas matemáticas não é igual a resumir um período histórico, que também não é a mesma coisa de resumir um livro. Já sei, deu um belo nó na sua cabeça agora, não é?
Por exemplo, resumir um período histórico no formato de tópicos é muito mais fácil do que resumir um livro inteiro numa lista, por isso é bastante importante você analisar se o formato de resumo que você tem em mente será o ideal para o assunto a ser trabalhado.
2- Onde o resumo será feito?
Pode parecer uma bobeira, mas é igualmente relevante pensar onde você fará seu resumo. Ele será escrito à mão ou digitado? Se for escrito à mão, onde ele será arquivado posteriormente?
Outro ponto: se a sua escolha for por um mapa mental, fazê-lo numa folha de fichário é a melhor alternativa? Acho que não.
No caso de resumos em parágrafos ou listas, o ideal é que você escolha as fichas pautadas, vendidas em qualquer papelaria (tanto física quanto on-line). Parece um detalhe sem muita importância, mas, acredite, não é.
O resumo, independentemente do formato que escolhermos, é um recorte do texto original, por isso, imagina-se que será uma produção curta. O tamanho limitado da ficha faz com que você se policie com relação à quantidade de texto, o que é muito bom.
Primeiros passos para o resumo
Após definir o que será resumido e onde o resumo será feito, é hora de começar a atividade em si. Tenha tudo de que você precisará à mão para evitar paradas para buscar esse ou aquele material, pois isso interrompe o fluxo de raciocínio.
O primeiro passo para um resumo eficiente é uma leitura também eficiente. Já te contamos aqui a diferença entre compreender e interpretar. A leitura eficiente conta com uma compreensão e uma interpretação bem feitas.
Esse tipo de leitura não vai acontecer de primeira, pode ser que você precise reler o mesmo texto várias vezes. E tudo bem! Isso é absolutamente normal.
A partir da sua segunda leitura, comece a grifar (com marca-texto ou outra caneta de sua preferência, mas que dê algum tipo de destaque ao texto) o que te parece mais importante.
Você não precisa- e nem deve- grifar parágrafos inteiros- mas sim palavras-chave sobre o assunto e é claro que para isso você terá de ter entendido plenamente qual é o assunto central do texto.
“Mas por que não posso fazer isso na primeira leitura?” Simples, queridões. A primeira leitura é o momento de reconhecer o tema e entender como ele foi desenvolvido naquela produção, por isso, ainda não temos a percepção exata do que é relevante e do que não é.
Se você for uma pessoa que ama cores, ainda é possível dividir informações essenciais e informações secundárias por cores.
Após completar a leitura eficiente e o processo de grifo das partes mais importantes, é hora de produzir o resumo em si.
Escrevendo um resumo eficiente
Você tem o hábito de copiar tudo o que grifou ou de fazer resumos tão longos que quase parecem o texto original? Ah, conta a verdade, vai, sabemos que tem muita gente assim por aí…
Caso seja essa a sua situação, não fique nervoso (a) achando que o resumo não funciona para você. Existem técnicas para resolver essa questão e vamos te contar quais são elas.
Faça uma primeira versão do resumo em parágrafos, sem nenhum filtro, com tudo que você quiser escrever, sem se importar se darão duas ou vinte folhas.
Agora releia seu resumo com a seguinte questão em mente: Se eu estivesse explicando para alguém esse assunto ou contando essa história, o que não poderia faltar no meu relato? Esse pensamento te ajuda a separar o que é essencial do que é dispensável.
Grife seu próprio resumo destacando apenas essas informações essenciais que você determinou acima. Faça um resumo somente com as novas partes grifadas.
Vamos fazer neste momento o principal, a sua versão das partes grifadas. Releia seu resumo e transforme os parágrafos usando as suas palavras, ou seja, o seu entendimento sobre o que leu.
Não se esqueça de que você deve escrever de uma forma que faça sentido para você, não coloque palavras ou expressões só para que o resumo fique “bonito”.
Nossa sugestão é a de que você faça as leituras com grifos, o “resumão”, o resumo médio e a versão com suas palavras em dias diferentes, assim sua mente terá se distanciado um pouco do texto, fazendo com que você seja mais crítico a respeito de sua própria produção.
Resumo em listas ou tópicos
Fazer um resumo no formato de listas ou utilizando tópicos é uma ótima alternativa para você que tem um perfil mais objetivo, pois a lista te força a colocar apenas o essencialmente fundamental.
Já você que é o rei ou a rainha do resumo maior do que o texto original também pode transformar seu último resumo (aquele com a versão nas suas palavras) em uma lista apenas com os tópicos centrais. Com o tempo, a tarefa de resumir vai se tornar cada vez mais fácil.
Analise se o que você está resumindo realmente cabe numa lista, pois conteúdos que exigem muitas explicações ou definições não são os ideais para essa técnica.
Você pode fazer uma lista única para um bloco maior de assuntos, por exemplo, após estudar todas as orações subordinadas, é possível fazer uma só lista com todos os tipos e a função de cada uma.
Em tempos de aulas on-line, também há uma solução
As aulas on-line sempre foram um ótimo modo de aprender e, nos últimos tempos, elas têm ganhado cada vez mais espaço.
Mas para nós, nobres estudantes que queremos anotar cada vírgula que o professor fala, pausar o vídeo de cinco em cinco segundos acaba ficando muito chato.
Para evitar esse problema, você pode usar um aplicativo de conversão de voz em texto, como o Google Keyboard, por exemplo (há outras opções), assim, enquanto você assiste ao vídeo, o aplicativo transforma tudo o que é falado em texto.
Depois do texto pronto, você pode aplicar as mesmas técnicas de resumo que já te ensinamos nos parágrafos anteriores.
Você também pode usar o método Cornell. O método Cornell foi desenvolvido lá na década de 1950 por Walter Pauk, da Cornell University, mas continua eficaz até hoje.
Neste método, você precisará dividir sua folha em três partes, sendo uma delas na lateral esquerda e duas no centro da folha, uma acima da outra.
Na primeira coluna acima, você fará suas anotações em forma de parágrafo ou tópico, na segunda coluna abaixo, você fará o resumo de suas próprias anotações e na coluna lateral colocará as palavras-chave e dúvidas.
Essa forma de organização é muito boa para quem quer ter tudo à mão no mesmo lugar, o conteúdo completo e o resumo. O ideal é que você faça isso num caderno ou monte uma pasta com folhas impressas contendo a matéria estudada e o resumo no método Cornell.
Como sei se meu resumo é eficiente?
A melhor forma de saber se seu resumo é eficiente ou não é vendo se ele realmente funciona para você. Se fizer sentido para você e esclarecer as principais dúvidas que você tem sobre o assunto, então sim, seu resumo é eficiente.
Existem também algumas perguntinhas que você pode fazer para revisar seu resumo. Vamos a elas:
– Qualquer pessoa que ler meu resumo entenderá qual é o assunto central?
– As palavras-chave do tema estão explicadas em meu resumo?
– Meu resumo respeitou a organização de começo, meio e fim do texto original?
– Datas e nomes importantes estão no meu resumo?
– Ainda há algum detalhe que pode ser removido sem prejuízo da compreensão?
– Senti falta de alguma informação do texto original?
– Se eu ler meu resumo daqui uma semana, ele ainda será um bom texto?
– Se não, por quê? O que é necessário mudar?
Seja sempre crítico (a) com relação ao seu próprio texto, pois isso impede que outras pessoas sejam.
Esperamos ter te ajudado com as dicas de hoje. Logo, logo, teremos mais artigos com outras técnicas. Aguarde que vem mais coisa boa por aí.
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